Onde está o resto?

O jornal El País publicou a foto da mala de cocaína que o sar gento da comitiva de Jair Bolsonaro tentou traficar para a Espanha.

E colocou mais dúvidas sobre se não se está escondendo parte da verdade neste caso.

Veja a descrição do jornal:

Um, dois, três… assim se contou até que se verificasse a existência de 37 pacotes com pouco mais de um quilo de quantidade cada. Todos enrolados em fita de cor bege, menos um, que apareceu recoberto com uma cor amarela. Todos perfeitamente ordenados em uma mala de mão de cor escura sem nada mais em seu interior. Só cocaína. 

Só que, olhando a mala exibida na foto, sem qualquer dificuldade, vê-se que estão ali não mais que 19 pacotes. Vinte, se admitirmos que a fileira da direita tivesse os mesmos oito da fileira da esquera e um tenha sido tirado para verificar seu conteúdo.

Nitidamente a mala exibida não tem capacidade para ter mais 18 ou 19 pacotes daquele tamanho.

Onte estava o restante da droga apreendida?

Ainda não sabemos toda esta história da suposta “mula solitária” e as circunstâncias que fariam alguém transportar assim, sem disfarces, uma carga no valor de mais de R$ 5 milhões.

E o jornalismo brasileiro anda bem pouco curioso.

Fernando Brito:

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  • O tal “jornalismo” brasileiro tem que ser coerente com seus crimes. Não dá para abandonar ‘amigos’ assim de repente. Tem todo um ritual... mas como diz um jornalista paulista que conheço, ‘investigação é caro’... sim, por que nossos empresários midiáticos iriam gastar dinheiro com câmeras, blocos de nota, passagens e diárias de hotel? Dá um tempo...

    • Apenas a título de informação, independente do que possa ter sido carregado de drogas à Europa pelos intrépidos, corajosos e íntegros militares tupiniquins, a informação que colhi, inclusive em publicações da Espanha, dão conta de que a muamba estava acondicionada, do modo descrito, EM DUAS MALAS SEMELHANTES. Isso não invalida, por certo, todas as suspeitas levantadas. Essa história, sem dúvida, tem passado e presente pra lá de cabeludos.

  • Parafraseando Shakespeare : "Há algo de muito podre na "republiqueta" chamada Brasil."
    PQP !

  • A Espanha poderia ter confiscado o avião. E o Brasil não teria como nem a quem recorrer para que isso não acontecesse. Deixar por menos foi muita consideração da Espanha por aquilo que o Brasil já foi e por aquilo que o Brasil ainda poderá vir a ser, depois dessa chicungunha golpista..

    • Não foi por falta de vontade ou por gentileza que a Espanha deixou de apreender o avião. Trata-se de aeronave oficial, sob jurisdição da FAB e a serviço do governo brasileiro. Ainda que se trate de um governo de criminosos, psicopatas e desqualificados, a Espanha respeitou as leis internacionais, resguardando a incolumidade de aeronave oficial, sob a bandeira brasileira. Nesse caso, a aeronave é uma parte do território nacional, portanto, inviolável. Mesmo que pudesse haver suspeita, ou até mesmo denúncia, da presença de cocaína no avião, somente seus tripulantes ficaram sujeitos à verificação, e só após pisarem em solo espanhol.

    • Chicungunha é ótimo! Boa definição dessa moléstia que assola o país.

    • Usar aviões diplomáticos para traficar é uma inovação digna de nazistas. Sabe Deus o que mais rola nessas viagens... Bozo já fez seis, uma por mês. Espero que não seja para inteirar o salário de presidente. Calma gente, estou falando de miçangas de nióbio...

  • Brito e leitores,

    Quando vi essa imagem, publicada ontem, tive o mesmo tipo de dúvida e desconfiança. Está claro que a foto é do mesmo tipo que a PF tupiniquim (há décadas no bolso do Deep state estadunidense e a serviço daqueles que querem controlar monopolicamente o comércio internacional de drogas ilícitas, como a DEA) costuma fazer quando faz alguma "mega apreensão" de drogas. O PIG daqui recebe "fotos exclusivas", em close, feitas pela meganhagem da PF, muitíssimo parecidas com essa publicada pelo jornal conservador e direitista espanhol, o El País.

