Os ‘blackblocs’ do Bolsonaro

Não vê quem não quer que o que remanesce no bloqueio das estradas é a parte –  e não necessariamente pequena – de caminhoneiros e – autonomos e empregados de transportadoras – ligados ou manipulados por gente de extrema direita ensandecida.

Impossível ignorar as dúzias de faixas, vídeos e reportagens de um sem-número de empresários, de todos os portes, dizendo que “não é só pelos 46 centavos” e exigindo a intervenção militar.

Eu mesmo assisti um empresário de Sorocaba conclamando a derubar o Governo Temer por ser…comunista!

Os relatos de que grupos destes sujeitos intimidam com ameaças ou até com depredações os postos que recebem combustível não deixam dúvidas sobre o grau de fanatismo que praticam.

Recomenda-se a leitura de matéria da Folha, esta tarde:

No fim da tarde desta segunda, um grupo de cerca de mil manifestantes obstruíram parcialmente a região da Praça dos Três Poderes e a Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Eles pediam a volta da ditadura militar, a saída do presidente Michel Temer e a queda do preço da gasolina.

Meter-se com este grau de irracionalidade política, como querem alguns, é mais que imprudência, é suicídio político.

A esquerda é passageira neste caso e não deve pedir carona.

O foco é a necessidade de que a Petrobras seja uma empresa pública que olhe pelo interesse público. Sua reestatização, não sua privatização como vem sendo feita pela dupla Temer-Parente.

Não há razão para aderir ehá todas para recusar a promiscuidade com os blackblocks do Bolsonaro.

 

Fernando Brito:

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  • Esses fascistas não enxergam um palmo adiante do umbigo. Se a CUT tivesse tirado paralisação, eles voltariam pra estrada rapidinho. Mas demonstrando que ninguém suporta mais o Golpe, foram gatilho pra outras paralisações que permitirão Greve Geral.

  • Até as pedras das ruas de Ouro Preto sabem que não é apenas protesto contra o absurdo preço dos combustíveis, radicais de extrema direita estão por trás de atos de radicalismo.

  • Eu acho é que estão se revelando "muitos Bolsonaros" ultimamente e isso preocupa. Uma ação de bloqueio em todo país organizada desta forma, não é coisa de meia dúzia de bobos. Tem coisa grande por trás disso.

  • Intervenção militar uma ova! Precisamos é de governo legítimo e de políticas públicas em favor do povo!

    É hora de alertar a população brasileira para dar um basta nesse papo furado de intervenção militar como tábua de salvação para os problemas criados pelas políticas neoliberais dos golpistas. Aliás, quem tem buscado solução militar para esconder os furos provocados pelas injustiças brasileiras é este governo golpista, canalha e ladrão. Para tentar impedir o movimento dos caminhoneiros, por exemplo, o governo usurpador chamou quem? A tropa militar.

    Ora, o Brasil não precisa de intervenção militar. O problema do Brasil não é um problema de autoridade autoritária e repressiva; nem de autoridade de toga; e menos ainda da “autoridade” de mídia manipuladora, que cria narrativas contra os interesses do nosso povo 24 horas por dia. Num país sério, todos esses personagens do golpe – dos agentes da CIA da Lava Jato, passando pelos donos da mídia e seus papagaios contratados para iludir o povo e os grandes empresários que financiaram o golpe já estariam na cadeia.

    O golpe de 2016 custou ao Brasil, ou melhor, ao povo brasileiro de baixa renda muitos bilhões de dólares de prejuízo. A Petrobras e o pré-sal são exemplos que ilustram isso. Os golpistas – PSDB, DEM, PMDB de Temer e Cunha – indicaram para a presidência da Petrobras um agente das petroleiras estrangeiras. O que ele fez? Lascou uma política de privatização da empresa, com o fatiamento para a venda dos setores lucrativos; sucessivos aumentos dos preços do gás de cozinha, da gasolina e do óleo diesel para beneficiar os acionistas estrangeiros – 30% dos acionistas, que compraram, na era FHC, uma parte da Petrobras na Bolsa de Nova York. Além disso, determinou a redução da produção nas refinarias brasileiras, forçando o Brasil a importar mais dos Estados Unidos. Ou seja, o Brasil passou a vender óleo bruto e barato para o estrangeiro e comprar os derivados caríssimos de fora. Quem paga essa conta do entreguismo somos nós, o povo brasileiro.

