Embora a imprensa – com o beneplácito do Governo americano, que até agora não reconheceu a eleição de Nicolas Maduro na Venezuela – continue falando em fraude e as tentativas de desestabilização prossigam, como a reunião entre o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e o candidato derrotado, Henrique Caprilles, há uma notícia que não sai nos jornais.
É que a recontagem dos votos, que as urnas eletrônicas da Venezuela permitem, por imprimirem e guardarem cada voto, vai confirmando todos os resultados.
Sexta-feira foram recontados 158 mil votos, apurando-se uma diferença de 31 votos (0,02%) e, no sábado, mais 161 mil, com erro de 16 votos (0,01%). Como os erros se referem ora a Henrique Caprilles, da oposição, ora ao candidato governista, as diferenças virtualmente não existem. A auditoria já tinha sido realizada em mais da metade das urnas, logo após as eleições e está sendo estendida.
A recontagem é transmitida pela internet, sem cortes, e acompanhada pelos partidos políticos. Menos, claro, pelos apoiadores de Caprilles, que pediram a revisão e não apareceram.
E se acham que pode haver fraude lá, onde dá para recontar, o que dizem daqui, onde o voto é virtual e quem duvidar do resultado que a maquininha cospe pode duvidar sentado, pois o voto é virtual e não pode ser verificado?
Estranhamente, o procurador Roberto Gurgel se insurgiu contra a lei, aprovada pelo Congresso e sancionada por Lula, que obriga a auditoria, pela via do voto impresso, de míseros 2% dos votos.
Só 2% do “papelzinho”, como chamava Leonel Brizola, e eles se recusam, dizendo que isso vai violar o sigilo do voto.
Aqui, diz o TSE, nosso sistema é garantido. Como? Ora, é porque é, quem são os cidadãos para duvidarem que o TSE não erra um voto em mais de 100 milhões? Nem se compara àquela ditadura chavista da Venezuela, onde é preciso conferir as urnas. Aqui só tem gente honesta e ninguém frauda nada.
Afinal, depois da teoria do domínio do fato, que é que precisa de provas. Vale o que o tribunal disser que vale e pronto.
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Fernando Brito, apesar de tudo isso a respeito das nossas eleições, eu só acredito na ausência de fraude pelo fato de termos conseguido eleger, nesses 10 anos principalmente, candidatos que, provavelmente, se não houvesse uma segurança mínima, jamais teriam sido confirmados, haja vista a guerra suja das campanhas dos oposicionistas, PiG e Cia bela. Agora, na Venezuela, por favor, é muito mais evidente a confirmação. Esses adversários são doentes.
Há vários blogs hoje que não estou tendo acesso, o blog da Dilma, o Brasil 247 e outros, todos classificados como blog de esquerda, sob a alegação de que contêm vírus. Rodei o Norton antivírus (Web) que nada detectou. Acho muito estranho. Tentei por computadores distintos e todos acusaram a mesma informação...
todo o bem que é feito para o país, o asqueroso do bandido gurgel, mete a mão para estancar a continuidade. um bandido desse, ao deixar a pg deve seguir direto para a cadeia.
logo, logo, os americanos criam nova "bomba-boston" para desviar mais um round perdido na venezuela.
Quero o papelzinho do meu voto!