Carlos Lupi, presidente do PDT, anunciou há pouco o apoio a Lula no segundo turno.
Ótimo, antes tarde do que nunca.
Mas, como operador político, a esta hora com prejuízos enormes ao partido.
Poderia ser sócio da vitória do PT no Ceará, reelegendo uma governadora do estado. Poderia estar disputando o segundo turno no Rio Grande do Sul, onde a votação do pedetista Vieira da Cunha, embora pouco acima de 1%, bastaria para levar o petista Edegar Pretto à rodada final. Em vários outros estados, poderia ter feito deputados e não sair como uma legenda emagrecida.
Em matéria de cálculo político, assim como o PSB, o partido errou muito.
Tomara que se recupere nesta rodada final e, para isso, não valerá o apoio a Lula se ele, além de tardio, for anêmico, como foi o seu pronunciamento, hoje, nas redes sociais, no qual parecia estar apenas se desincumbindo de uma obrigação enfadonha e com medo de ser confrontado com o que, nos descontroles do exagero, disse antes.
Sequer pronunciou o nome de Lula e o vídeo só é compreensivel para quem ouviu ou leu o anúncio de apoio ao petista tomado pela direção do PDT.
Claro que Lula não pode esnobar apoio, mas fica evidente que o PDT é uma realidade, mas Ciro é ainda um risco.