    O que está acontecendo no Brasil é resultado do golpe que deram em 2016. Um golpe, como já dissemos inúmeras vezes, para substituir a escolha popular via eleições diretas por ditadores de toga apoiados na força repressiva do estado – Polícia Federal, Ministério Público, Exército e na mídia golpista. Montaram essa palhaçada chamada Operação Lava Jato, dirigida diretamente dos EUA através dos seus agentes internos – Moro, Dallagnol e etc – que vem destruindo o Brasil: quebraram TODAS as grandes empresas estratégicas para a economia do país; prenderam Lula sem prova alguma contra ele, para impedir que ele seja eleito novamente presidente do Brasil; derrubaram uma presidenta honesta e colocaram no governo federal uma quadrilha facilmente chantageada para atender aos interesses do imperialismo norte-americano – ou fazem o que eles mandam ou serão presos, a conversa entre eles deve ser bem assim, direta, sem rodeio. E para costurar e manter essa farsa entra em cena a Rede Globo e suas filiais informais – Itatiaia, O Tempo, Band, Record, SBT, Revista Veja, Folha de SP, entre outras. A chamada grande mídia brasileira é inimiga da nação brasileira, do povo brasileiro, da nossa cultura, da nossa diversidade e da nossa soberania.

    A solução para os graves problemas brasileiros não é uma solução militar, de linha dura, que teoricamente vai “prender e matar” todos os bandidos. Coisa nenhuma. Aliás, os militares ficaram em silêncio durante todo o processo do golpe em 2016; não vimos nenhuma manifestação dos militares também na entrega do pré-sal, da Amazônia, das hidrelétricas, enfim, dos setores estratégicos para o país. Algumas das lideranças militares só se manifestaram contra Dilma e contra Lula, justamente os dois presidentes que mais fizeram para reforçar uma política externa soberana, que mais aparelharam as forças armadas e que desenvolveram políticas nacionalistas em relação ao pré-sal e à engenharia nuclear, coisas que a Lava Jato atacou de frente, destruindo tudo, inclusive prendendo o Almirante Otto, responsável por tecnologia de ponta na área nuclear. O que o Exército fez? Nada! Aliás, premiou o agente da CIA Moro. Abro uma ressalva apenas para a Força Aérea, cujo chefe maior, quando se manifestou, demonstrou respeito pelas instituições e pela democracia, ao contrário do chefe do Exército, que chegou a ameaçar o STF para não conceder liberdade para Lula. Bando de covardes, teleguiados pela mídia golpista e por sabe-se lá quanto de propina$$$$$ alguns desses personagens receberam para votar contra Lula.

    É sempre bom refrescar a memória histórica do Brasil sobre o papel dos militares no golpe de 1964. Derrubaram um presidente que pregava reformas brandas em favor do povo pobre: na Educação, na reforma agrária, na formação de uma indústria nacional forte. Os militares, a classe média, a Igreja Católica da época – que depois mudou -, os banqueiros e os latifundiários se uniram numa nada santa aliança para derrubar o governo progressista de Jango. Um dos generais que dizia apoiar Jango se vendeu por algumas malas cheias de dólares. Vários militares nacionalistas foram presos ou executados. O Brasil viveu duas décadas de ditadura, sem eleições diretas para presidente, com tortura e morte aos opositores; com a roubalheira escondida pela censura a imprensa, e com os banqueiros e os donos da Globo cada vez mais ricos.

    Não se trata aqui de dizer que os militares são os culpados por tudo o que vivemos hoje. Não. Tiveram esse papel negativo no golpe de 1964, foram anistiados com a abertura política e desde então, ou até então, vêm se mantendo nas funções legais, constitucionais, como deve ser. Todo país que queira ser respeitado, enquanto o mundo for dividido pelos interesses capitalistas, precisa manter uma força armada estratégica, que imponha respeito aos inimigos externos e que respeite o seu povo. Forças Armadas que trabalhem tecnologia de ponta, que formulem políticas e geopolíticas em defesa das riquezas do país e do seu povo, é o desejável. Agora, querer usar a força militar para resolver problemas políticos, jamais!

