Os “limpinhos” de Curitiba

Não é propriamente novidade, desde que se popularizou o termo do poeta Antonio Maria sobre as “mal-amadas” para falar das lacerdistas.

Mas, na falta do planejado clima de tensão do que seria a véspera do depoimento de Lula a Sérgio Moro, a Anna Balloussier, na Folha,   faz interessante reportagem sobre alguns sociopatas que habitam uma casinha de madeira, diante da vara do justiceiro de Curitiba.

São os bufões, apenas, de uma corte de gente muito esperta e poderosa, e não os vilões da história.

São as  “folclóricas” emanações  que estas síndromes persecutórias, que se desenvolvem a partir de um símbolo de pureza e castidade,  produzem na vasta fauna humana.

Funciona atraídos por um ímã de recalques, um pólo para as frustrações e vazio de existências, uma “causa” para quem nunca as teve e consumiu a existência com fofocas, maledicências, suspeitas, ciúmes e tudo o mais que a mediocridade obtusa é capaz de produzir em almas sem flor.

Incapazes do amor, é do ódio que fazem seus espinhos e passam a a viver do paradoxo.

Em lugar da liberdade, amam a prisão. E a discórdia, o conflito, a culpa, a acusação, o castigo, o sofrimento alheio que lhes dá prazer, porque a dor das pessoas é, de fato, o alimento de suas deformidades.

E Moro, por isso, é o seu herói, o que trará o castigo sem limites, o que fará de tudo terra arrasada, como um deus tirano, que ama a punição, sobre uma humanidade que é só pecado e devassidão.

Os “passaportes” da República de Curitiba mostram bem o que o seu país, mesmo, não é o Brasil, a sua diversidade, a sua complexidade, a sua vastidão humana.

Conformam-se àquela decantada, mas já decadente, imagem de Curitiba.

A frase de uma dos espectros que acampam por lá resume tudo o que querem da existência: “A gente pelo menos é limpinho.”

Fernando Brito:

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  • Moro e o crime organizado. A visão que Karl Marx não teve

    Por Armando Rodrigues Coelho Neto – jornalista e advogado, delegado aposentado da Polícia Federal e ex-representante da Interpol em São Paulo

    A greve geral foi um sinal de alerta. Muito a se questionar, mas nada a comemorar. Quem faz o mais faz o menos. O congresso mafioso (parte dele financiado pela Odebrecht) é o mesmo do golpe.
    O ex-Supremo Tribunal Federal (antes conhecido como “grande balcão de negócios”) é o mesmo que calou sobre o “impeachment tabajara”. Juízes continuam a dizer que precisam julgar em consonância com a opinião pública. Mas são eles que vazam informações para formar essa mesma opinião.
    O pensamento único, capitaneado pela Rede Globo de televisão, continua dando sustentação a maior farsa política e jurídica do século.
    Fato: o crime organizado está no poder. Partido político não é organização criminosa. Ainda que a Globo (por exemplo) tente impor outra ideia do que possa ser crime organizado, a doutrina jurídica internacional pontifica que crime organizado ocorre quando todos os poderes de um país têm membros do crime como suporte.
    Isto posto, mesmo que delegados da PF tenham apregoado que o PT aparelhou as instituições, nunca apontaram sequer um carcereiro petista no órgão. Pelo contrário, aquela Swat de proveta virou comitê do Aécio. Os mais extremistas, quando não fizeram tiro ao alvo no rosto de Dilma Rousseff, publicaram em suas páginas sociais: “PF a única e real oposição ao PT”.
    Crime organizado é um conceito com o qual Marx Karl Marx não teria trabalhado. Mas, ele falava de supraestrutura social – expressão distante das apostilas policiais. Grosseiramente, supraestrutura seria o ponto nevrálgico no qual se produzem e se disseminam ideias que legitimem as ações do Estado em prol de interesses dos grupos dominantes. Traz a ideia de consolidação e perpetuação de domínio. Seria um processo no qual se promove a sedimentação da base jurídico-política e a estrutura ideológica vigente numa sociedade.
    (…)
    Desse modo, hoje, mais que nunca, a Odebrecht mostrou quem efetivamente tinha o domínio do fato e atiça a superestrutura. Uma capacidade de influência forte, proativa em favor da ganância, do lucro, do poderio. Longe, muito longe, portanto, do insólito e inexpressivo poder decisório de Lulas, Zés Dirceu e outros.
    (…)
    Eis que, o país que há pouco debatia direitos trabalhistas para empregadas domésticas, está domesticado pela supraestrutura, com a expectativa de que outras categorias a elas sejam equiparadas (no mais desumano dos sentidos). E Sérgio Foro permanece como lanterna que mais cega do que ilumina.

