Paulo Nogueira Batista Jr., um dos mais lúcidos economistas brasileiros (tem o “defeito” essencial de ser mentalmente brasileiro e entender que o mundo da economia é regido pela “turma da bufunfa” – expressão antológica que criou – mas sustentado pela “turma do trabalho”) explica hoje, de próprio punho, as razões de sua demissão do Novo Banco de Desenvolvimento, o Banco dos Brics.
Ele atribui, em seu artigo, diretamente ao presidente do Banco Central, Ilan Goldjan, a “armação” para fazer com que ele perdesse seu mandato, que ia até 2021.
Um sonho interrompido
Fui afastado do cargo que ocupava aqui em Xangai no Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), mais conhecido como Banco dos Brics. Escrevo em plena mudança, em meio a caixas e caixotes. Estou voltando para o Brasil, depois de mais de dez anos no exterior.
Fico feliz, pois dez anos já era demais. Há tempos pensava na volta, pois estava insatisfeito com o rumo que o NBD vinha tomando. Amigos e familiares diziam, unânimes: “Fica na China, o Brasil está péssimo”. Mas o Brasil, mesmo “péssimo”, é melhor do que a maioria dos países. Os brasileiros é que nem sempre estão à altura do Brasil.
Estou triste, entretanto, pela maneira como fui afastado do banco que ajudei a criar. Mais do que qualquer outro integrante do NBD, estive envolvido, a fundo, no processo que levou à criação do banco e do fundo monetário do Brics. Sonhávamos criar um banco global que estabelecesse novos padrões no financiamento do desenvolvimento.
A minha desestabilização começou por iniciativa de alguns funcionários do governo brasileiro. Destacou-se na operação um certo Marcelo Estevão, assessor do ministro da Fazenda, sujeito atabalhoado que, segundo me disse um ministro de Estado, é motivo de chacota em Brasília. Mas não vou gastar pólvora com ximango. O líder da operação foi o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn. Mal conheço o Goldfajn, mas, por motivos não totalmente claros, ele meteu na cabeça que precisava forçar a minha saída. Saiu dos seus cuidados como autoridade monetária para liderar uma verdadeira perseguição contra mim.
Para me demitir havia, porém, uma dificuldade. Tinha mandato até 2021 e não podia ser simplesmente afastado. Era preciso demonstrar que eu quebrara o código de conduta do banco.
Colocaram então pressão sobre o presidente do NBD e induziram-no a abrir contra mim dois processos administrativos. O primeiro teve origem na minha recomendação de demitir um funcionário brasileiro, Sergio Suchodolski, que tivera desempenho pífio no período probatório. Esse funcionário foi instado a entrar com queixa contra mim, com alegações de assédio moral. A acusação não prosperou, pois não havia evidências. A única coisa indubitável era a péssima atuação do tal brasileiro.
O que prosperou foi uma segunda acusação: a de que eu teria atentado contra o código de conduta em alguns artigos publicados nesta coluna. A acusação era ridícula. Mas o advogado contratado pelo banco para investigar o assunto concluiu que em alguns poucos artigos eu quebrara a neutralidade política e comentara assuntos político-partidários. Não havia base para tal conclusão, que desmontei por escrito, mas a questão dos artigos era mero pretexto.
Enfim, passou. Ficou uma sensação de decepção e sonho interrompido. É um sonho perfeitamente possível esse de criar um novo banco de desenvolvimento de alcance global, lançado por países emergentes, que poderia em alguns anos rivalizar com o Banco Mundial e outros bancos controlados pelos países desenvolvidos.
Mas os sinais que o NBD está dando, inclusive na forma como me tratou, sugerem que esse sonho dificilmente se realizará. Só uma nova administração poderá revigorar o banco e colocá-lo no rumo sonhado. Talvez o futuro da instituição esteja nas mãos do Brasil, que indicará o seu próximo presidente em 2020.
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Esse Ilan Goldfajn ("goldfarsa") é ouro pro ITAU. Antes de ser presidente do Banco Central ele trabalhava para o Itaú, e detinha grande quantidades de ações do banco do "i." Junto com o Banco Bradesco são os maiores patrocinadores das reformas trabalhistas, previdenciárias e das terceirizações irrestritas.