    Em suma: essa imagem publicada pelo jornal espanhol é uma farsa, uma montagem semelhante à feita pela meganhagem tupiniquim, que finge combater o comércio ilegal de drogas ilícitas. Ademais não é surpresa para ninguém o envolvimento do braço armado do Estado Brasileiro no tráfico internacional de entorpecentes. As perguntas chaves que devem ser feitas são: Quem 'entregou' esse sargento ada aeronáutica, para ser pego nesse flagrante claramente armado? É praxe as autoridades policiais espanholas vistoriarem aeronaves oficiais de outros países, em busca de drogas e outros produtos cujo transporte internacional é proibido? A 'queima' desse sargento da aeronáutica foi combinada ou ele foi jogado na fogueira e puxará longa 'cana' em território espanhol? Eram dois os aviões a serviço da presidência da república, mas um deles alterou a rota? Por que foi feita tal alteração?

    • Mas as autoridades vistoriaram a aeronave?
      Tinha entendido que a cocaína tinha sido descoberta pelo raio X, quanto o tal sargento passou com a maleta pela alfândega.
      Nesse caso, eu perguntaria: verificaram se havia mais cocaína dentro da aeronave, para ser desembarcada no Japão?

      • Muitíssimo interessante questão. Eu iria além: por quê Bozo afirmou que o tal oficial-traficante “deu azar”? O que ele quis dizer com isso?

        • Quem disse isso foi o parlapatão Augusto Heleno, aquele general sobre o qual pesam fortes suspeitas e indícios de ter cometido crimes de guerra no Haiti e que esmurra mesa, quase derrubando talheres, para pedir a ilegal e inconstitucional prisão perpétua para um preso político, o Presidente Lula, pelo fato deste ter dito que "um general que se submete a um presidente que bate continência à bandeira de um país estrangeiro não merece ser general". Esse generaleco é quem preside/dirige o SNI/GSI, em tese responsável pela "segurança presidencial do Bozo".

    • O tal do “avião presidencial reserva”, do GTE da FAB, estava fazendo escala já planejada em território espanhol, antes de seguir para o Japão (pelo que indicavam todas as agências de notícias).

      E foi lá, no país de escala, que as autoridades aduaneiras, ao passarem as bagagens pelo Raio-x, identificaram a droga nos pertences do sargento.

      Acho que questão toda aqui é: Por que os tripulantes militares de uma aeronave em missão oficial, pela autoridade máxima de um país, que supostamente gozavam de imunidade diplomática através de seus passaportes especiais, foram “revistados” como se meros turistas fossem??

      Militares que acompanham a comitiva presidencial de Trump, também seriam escaneados, caso fizessem a mesma escala lá?

      • Sim, essa é questão mais central. Entretanto cabem várias outras, dentre elas as que fiz. Certo?

        • Não acho que houve armação. Tudo leva a crer que o sargento estava prestando seus serviços de “mula”, sem experiências anteriores.

          O cidadão nem se preocupou em tentar camuflar os pacotes de cocaína, em meio aos pertences distribuídos e envoltos, de forma a criarem a impressão de não serem o que eram.

          A questão toda, se remete à Alfândega novamente. Se é procedimento padrão, eles vistoriarem bagagens, mesmo que de autoridades com imunidade (no caso do Brasil), então estamos sendo tratados como lixo, no cenário internacional.

    • Quantos quilos foram descarregados em Portugal? Outra pergunta que ficará para sempre sem resposta, assim como as questões dirigidas ao juizeco mentiroso. Ou só apareçam depois de décadas, como o caso do general traficante Pinochet.

  • Acontece um crime , lá está Bolsonaro bem de pertinho. O diabo tem dessas diabrices, ensina o mal e depois ri do malfeitor. Esse Bolsonaro não tem sorte, não é Gal. Heleno. kkkkkkkk

  • E, no caso do fraudador de processos, será que o presidente miliciano e sua trupe vão abandonar "um companheiro na beira da estrada", como diria o tucano Paulo Preto?
    Seria uma grande ingratidão com quem, literalmente, colocou-os na Presidência da República

  • os pacotes estão embalados ao modo 2 em 1. a contagem está correta. 37.

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