O Palácio do Planalto soltou uma longa nota (aqui, na íntegra) com as explicações oferecidas à Procuradoria Geral da República sobre as negociações da aquisição da Refinaria de Pasadena (EUA) que continham cláusulas, desconhecidas para os conselheiros, que acabaram levando aos problemas na operação. A PGR respondeu, manifestando seu convencimento que não cabe aos conselheiros – e, logo, a Dilma Rousseff, que presidia o Conselho – qualquer responsabilidade sobre o que poderia ter gerado prejuízos no negócio.
A notícia, porém, está no final das nove páginas que compõem a nota da Presidência, quando se informa que Rodrigo Janot reconheceu, na resposta às explicações da Presidência, que o Conselho da estatal “não foi adequadamente informado acerca do conteúdo do contrato, pois os mencionados documentos indicavam a regularidade da instrução do feito, inclusive no tocante ao preço, justificado na análise satisfatória de renomada empresa do mercado financeiro”.
Diz o procurador que mesmo que se “esteja diante de uma avença (contrato) mal sucedida e que importou, aparentemente, em prejuízos à companhia, não é possível imputar o cometimento de delito de nenhuma espécie aos membros do Conselho de Administração, mormente quando comprovado que todas as etapas e procedimentos referentes ao perfazimento do negócio foram seguidos”.
Ele diz que as informações prestadas pela Presidência “afastam a acusação de conduta dolosa ou culposa que possa ser atribuída ao Conselho de Administração da Petrobras de ter dado causa aos prejuízos advindos da referida operação, sendo desnecessário o prosseguimento da instrução”. E que as “cláusulas contratuais, que impunham obrigações de grande monta para a Petrobrás” foram omitidas do Resumo Executivo e da apresentação realizada para o Conselho de Administração.
Só vai saber disso, no entanto, algum maluco como eu que se disponha a ler tudo e chegar à oitava e nona páginas.
Parece que não chegou à Secretaria de Imprensa um tal de “lead” jornalístico, que consiste em trazer para o início do texto a informação mais importante.
Quem sabe, além do Lula, chamem o Franklin Martins.
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Tinha tucano trabalhando na assessoria de comunicação do Palácio do Planalto, ainda tem? A Conceição Lemes, do Viomundo sabe bem desta estória. Pelo visto, a famosa mídia técnica nem isto mais é...e querem terminar este governo...assim fica impossível, lamento.
A comunicação é tucana .
Dilma, chame o Brito .
A última linha de seu post é a mais importante. Franklin Martins também precisa ir para o governo, além de Lula, como Ministro das Comunicações ou, no mínimo, como porta-voz da presidenta. Pelo menos uma vez por semana ele convocaria uma coletiva onde comentaria as mentiras do PiG daquela semana e divulgaria as realizações do governo que a mídia ditatorial esconde.
Gente por acaso vcs sabem quantas possuem um coontrato tipico como esse de Pasadena? Fala-se em algo proximo de 60 mil paginas! O Conselho de Administracao do qual Dilma fazia parte na Petrobras recebeu um resumo, do resumo do resumo. Um conselheiro possui uma assessor juridico, mas mesmo esse nao tem saber TODOS os detalhes do contrato. A responsabilidade recai sobre Cervero porque era o diretor responsavel pela area e pelo resumo fornecido aos demais Conselheiros. Simples assim!