A gente tem de tomar muito cuidado com o noticiário econômico, porque o poder de destruição do capital internacional sobre a nossa economia, infelizmente, ainda é muito grande.
Hoje eu topo com matéria na Folha, falando do declínio da entrada de capital especulativo no Brasil. Ela traz gráficos alarmantes.
Como se diz por aí: alarmantes… só que não.
Esse dinheiro é especulativo. Não cai no bolso de ninguém. Gera renda apenas para algum bilionário instalado em Nova York. Em termos de capital estrangeiro, o importante é o dinheiro que vem com fins de permanecer no longo prazo, o investimento estrangeiro direto. Esse tem aumentado. É dinheiro para construir fábrica, para infra-estrutura, para capitalizar empresas nacionais.
Entretanto, o que me chamou a atenção e me fez decidir escrever sobre isso, foram alguns trechos da matéria da Folha.
Algumas semanas atrás, a ombudsman da própria Folha alertou o jornal para tomar cuidado com declarações pessimistas de gente do mercado, porque muitas eram movidas por interesse financeiro. Não foi ouvida.
Confira esses trechos. Primeiro, desancam o Brasil e sempre usando os termos “desconfiança”, “medo”. Não há nada de concreto, só subjetividade.
Em seguida, tecem loas ao México.
Repare porque eles elogiam o México: flexibilizou o mercado trabalhista e entregou seus campos de petróleo a empresas anglo-americanas.
Só que, quando você vai olhar a situação econômica do México, não é tão maravilhosa assim.
Há poucos dias, por exemplo, ficamos sabendo que o PIB do México, cresceu apenas 1,3% em 2013, contra 2,3% no Brasil. E isso sem distribuir renda, sem ampliar programas sociais, além de um problema de segurança terrível. O número de homicídios no México, na atual gestão, tão queridinha pelos mercados, aumentou em mais de 300% nos últimos 5 anos, assim como a quantidade de sequestros.
Quando alguém do “mercado” falar que está “otimista” com seu país, é melhor desconfiar. Pode até ser que ele esteja certo, mas apenas se o interesse pessoal dele coincidir com o do país. Se não for o caso, como está acontecendo no Brasil, ele automaticamente se converterá num pessimista.
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Boa tarde,
essa palavra otimismo nunca soou muito bem nós meus ouvidos. O motivo é porque parecer ser uma palavra que se emprega no futuro, ou seja, que vai acontecer se fizermos algo. Mas essa mesma palavra lembra um filme: EFEITO BORBOLETA que narra a teoria do CAOS, caso façamos escolhas erradas nosso otimismo, aliás nosso futuro estará todo comprometido como do México que se vendeu aos U.S.
Concordo, Herbert. Cada vez que eu ouvia as "agências" elogiando o Brasil, eu sabia que isso era porque Lula não estava sendo radical em fazer o que deveria ser feito. Por exemplo, reestatização das empresas privatizadas por FHC.
Faltou comparar o nosso desemprego com o do México, que deve estar bem maior...
E não devemos comparar somente o percentual de empregos. Como diz o artigo, no México houve a flexibilização das leis trabalhistas.
Não bastasse esse problema, há na PEMEX acidentes de trabalho muito acima do esperado, principalmente se compararmos à Petrobrás (mesmo área de atuação). A PEMEX é talvez uma das empresas de petróleo líder em acidentes pessoais. Imaginem agora com a flexibilização das leis trabalhistas.
É interessante lembrar que entre todos os países latino-americanos, o México foi o único em que o percental de pobres na população aumentou nos últimos cinco anos, com o índice de pobreza crescendo para mais de 50% da população. Nos demais países, este índice caiu.
E os salários ficaram tão baixos que o México é também o único que tem maõa deobra mais barata do que na China.
Só um trouxa mesmo, para dar ouvidos à este " pessoal ". Tem que ser muito ignorante e um alienado do que se passa no mundo. O interesse destes pseudo - analistas é o do próprio bolso. Com esta mídia que temos, esta galera tem espaço garantido.
Dilma, pare com essa frescura de moderação e parta logo para o ataque de destruição em massa. Vagabundos e aventureiros que querem destruir o Brasil precisam ser urgentemente banidos do nosso país. A "Dona Lili Marinho", sua amiga e confidente, já morreu, e seus filhos querem comer o teu fígado. Por que tanta cautela com esses bandidos? Dilma, o PT e tua assessoria correspondem a um ZERO à esquerda! Muda já, sob pena de derrota em 2014.
Não é somente o da Dilma, o nosso tambem.
O que me incomoda é a falta de vontade dos "cumpanheiros" de reduzir carga tributária, fazer reforma política, e tirar os intermediários entre os programas sociais e seus beneficiários...
Argentinha e o efeito orloff ... se reeleger dilma, inflação de 15% ao ano e dolarização vem ai...
E notorio a falta de atuacao das assessorias do pt fruto das malditas coligacoes
'Mas nao adianta vir de plimplim vsi ter copa sim...