Existem muitas maneiras de dirigir um país e todas elas dependem de um rumo.
O pacote apresentado hoje – e é só a primeira parte – pelo Ministro Paulo Guedes tem um e não se pode dizer que incoerente com o que ele pensa.
É o encolhimento do Estado e, sobretudo, do Estado Nacional.
Num e noutro papel que ele tem no Brasil: indutor do desenvolvimento e mitigador das desigualdades sociais.
O Estado federal abre mão de receitas e despesas, mas as primeiras cairão muito mais rapidamente que aquelas e o resultado – desejado, claro – é a aniquilação do investimento público, já instalado na UTI, minguando há cinco anos e, agora, absolutamente inviabilizado.
Confia-se que o investimento externo vá suprir este papel, mas sem consumo é difícil que este vá encarar a empreitada. Raras vezes o fez e seu apetite tem sido, essencialmente, abocanhar o que está feito e funcionando e, quase sempre, com financiamento do Estado.
A taxa de investimento no Brasil fica em torno de 15% do PIB e precisaria ser perto do dobro para garantir crescimento que mereça este nome.
Chamar investimento para energia, saneamento, estradas, ferrovias etc… é algo que depende da atratividade de uma economia interna crescente ou são ofertas de mãe para filho, que são negócios de oportunidade, mais que de reprodução de capital.
Em matéria de política industrial, a eliminação de desonerações e de tarifas protetivas vai resultar em uma provável queda da produção industrial, de resto a última preocupação deste governo, firmemente disposto a nos retroceder a colônia agrícola.
As supostas transferências de receitas para Estados e Municípios de receita, igual, virão acompanhadas de transferências de responsabilidade por gastos sociais e, muito embora possam dar certo em uma dúzia e meia de comunidades, significarão, no mais das vezes, perda de qualidade de vida naqueles que dependem de políticas nacionais de saúde, educação, saneamento e todo o leque de ações que hoje se executa em escala nacional, ainda que de forma deficiente.
Água e esgoto para cidades de 10 mil ou 20 mil habitantes não têm escala para serem bancadas pela iniciativa privada, como não têm rodovias longas e pedagiadas, nem energia elétrica ou rodovias pedagiadas para os rincões, senão a preços escorchantes.
Nem entrei nos problemas de viabilidade política deste mal assumido “modelo chileno” que Paulo Guedes ensaia.
E o primeiro deles passa longe da oposição que vai enfrentar no Congresso: é mesmo o da conformação de um país que não é como o Chile e sua fantástica concentração populacional em grandes regiões metropolitanas: mais de 50% da população em Santiago, Concepción e Valparaíso.
Por mais que sejamos urbanizados, seria pensar a Grande SP, o Grande Rio e a região metropolitana de BH somando mais de 120 milhões de habitantes.
É evidente que o risco de sair do Congresso um monstrengo, que nem mesmo seja um projeto, ainda que errado, que guarde coerência interna, é imenso.
O mais provável é que, entretanto, não saia nada, ou quase nada.
Porque agora não é apenas tirar do trabalhador, como na Reforma da Previdência, e com apoio unânime de mercado.
Não vai bastar eliminar os “bodes”, como a proposta de redução do municípios em pleno ano de eleições municipais.
Apenas para argumentar como se fosse sério:se tem lógica econômica – como teve Janio Quadros com a eliminação dos “ramais deficitários” da Rede Ferroviária, tem consequências que os mais velhos, se apertarem a memória, lembrarão nos lugarejos do Vale do Paraíba – não tem racionalidade política, por arruinarem o modus vivendi que, mal ou bem, estas comunidades alcançaram.
Há uma diferença entre o ser socialmente criativo e o “inventar ” tecnocrático.
Pior ainda quando a “invenção” já foi testada e reprovada, como estamos vendo ao lado.
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Inacreditável que este país esteja passando por isso e aceitando tacitamente.
