É inacreditável como fala-se em aumento do tempo de contribuição – e punição com desconto a quem se aposenta por idade e não completou os anos de contribuinte que se pretende acrescer – sem levar em conta a realidade de que as pessoas, quando não são servidores públicos, têm em sua vida laboral.
Não é “começou a trabalhar e 35 anos – agora, 40 anos – depois se aposenta”.
Não é a “moça de classe média alta vai trabalhar e contribuir mais”. É a mulher de 55 anos que, se for demitida, não vai obter outro emprego.
Já hoje, quem se aposenta por tempo de contribuição tem, em média, 6 anos de intervalo a maior que os 35 anos “de carteira”. Há períodos de desemprego, há demora na assinatura da carteira, há intervalos entre a saída de um emprego e a entrada em outro, já que a previdência conta o tempo em dias, há o não cômputo das férias indenizadas e também do aviso prévio (até 2009) e há, sobretudo, a dificuldade de conseguir-se um emprego depois dos 45/50 anos, o que aumenta o tempo em que este trabalhador fica a descoberto no INSS.
Tendo que completar 40 anos, imagina-se que isso possa aumentar sensivelmente.
Ainda mais com a capitalização, que de opcional não tem nada, porque patrão algum, podendo escolher entre um empregado pelo qual tenha de recolher e outro pelo qual não tenho de fazê-lo.
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Perfeito.
E o pior é que os deputados estão só fazendo média para barganha. Aprovarão o fim da aposentadoria nesse ex-país.
É um show de cinismo.
Primeiro dizem que temos que nos aposentar mais tarde, mesmo todos sabendo as dificuldades que os trabalhadores têm para encontrar trabalho ou mesmo para manter-se no trabalho depois dos 50 anos de idade.
Depois que nossas aposentadorias não vão sofrer nenhuma redução mesmo sabendo que a ·"reforma" (que meigo não!) propõe a mudança na base de cálculo que passaria a computar a média de todas as contribuições realizadas pelos segurados ao longo da vida e não apenas os maiores salários de contribuição como ocorre agora.
Para finalizar a "reforma" (feita em nome dos pobres e, proposta, criadas e feita para e por ricos) propõem tirar a garantia constituicional do reajuste das aposentadorias e pensões pela inflação de forma a preservar ou pelo menos atrelar o valor de referência ao valor do salário-mínimo.
Realmente agem como se fossemos todos um bando de idiotas. Ruanda vai ser pequeno um dia.
Fica a sugestão para bater na tecla, em cada postagem, que refira previdência ou orçamento, que se revogue a isenção de impostos das petroleiras estrangeiras, sobre o pré-sal. Na época falou-se em renúncia fiscal da ordem de um trilhão em dez ou vinte anos. Para lembrar apenas.