O imenso poder da Globo ancora-se na brecha que o monopólio encontrou para se expandir país a fora, através de suas “afiliadas”, controladas pelas oligarquias que assumiram o poder nos estados após o fim do regime militar: o coronelismo midiático.
Invariavelmente são famílias enriquecidas na ditadura, aliadas ao poder político conservador local, seja diretamente, através de familiares, seja indiretamente, através de famílias parceiras.
A afiliada mais poderosa da Globo está no sul do país. É a RBS, controlada pela família Sirotsky.
A operação Zelotes, que investiga um esquema de corrupção e evasão fiscal que pode ter lesado o Estado em quase R$ 20 bilhões, identificou a RBS como uma das suspeitas.
Os investigadores suspeitam que a RBS pagou R$ 15 milhões para fazer um débito fiscal de R$ 150 milhões “desaparecer”.
Leia matéria da Carta Capital, reproduzida abaixo.
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Na Carta Capital.
Operação Zelotes envolve bancos, grandes empresas e afiliada da Globo
Segundo jornal, Bradesco, Santander, BR Foods, Camargo Corrêa, Petrobras e a RBS, afiliada da Globo no RS, estariam ligados ao esquema de corrupção
por Redação — publicado 28/03/2015 10:25
A operação realizada na quinta-feira 26 por diversos órgãos federais contra um esquema que causava o sumiço de débitos tributários, uma forma de desfalcar os cofres públicos, identificou várias grandes empresas e bancos entre os suspeitos de pagar propina para se livrarem de dívidas. Entre estas empresas está a RBS, maior afiliada da Rede Globo. Os investigadores, segundo o jornal o Estado de S. Paulo, desconfiam que a RBS pagou 15 milhões de reais para que desaparecesse um débito de 150 milhões de reais. Estariam envolvidas também Ford, Mitsubishi, BR Foods, Camargo Corrêa, Light, Petrobras e os bancos Bradesco, Santander, Safra, BankBoston e Pactual.
O esquema desbaratado pela Operação Zelotes subtraiu do Erário pelos menos 5,7 bilhões de reais, de acordo com as investigações de uma força-tarefa formada por Receita Federal, Polícia Federal, Ministério Público Federal e a Corregedoria do Ministério da Fazenda.
O esquema atuava no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão da Fazenda onde contribuintes podem contestar administrativamente – ou seja, sem passar pela Justiça – certas tributações aplicadas pela Receita.
A força-tarefa descobriu a existência de empresas de consultoria a vender serviços de redução ou desaparecimento de débitos fiscais no Carf. Tais consultorias tinham como sócios conselheiros ou ex-conselheiros do Carf. Elas conseguiam controlar o resultado dos julgamentos via pagamento de propinas. Entre seus clientes, estão as grandes empresas citadas pelo Estadão.
As investigações começaram no fim de 2013. Já foram examinados 70 processos em andamento ou já encerrados no Carf. No total, eles somam 19 bilhões de reais em tributos. Deste montante, os investigadores estão convencidos de que 5,7 bilhões foram ilegalmente “desaparecidos” nos processos já encerrados. Entre os crimes apurados na Zelotes, estão advocacia administrativa, tráfico de influência, corrupção, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Na operação, houve busca e apreensão em Brasília, Ceará e São Paulo. Na capital federal, foram apreendidos 16 carros – entre veículos de luxo, nacionais e importados –, três motos, joias, cerca de 1,8 milhão de reais, 9 mil dólares e 1,5 mil euros. Em São Paulo, foram apreendidos dez veículos e 240 mil, em reais e moeda estrangeira. No Ceará, dois veículos também foram apreendidos.
O Ministério da Fazenda informou que já abriu processos administrativos contras as empresas envolvidas, tendo como base a Lei Anticorrupção, a mesma que dá suporte a processos da Controladoria Geral da União contra empreiteiras metidas na Lava Jato.
Todas as empresas citadas pelo Estadão disseram ao jornal desconhecer as denúncias ou se negaram a comentar o caso.
Abaixo, a lista de débitos investigados de algumas das empresas, segundo o Estadão:
Santander – R$ 3,3 bilhões
Bradesco – R$ 2,7 bilhões
Gerdau – R$ 1,2 bilhão
Safra – R$ 767 milhões
RBS – R$ 672 milhões
Camargo Corrêa – R$ 668 milhões
Bank Boston – R$ 106 milhões
Petrobras – R$ 53 milhões
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Setor privado,os maiores chorões do País,os maiores sonegadores,todos sabemos da globosta sonegadora,por isso,ela ataca tanto o governo Dilma,por ELA dizer,nada ficará impune,chegou a hora dona Globo sonegadora,sua máscara caiu.