    FONTE [LÍMPIDA!]: http://jornalggn.com.br/noticia/moro-e-o-crime-organizado-a-visao-que-karl-marx-nao-teve-por-armando-coelho-neto

  • Amigo de Lula quer de volta presente que Moro confiscou

    “Este Tambor de Congo, devidamente numerado, foi fabricado de modo artesanal pelo famoso Mestre Daniel, e pintado por sua filha Beatriz. (O sr. sabe lá o que é um Mestre?). É Patrimônio Imaterial do povo brasileiro! Foi doado e entregue ao Presidente Lula, em cerimônia pública, no Palácio Anchieta/ES. É símbolo do povo capixaba! É sacramento da pura AMIZADE (o sr. tem alguma além do Mineirinho?) que temos – eu e o Lula, desde 1980”, escreveu Claudio Vereza ao juiz Sergio Moro, sobre presente que deu ao ex-presidente e que foi confiscado pelo magistrado paranaense

    Por Claudio Vereza, em seu Facebook

    Sr. Moro,

    Este Tambor de Congo, devidamente numerado, foi fabricado de modo artesanal pelo famoso Mestre Daniel, e pintado por sua filha Beatriz. (O sr. sabe lá o que é um Mestre?). É Patrimônio Imaterial do povo brasileiro! Foi doado e entregue ao Presidente Lula, em cerimônia pública, no Palácio Anchieta/ES. É símbolo do povo capixaba! É sacramento da pura AMIZADE (o sr. tem alguma além do Mineirinho?) que temos – eu e o Lula, desde 1980 (o sr. já era nascido?).

    Declaro para os devidos fins, que recebi em troca um rico e valoroso abraço fraterno, que depositei na conta secreta do banco de meu lado esquerdo do peito (o sr.tem um?) .

    Requeiro ao sr. que ponha-se no seu lugar e devolva o Tambor de Congo a quem doei livremente, o presidente Lula!
    Nestes termos,

    Exijo deferimento imediato!

    (Sem data vênia!).

    P.S.: nos comentários abaixo, algumas fotos que provam minha antiga ligação com o presidente! Não são convicções: são provas cabais de nossa estreita amizade! No caderninho dele eu sou o Claudinho! Morou?

    FONTE [LÍMPIDA!]: http://www.brasil247.com/pt/247/parana247/293272/Amigo-de-Lula-quer-de-volta-presente-que-Moro-confiscou.htm

  • Formidável!! São pessoas com a alma em delirío , como o Moro . Se julgam Deus ,e enganados por esta miragem ,se acham puros e limpinhos. Só a morte vai lhes trazer a realidade da vida . Mas qual, acham que só há esta vida ,e vão direto aos céus. O Umbral provavelmente, já lhes reservou a sua lama.

  • Amigos, tenhamos misericórdia desse povo, pois, não sabe o que diz, nem o que faz. Que pensa que comer caviar ou mesmo uma tripa assada, lhe dar direito de defecar um bolo fecal diferente dos outros. Apenas são levados por uma onda,que logo desaparece.

  • Excelente e antológico, Fernando Brito. Acabei de ler em algum lugar a frase de Nelson Rodrigues que cabe muito bem aqui: os idiotas estão dominando o mundo não porque sejam capazes, mas porque são muitos.

    • Muito bem colocado. Assim como outra frase do Nelson: os idiotas perderam a modéstia.

  • A grande mídia sempre promovendo o bando de retardados psicopatas de CÚritiba.
    Essa turma vive com camisetas promocionais do Juiz, fazem comércio de materiais.
    Adesivos para caros. Negócios usuais.
    Esse bando de neofascistas são uma vergonha para a cidade e para o estado do Paraná.

  • Essa turminha de CÚritiba faria melhor para a cidade e o estado se fossem fazem campanha contra a corrupção
    lá na porta da assembleia legislativa do estado do Paraná e na câmara municipal de CÚritiba.
    Oh povo ignorante esses CÚritibanos, Grande mídia paranaense dominada pela extrema direita deixa o povo assim.

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