Parece brincadeira, mas é verdade.
Renato Souza, do Correio Braziliense, noticia que a Polícia Civil do Rio de Janeiro só hoje apreendeu os equipamentos de gravação de ligações do condomínio Vivendas da Barra, onde o presidente Jair Bolsonaro tem casa e que são objeto de interesse da investigação sobre o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes.
Inacreditavelmente, uma providência que se esperaria tão logo o ex-PM Ronnie Lessa foi preso como suspeito – dia 12 de março – só agora é tomada, isso depois que o presidente da República disse que “ pegamos toda a memória da secretária eletrônica que é guardada há mais de ano”.
O que esperar depois deste incrível e intervalo de oito meses, em que os equipamentos ficaram à disposição de quem porventura, quisesse manipular seu conteúdo.
Disse, repito e seguirei repetindo: salvo aquilo que, a critério do juiz do caso, tiver razão de se manter sigiloso, o processo tem de ser aberto, porque seus condutores – e os que pretendem ser, na esfera federal, conduzirem-no – já não gozam da confiança pública, depois de tantas situações incríveis.
Só a abertura de tudo o que foi feito – e tudo o que não foi feito, como esta apreensão – pode devolver um mínimo de credibilidade pública ao esclareciment do caso que não é apenas o de uma futrica político, mas envolve a morte de duas pessoas.
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A cada dia fica mais claro quem estava interessado em assassinar Marielle.
Dizem que o Escritório do Crime é sediado no Rio das Pedras. Será?
Então Vivendas da Barra, na linguagem de mercado, seria apenas uma franquia para o alto luxo do lixo?
Milhões de olhos e ouvidos estarão a perguntar nas próximas horas: Será que vai dar para recuperar a memória original deste sistema? E quem terá credibilidade para tentar fazer tal recuperação? Afora a análise da memória, o sistema servirá para que fim?
As instituições estão podres. Agora, só com povo na rua mesmo.
A cada dia fica mais claro quem estava interessado em assassinar Marielle.
Dizem que o Escritório do Crime é sediado no Rio das Pedras. Será?
Então Vivendas da Barra, na linguagem de mercado, seria apenas uma franquia para o alto luxo do lixo?
Será porque tentam desqualificar a versão do primeiro porteiro ("está de férias") ????
Na primeira gravação a voz era mesmo do "seu Jair Bozo". Interessante é que o primeiro porteiro desconfiado que o Miliciano solicitou a entrada numa casa e estava indo para outra. O Porteiro que não é bobo nada , ligou novamente para a casa do Bozo explicando a situação e a voz disse: Pode deixar que eu sei pra onde ele está indo.
Agora estão tentando desqualificar o depoimento do porteiro. Cadê a gravação da voz.?????
Já era. Essa investigação está bichada, não vai dar em nada. O capitão da casa 58 sairá incólume.
Brito, Caso Mariele: Tem algo nebuloso desta história. Porque será que esconderam a gravação da voz, quando o primeiro porteiro ligou para a casa do "seu Jair" e ele atendeu. A voz era dele mesmo, Porque será que sendo a voz que atendeu era a mesma do Bozo. Isto só pode ter uma explicação é a de que todas gravações da portaria caíam direto no seu celular independendo onde estivesse. Porque será que eles fazem questão de mostrarem só a segunda gravação????
Mentira tem pernas curtas.
E se a polícia civil e o MP-RJ estivem dando corda para esse bando de .... Já não tem a polícia civil, desde outubro do ano passado as informações da portaria? A apreensão agora não seria apenas para confirmar que houve invasão e alteração do sistema nestes últimos dias, como foi dito pelos bolsonaros que afirmaram que recolheram as informações do sistema...