Agora, clientes do " i", deixem de ser "i"gnorantes. Esses bancos lutam contra os seus salários e seus direitos e pela precarização do trabalho quando apoiam essas reformas do governo usurpador de temer. Peguem seus investimentos e levem para outros bancos. Existe a portabilidade bancária e a compra de dívidas. Simples assim!
"Parem de alimentar o lobo que os devora!"(GSS) Eles só querem o seu capital, o seu dinheiro.
Todos presidentes do Banco Central do Brasil tiveram passagem pela iniciativa privada. Como vc acha que adquire experiência? Lendo e estudando apenas?
Sem hipocrisia por fv.
O problema não é este. O grande problema deste governo e nos governos anteriores, sobretudo os petistas é aparelhar a estrutura das estatais com pessoassem qualificação. Apenas correligionários.
Ajnda bem que o Banco Central não aceita esga ingerência. A equipe é tecnica e concursada.
Estamos sob ocupação estrangeira, esses impostores que ai estão cumprem ordens externas vinda de Washington . O que eles fizeram em vários países do oriente médio, mas por meio da guerras, aqui não necessitou, se aliaram a Mídia ao Temer e ao Cunha e foi muito fácil. O seu projeto para o Brasil é o de fornecedor de matérias primas.. É urgente expulsar os exploradores do nosso país juntamente com todos os golpistas, quem pode liderar essa cruzada é Lula, por isso tendem a inviabiliza-lo.
Resumiu bem, Renato.
A ocupação estrangeira se apoia no Cartel da Mídia, partido político informal e escuso liderado pelos marinhos e seus colegas bilionários. PSDB, DEM e demais partidos formais cumprem ordens, são subordinados, assim como partes do Judiciário, do MPF, da PF e das Forças Armadas.
O problema do Brasil é que esse Cartel que monopoliza a comunicação social é capaz, não apenas de impor a sua narrativa da realidade, mas de manipular 200 milhões de brasileiros segundo os seus interesses, sempre alinhados aos interesses das corporações transnacionais e da Casa Branca. Portanto, livrar-se do jugo do Cartel da Mídia é a primeira batalha para restituir ao Brasil a condição de pátria. Hoje, somos território ocupado por estrangeiros.
Banqueiro ex itau manda na política externa brasileira.
Foi, além dos 25 bi em imposto que não terá mais que pagar, outra vitória do Itaúúúúú...
Aqui, rico - banco nem se fala! - é assim: não paga grandes impostos e pega essa grana e joga no rentismo que resulta justamente do governo precisar fazer dinheiro através de outros mecanismos - no caso, a dívida pública.
Contrato?
Só os ingênuos acreditam em contrato.
O que existe é força. Se ambas forem iguais, o contrato tá valendo.
Se uma for maior, e achar por bem fazer algo diferente do contratado, o contrato não tá valendo.
Simples assim.
Se é uma ocupação estrangeira o exército de ocupação é 100% "local" mesmo que uns atuem com um pé dentro e outro fora do país.
Quem manda nesta PORRA de País são os ANGLO_SIONISTAS, pois nem o tal exércitUS dUs ___braZiUSA__ têm autoridade aqui na ESPELUNCA. Meu caro Paulo, sabes bem como funciona o FED (((a presidenta é uma judia))), e como não podia deixar ser o Ilan Goldfajn, judeu, e o BRICS é contra os LADRÕES ANGLO_SIONISTAS. Então . . . etc, não há necessidade de expor mais nada, sabes tudo que aconteceu depois do GOLPE-2016 ANGLO_SIONISTA dado por Washington. O seu ex-BRASIL acabou como Nação. ___braZiUSA Nação DEGRADADA Engraçado que os militares=Tropas de Ocupação aqui do PUTEIRO=__braZiUSA__, não têm vergonha da Pátria que juraram defender. Caso sui-generis na História do Mundo, são muito DESCARADOS / SEM VERGONHAS / TRAIDORES / SAFADOS / CÍNICOS / DISSIMULADOS / BANDIDOS / PROTETORES de APÁTRIDAS / VENDILHÕES da PÁTRIA / . . . . ((difícil parar de xinga-los))
Gustavo Barroso alertou, em seu brilhante livro:Sinagoga Paulista que os "porcos" judeus sionistas da maçonaria iriam sequestrar o Brasil.
Tanto é que ele foi assassinado com toda família.