Hoje na manifestação da Paulista muita polícia para poucos manifestantes - eram só movimentos organizados (CUT, Intersindical, Psol...) e cabia quase todo mundo embaixo do vão do Masp. A chuva parece ter espantado lideranças mais expressivas - no tempo em que estive lá só vi o Boulos.
Daí quando cheguei em casa abri o computador e levei um susto - prisão da Dilma negada pelo Fachin. A Dilma tem que sair do país.
ENTREVISTA IMPERDÍVEL!
Vamos divulgar, pelo amor de Deus!
Saiba também que o bandido *"primata do neolibelês" é réu em crimes financeiros!
*paulo guedes, segundo o saudoso jornalista Paulo Henrique Amorim
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Pacote econômico de Bolsonaro confirma que governo é o Robin Hood ao contrário
Joaquim de Carvalho e Pedro Zambarda entrevistam a doutora Maria Lúcia Fattorelli, coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida
https://www.youtube.com/watch?v=HwQ1UlVJ_NQ
Há claramente no Congresso uma má recepção do pacotão do Guedes. Não se sabe se por culpa do naufrágio do Chile, mas o Guedes perdeu a credibilidade. E neste momento grave, o general Maynard Marques de Santa Rosa abandona o cargo de secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Ele é conhecido no Exército por seus ideais nacionalistas, e diz-se que ele pensava que haveria neste governo um projeto de desenvolvimento para o país, no qual ele pretendia colaborar intensamente. Fala-se que ele tinha planos de integração do território nacional com a construção de estradas e até de pontes sobre o Rio Amazonas, além de hidrelétricas. Pensava em rede de transportes e em energia. Ele sai certo de que este governo não tem e nem dá sinais de que vai ter algum projeto para o país. O general sai e leva consigo alguns militares de escol. E outros especulam que ele teria saído porque sabe de uma bomba inescapável que vem aí contra o Bolsonaro. Ele não estaria disposto a fazer parte deste governo quando a tal bomba estourasse.
Como um general q sabe q esse cara foi um pessimo militar e com 30 anos como vereador e deputado e nada fez teria um projeto ou saberia liderar um projeto?
Como um general q sabe q esse cara foi um pessimo militar e com 30 anos como vereador e deputado e nada fez teria um projeto ou saberia liderar um projeto?
Como um general q sabe q esse cara foi um pessimo militar e com 30 anos como vereador e deputado e nada fez teria um projeto ou saberia liderar um projeto?
Como um general q sabe q esse cara foi um pessimo militar e com 30 anos como vereador e deputado e nada fez teria um projeto ou saberia liderar um projeto?
Não sei. Talvez o general tenha pensado que seu ministério, por ter o nome de "assuntos estratégicos", fosse realmente tratar de assuntos estratégicos. E talvez justamente por saber que o eleito não realizou quase nada em toda a sua vida pública, o general pensasse que ele precisaria de muita ajuda para elaborar um grande projeto nacional, e que receberia de bom grado o general para a elaboração deste grande projeto de país. Eram auspícios excessivamente benignos, que muita gente teria com este governo, não só o general. Mas acontece que o eleito já tinha ajuda de muita gente desde há muito, e também já tinha um projeto para o país: destruir suas estruturas de desenvolvimento e entregar ao sistema financeiro internacional suas maiores riquezas naturais e construídas. Tardiamente o general percebeu que ninguém no governo estava interessado em seu genuíno interesse pelo bem do país.
Inacreditável que este país esteja passando por isso e aceitando tacitamente.
Hoje na manifestação da Paulista muita polícia para poucos manifestantes - eram só movimentos organizados (CUT, Intersindical, Psol...) e cabia quase todo mundo embaixo do vão do Masp. A chuva parece ter espantado lideranças mais expressivas - no tempo em que estive lá só vi o Boulos.
Daí quando cheguei em casa abri o computador e levei um susto - prisão da Dilma negada pelo Fachin. A Dilma tem que sair do país.