    O que o Brasil e o povo brasileiro precisam é de políticas públicas que atendam aos anseios dos de baixo, e não dos ricos, como acontece quase sempre, especialmente agora, após o golpe de 2016. E para que isso aconteça, é preciso que o povo possa escolher livremente seus governantes. O povo tem o direito de eleger o seu presidente (a) da república e já demonstrou que quer eleger LULA novamente – a única liderança nacional e mundial que, nesse momento, é capaz de unir o nosso povo e colocar em prática políticas de investimento público que gerem empregos; de revogar as medidas antipovo tomadas pelos golpistas e de criar um marco regulatório para as comunicações, impedindo esse assalto diário ao cérebro do povo brasileiro que é realizado pela Globo e suas filiais.

    O Brasil não precisa de intervenção militar! O Brasil precisa de políticas públicas em favor dos de baixo – na saúde, na Educação, na Cultura, no combate à fome e ao desemprego, na defesa da soberania, etc – e de um governo legítimo, que seja respeitado e que saiba ouvir, dialogar e respeitar os sentimentos do nosso povo.

  • Quem contribuiu para jogar o Brasil nesse precipício? Foram muitos, Janaina Paschoal, os jornalistas que viraram "morionetes" como Merdal, Mainardi, Augusto Nunes, Miriam Leitão, Josias de Souza, Otávio Frias, Eliane Cantanhede, Elio Gaspari. Os donos da mídia como irmãos Marinho (Globo), Bispo Edir Macedo (Record TV), Silvio Santos (SBT), Família Saad (Band) e Amilcare Dallevo e Marcelo de Carvalho (RedeTV!). O Judiciário e Ministério Público como Moro, Dallagnol, Carlos Fernando, os três patetas do TRF 4, Carolina Lebbos (carcereira do Lula), os seis votos do STF contra os direitos humanos (Carminha, Alexandre de Moraes, Fachin, Rosa Weber, Barroso e Fux). E os políticos golpistas, fortes em conspirações e fracos em votos, como Aecio, FHC, Alckmin, Temer, Moreira Franco, Eliseu Padilha, Juca, Anastasia, Rodrigo Maia, ACM Neto, Bolsonaro...

  • A esquerda está perdendo a ousadia que a direita está tendo, por isso eles deram o golpe.
    Não se avança em cima do "Fora Temer", somente com flores.
    Até acredito que sejam os bolsonaristas, pois vejo que as esquerdas perderam esse tipo de ousadia.
    Pegaram em armas no passado e hoje são republicanos.

  • A cada dia que passa se confirma o que eu postei na semana passada: a esquerda deve ficar longe dessa greve. Isso foi armado - e muito bem - por indivíduos que tem outros interesses. A greve é justa, mas a direita fascista está por trás de tudo para tirar proveito e pedir intervenção militar. Emílio Dalçoquio - que nem é mais da administração da ttansportadora - está gravando vídeos insanos e difundindo nas redes sociais. A ponto da própria empresa emitir nota esclarecendo que ele está fora da Dalçoquio desde 2015 e não fala em nome dela. Nunca é demais lembrar que este Emílio pousa em fotos ao lado de Bozonazo. As coisas estão ficando mais claras agora.

    • BONECOS DE VENTRÍLOQUO

      Manifestoches ainda acham que estão celebrando a democracia derrubando presidentes. Não é nada disso. Quase sempre, nesses processos açodados, quem tem o poder para tomar para si o controle, ao fim e ao cabo, e dar as cartas não são os manifestantes.

      Ainda mais quando não se vê líderes ou há liderança oculta. Manifestantes canalizam sua raiva, extirpam suas dores, têm a sensação psicológica de "fazer parte" de algo significativo, mas estão sendo, novamente, bonecos na mão de ventríloquos.

      Ventríloquos estes com outros interesses que não o público...

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