Depois de meses de marcha e contramarchas, punhaladas, traições e ainda com várias toneladas de mentira e hipocrisia, o PSDB confirmou hoje o seu apoio a Simone Tebet, candidata do MDB – ou de alguma parte dele – a presidência da República.
O que, já hoje mesmo se vê, não acabou com os negócios de apoio e não-apoio no campo da direita.
Arthur Lira, o dono do Centrão, avisa pelo Twitter que se o PSDB alagoano apoiar o MDB de Renan Calheiros, vai responder mandando o PP e o União Brasil desembarcarem da candidatura de Rodrigo Garcia o que, além de apoio, tiraria metade do tempo de televisão do candidato a governador tucano.
No Mato Grosso do Sul, os 4% que Tebet obtém nas pesquisas presidenciais não a cacifam para pretender resolver a disputa dos candidatos ao governo André Puccinelli (MDB – 20,5%) e Eduardo Riedel (PSDB -15,5%).
No Rio, a provável entrada de Cesar Maia no lugar de vice de Marcelo Freixo repete o caminho de Lula com Alckmin; em Minas, Aécio Neves fará a campanha de Bolsonaro; No Paraná, a volta de Moro, em São Paulo, Tebet vai aparecer pequeniníssima nos panfletos, para cumprir exigência legal.
Paro por aqui os exemplos, que poderiam continuar em outros estados onde os tucanos e emedebistas já foram hegemônicos.
Nem é um problema da pessoa, essencialmente, mas da sua falta de significado político. Justamente aquilo que a fez ser fingidamente palatável para um baú de cobras e lagartos.
A candidatura Tebet está viva apenas no Estadão, na coluna de Merval Pereira. na Globonews e em outros lugares onde “fica feio” assumir o bolsonarismo.