Se uma manifestação não emplaca, só há uma solução: Marcar imediatamente outra manifestação.
O país não está a aceitar tacitamente. Simplesmente o país está sendo levado pela mídia a confiar cegamente em quem o está apunhalando pelas costas. O país nem tem ideia do que estão fazendo com ele. Se soubesse...
As mídias regionais estão reagindo eufóricamente ao anúncio de que após o leilão do Presal vão ser distribuídos aos estados e municípios 25 bilhões de dólares!!! Um cala-boca miserável, uma merreca diante da imensidão do assalto, dada em troca de mil limitações e da extinção cabal da autonomia federativa! E que ainda corre o risco de ser mais uma promessa vazia.
Se uma manifestação não emplaca, só há uma solução: Marcar imediatamente outra manifestação.
O que estamos assistindo é a destruição final da Constituição de 1988. Logo após sua promulgação começou a luta das entidades empresariais contra a Constituição Cidadã, luta aliás que já se travava durante os debates constitucionais. As federações e confederações da indústria, comércio e dos Bancos publicou em 1990 (!) um documento e depois ampliado um livro chamado "Livre para Crescer - Proposta para um Brasil moderno Documento" uma defesa dos "postulados liberais", das "reformas estruturais", da "modernizaçao do país", enfim do interesse da plutocracia, da turma da bufunfa", e de seus lacáios e vocais na Grande Imprensa e na arena política. Os governos tucanos e os desgovernos golpistas, Temer e Bolsonaro, são os responsáveis pelos rabiscos, rascunhos, modificações, supressões dos principais capítulos constitucionais, da ordem econômica a ordem social, da ordem política até os chamados direitos individuais. Quem tem dúvida dessas "transformações" é só abrir uma versão digital de nossa "antiga" e "abolida" Constituição Cidadã. Ou construímos uma outra ordem política, constitucional, ou viveremos sob uma ordem reescrita por essa "nova" "constituição". Se alguém acha que isso é apenas formalismo legal é só levantar o tapete e ver a quem beneficiou todas essas mudanças formais, qual o conteúdo real delas que estão todas aí a vista de todos: destruição social, econômica e institucional.
O que estamos assistindo é a destruição final da Constituição de 1988. Logo após sua promulgação começou a luta das entidades empresariais contra a Constituição Cidadã, luta aliás que já se travava durante os debates constitucionais. As federações e confederações da indústria, comércio e dos Bancos publicou em 1990 (!) um documento e depois ampliado um livro chamado "Livre para Crescer - Proposta para um Brasil moderno Documento" uma defesa dos "postulados liberais", das "reformas estruturais", da "modernizaçao do país", enfim do interesse da plutocracia, da turma da bufunfa", e de seus lacáios e vocais na Grande Imprensa e na arena política. Os governos tucanos e os desgovernos golpistas, Temer e Bolsonaro, são os responsáveis pelos rabiscos, rascunhos, modificações, supressões dos principais capítulos constitucionais, da ordem econômica a ordem social, da ordem política até os chamados direitos individuais. Quem tem dúvida dessas "transformações" é só abrir uma versão digital de nossa "antiga" e "abolida" Constituição Cidadã. Ou construímos uma outra ordem política, constitucional, ou viveremos sob uma ordem reescrita por essa "nova" "constituição". Se alguém acha que isso é apenas formalismo legal é só levantar o tapete e ver a quem beneficiou todas essas mudanças formais, qual o conteúdo real delas que estão todas aí a vista de todos: destruição social, econômica e institucional.
O Bolsobosta e a Tchutchuca são dois descarados de marca maior.
O Brasil está FODIDO e MAL PAGO !
Muito curioso, esse governo parece a orquestra fo Titanic, o país está fazendo agua e pre isa de um governo e estão apenas correndo para depilida-lo. Incrível.
Muito curioso, esse governo parece a orquestra fo Titanic, o país está fazendo agua e pre isa de um governo e estão apenas correndo para depilida-lo. Incrível.