Se a Dilma precisa de dinheiro para extinguir o Fator Previdenciário(legado do falecido FHgá), e pagar o roubo aos correntistas de poupança nos planos
econômicos, não pode mais alegar não ter recursos.É só cobrar dos bagrões,
para ressarcir o povo, povinho que tem direito ao que lhes foi usurpado, roubado.
O que nunca consegui entender eh o do porque pessoas fisicas que tem tanto, mas tanto dinheiro, bilionarias em resumo, cujas segunda, terceira, quarta e quinta geracoes nao conseguirao gastar, precisam CONTINUAR roubando, fraudando e sonegando. Resumindo....nao tem logica, ser tao rico e continuar correndo riscos para roubar, fraudar e sonegar.
Nao precisamos da psicologia para explicar o obvio ululante.
Das duas uma? Nao, das duas....as duas:
1- Sabem que nao correm riscos porque estao acima dos mortais e do(s) governo(s)
2- Roubar, fraudar e sonegar esta no seu DNA. Vem de familia.
Marinhos, Frias, Sirotskys simplesemnte sao o que sao. DNA e hubris, nada mais.
Procurem nos sebos ou via internet um livro chamado "golpe mata jornal", de autoria do jornalista Jefferson Barros. Ele conta a história do jornal Última Hora no Rio Grande do Sul, que deu origem à Zero Hora. Conta também como a ZH foi usurpada — o termo é esse mesmo — de seu dono legítimo, o jornalista Ary de Carvalho.
Aqui no Ceará a 'afiliada' se chama TV Verdes Mares, que pertence a um grupo que conta ainda com jornal, rádios e outros negócios. A TV e os demais veículos são parte de uma megaempresa familiar chamada Grupo Edson Queiroz, com empresas em vários ramos.
A matriarca do grupo é Iolanda Queiroz, viúva do fundador. Ela e mais outros membros da família foram pegos no Suiçalão com apenas 83 milhões de reais, sem que tenham mostrado até agora a legalidade junto ao fisco desta ninharia.
Dona Iolanda, como é conhecida em terras alencarinas, é mãe de Renata, ex-primeira dama do estado e esposa de outro barão da comunicação, o atual senador e tucano de alta plumagem Tasso Jereissati.
Só a limpeza desse esgoto equivale a uma reforma fiscal, sem mexer no nosso bolso (nós, os pé de chinelo).
Como essa gente ética, marchadora e divulgadora das manifestações contra a corrupção, é corrupta, ladra, bandida. Só um lista de 8.667 brasileiros com contas secretas em uma única agência do HSBC da Suíça, mesmo aceitando que 10% são de contas legais, ainda assim, são bilhões roubados do povo, a Operação Zelotes, uma batida da Polícia Federal nas empresas dos muito éticos empresários que financiam a marcha contra a corrupção, mais bilhões roubados do povo. Se a justiça brasileira fosse séria, teríamos que fazer prisões de emergência, mas como rico não vai para a prisão, não precisamos nos preocupar.
E a quantas anda a dívida bilionária do ITAÚ??? Ele pagou (duvido)??
Todos eleitores do Aético. Todos urrando contra a "corrupção"! Corja de bandidos hipócritas.
...
"...A quadrilha, segundo a PF, fazia um “levantamento” dos grandes processos no Carf, procurava empresas com altos débitos junto ao Fisco e oferecia "facilidades", como anulação de multas. “[A organização criminosa] valendo-se da proximidade com alguns conselheiros nessa defesa de interesse privado, algumas vezes, precisava de algum [pedido de] vista para trancar a pauta, segurar um tempo para conseguir alguma outra medida judicial, e eles vendiam esse pedido de vista”, explicou o delegado da Polícia Federal Marlon Cajado, responsável pelo caso..." -http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2015-03/instituicoes-financeiras-e-conselheiros-do-carf-sao-alvo-da-operacao-zelote-
"Por Ricardo Galhardo - iG São Paulo | 09/07/2013 22:26"
-http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2013-07-09/funcionaria-da-receita-e-condenada-por-sumico-de-processo-contra-globo.html-