Petrobras conclui mais um navio-plataforma para o pré-sal

Quem passou no final de semana na ponte Rio-Niterói, a caminho das praias oceânicas da cidade – mais vazias, nestes dias abrasadores – deu com um imenso navio azul que praticamente bloqueia a entrada do Porto de Niterói.

É o navio-plataforma Cidade de Ilhabela, um antigo superpetroleiro, o Anne, construído em 1996, pelo estaleiro sul-coreano Hyundai, cujo casco foi reformado na China e, agora, vai receber 22 mil toneladas de módulos de pressão, tratamento de fluidos, geração de energia e tudo o mais que o transforma numa plataforma de petróleo aqui.

Quase toda a superestrutura do gigante foi construída no Estaleiro Brasa, em Niterói,  uma “joint venture” entre a SBM Offshore e o Grupo Synergy, especializada na construção destes módulos.

Outros três módulos, de remoção de CO2, foram fabricados pela Empresa Brasileira de Solda Elétrica, a EBSE, uma centenária empresa nacional a qual, durante o primeiro Governo Brizola, ajudamos a evitar que quebrasse, pela política de então.

E, no segundo semestre, o Cidade de Ilhabela parte para o pré-sal, para se tornar a segunda unidade exploradora junto no campo de Sapinhoá, junto ao de Lula, produzindo 150 mil barris de óleo por dia.

Quem vive aqui no Rio, como eu, se passar pela ponte, deve reduzir um pouco a velocidade logo depois da Ilha de Mocanguê, a direita de quem vai para Niterói.

Vale a pena ver o espetáculo de guindastes imensos, cada um deles capaz de levantar 750 toneladas, erguendo os módulos de 30 metros de comprimento por 20 de altura e largura. No total, serão 22 mil toneladas colocadas sobre o convés do Ilhabela.

Vale a pena ver, porque vale a pena ver nosso país construindo sua independência econômica.

Fernando Brito:

View Comments (10)

  • Não é por nada, não, mas a paisagem da foto é maravilhosa! Sei que o tema tratado não é esse, mas não pude resistir! Perdoe a carioquice!

    • Perdoar? Vou te dar é os parabéns por você ser carioca. E quanto à Petrobrás, vamos que vamos Brasil. Os urubólogos se cortam todos.

    • Vania, o Brasil todo e o mundo acha o mesmo. Este regionalismo não existe, foi inventado por alguém fora da realidade, talvez pela imprensa para ter o que falar. Curta o seu Rio, é maravilhoso!

  • Ótima paisagem do Brasil. Não é por nada que muitos estrangeiros querem morar no Brasil.

  • Fernando Brito. Parabéns por todos os artigos que você escreve.
    Não me lembro de nenhum artigo em revista, jornal ou mesmo propaganda
    do pt sobre o crescimento de containers nos portos do rio e de outros portos no Brasil.Basta passar pela ponte e seguir para o Aeroporto do Galeão e ver que antes do Governo LULA não se verificava tão grande movimentação de mercadorias nos porto do pais.
    Você poderia pesquisar e escrever sobre isto.
    Obrigado,
    J.Carlos

  • Nada disso sera noticia dessa Imprensa "livre" , o ÓDIO, O COMPLEXO DE VIRA LATA, O DESPREZO PELO QUE REPRESENTA O BRASIL, A INVEJA, A INCOMPETÊNCIA, A GANÂNCIA POR COMISSÕES, a incompetência dos que lhe cerca e lhe serve não permitira, assim como não tem sido noticia a QUADRILHA DOS TRILHOS ( Covas - SERRA - ALKIMIN ), que deu origem ao TRENSALÃO do PSDB, ou o caso do desaparecimento do Processo referente a Sonegação Fiscal da Globo, de dentro dos arquivos da Receita Federal no Rio de Janeiro. Imagine se fosse com a REDORD, o que diria a Ruth de Aquino, o Guilherme Fiúza, o Boechat, o Boris Casoi, o Mitre, o Datena, o Newmanemm Pinto e tantos outros HOMENS SÉRIOS do nosso Jornalismo Sério e absolutamente ÉTICO.

  • Vocês querem mesmo sentir orgulho da nossa (nova) indústria naval? Visitem o sitio do Sindicato da Indústria da Construção Naval (www.sinaval.org.br). Lá a gente vê a pujança do setor. Peço permissão ao Fernando Brito para colar aqui apenas um parágrafo da mensagem de ano novo do presidente do sindicato. É de arrepiar:
    "Em 2002, as nossas empresas estavam à míngua. O mercado brasileiro já existia, mas era suprido por estaleiros estrangeiros. Não havia financiamento, pois os recursos do Fundo de Marinha Mercante eram desviados para pagamento de juros da dívida pública. Em comparação com 2 mil empregados daquela época, hoje nos aproximamos de 80 mil postos de trabalho diretos. Somando-se efeitos indiretos, fornecedores e as famílias de todos esses trabalhadores se chega a um contingente próximo de um milhão de pessoas beneficiadas pelo ressurgimento da construção naval."

  • A SBM está de parabéns! Belo projeto! Ótimo ver multinacionais confiando na nossa mão-de-obra para concluir seus projetos. Que venham mais e mais!!! Para que venhamos a depender menos da BR!!

  • Daniel Cauê, seu comentário não ficou adequado.
    A BR é contratante das empresas fornecedoras (ex.: SBM) de equipamentos destinados à prospecção, perfuração e produção de petróleo on e offshore.
    A SBM é contratada pela BR para prover o FPSO Cidade de Ilhabela (e outros mais) para a produção do petróleo em extração de alguns campos do pré-sal no Brasi
    A projeção desta atividade para os próximos anos indica números consideráveis.
    Desta forma, a relação não é de dependência, mas sim de uma ótima expectativa de trabalho comum e seu retorno que, em síntese, é conveniente para a nação como um todo.

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