Escondida quase, na sexta página do caderno de Economia (“Mercado”, para eles, porque economia a ele se resume), está a pesquisa Datafolha que mostra que, mesmo com todo bombardeio de mídia, quase dois terços da população continuam se opondo à privatização da Petrobras.
E que, por isso, isto não deveria preocupar ninguém, pois esta questão “está fora da pauta política do país”.
Não é verdade: está e sempre esteve.
E é exatamente por conta da rejeição da população que ela encontra outras formas de se expressar na política.
Foi assim na venda de boa parte de seu capital na Bolsa de Nova York, por Fernando Henrique.
Porque a privatização da Petrobras é uma ideia réptil, própria dos rastejantes que só são capazes de enxergar um país servil, uma colônia, onde lhes cabe, claro, o papel de subnobreza que se enriquece mediocremente com o farelos do saque ao povo e à natureza.
Sua “privatização” se faz pela destruição e pelo “encolhimento”, tanto quanto pela alienação de nossas reservas petrolíferas.
Agora, pela corrupção – que não é de hoje, nem de ontem – os “muy amigos” da Petrobras querem “enxugá-la”.
O curioso é que não querem “enxugá-la” da especulação e das pressões financeiras monstruosas que se faz contra ela.
Mas daquilo que é seu maior valor para o país: o pré-sal e a capacidade da empresa de mover uma imensa engrenagem de geração de emprego e renda para o país, expressa em estaleiros, construções, equipamentos e tudo o mais em que se passou a exigir conteúdo nacional.
Por isso apelam a mil estratagemas de “gestão técnica”, coisa que a empresa jamais deixou de ter, porque é uma corporação mais do que estruturada e que não foram políticos os furos nos seus diques de governança de onde vazou um rio de dinheiro.
Lembremos que os que se apontam como seus ladrões são todos funcionários de carreira, maçãs podres em meio a milhares de brasileiros capazes, honrados e trabalhadores que a integram.
Os privatizadores da Petrobras não precisam colocá-la à venda.
Basta que a destruam a grandeza do seu papel, sempre e ainda mais agora, que o país se descobre dono de reservas imensas de petróleo.
Os répteis e as ideias répteis são assim: seu veneno enfraquece a vítima e a vão esmagando e engolindo.
View Comments (16)
No senado Americano há alguém com projeto de lei transferindo as riquezas do solo USA p/ um país estrangeiro? A Imprensa apoiaria um senador com tal proposta? Evidente que não, pois lá os cidadãos são extremamente nacionalistas. Por que a sociedade brasileira não se revolta contra uma campanha sórdida contra a maior companhia do nosso Pais? PSDB e a Midia estão a serviço do Capital Internacional, tanto que seu Ministro de Economia, Armínio Fraga (FHC, Serra, Aécio) esconde seu dinheiro (APÓS PRIVATIZAÇÃO) no HSBC da Suíça. Imagine se fosse o Lula.
Americano não é bobo. Não entrega o ouro.
Esta sórdida campanha de enfraquecimento da Petrobrás não só compromete toda indústria de apoio que se desenvolveu em torno dela, com os milhares de empregos e famílias dependentes, como também o grande salto que podemos dar em educação com os recursos de seus royalties. O grande sonho de um país sem miséria e de oportunidades para seus filhos.
Agora, que o pré-sal já é uma realidade produtora, os caminhos dos recursos devem estar no foco das discussões. O Brasil precisa avançar,apesar da pauta golpista que insiste em apequenar a alma brasileira.
Brito, sei que vou sair um pouco da pauta, mas ao ler o primeiro comentário sobre a denúncia atingindo o assessor de Janot, feita pela PF e pelo TCU, fiquei preocupada. Não concordo com algumas declarações de Janot, embora ele pareça bem mais equilibrado do que seus últimos antecessores. Ultimamente tem feito declarações meio dúbias, ficando naquela de afirmar e não afirmar,muito pelo contrário. Isso me fez pensar se ele estaria sendo vítima de suborno por parte da PF (ainda mais depois que invadirem a sua casa, levando só o controle remoto dos portões, segundo o que li) e do TCU, conhecido pelas suas atitudes politiqueiras. Muito estranho esse ataque,que o atinge diretamente. Veja, é bom que o Tijolaço tenha escrito o post Quem vigia o vigia. Tem muito vigia no pedaço, mais que os antigos caciques. Sabe-se lá com que intenções...
Mais do que questões partidárias, o que existe no Brasil é a defesa de duas visões opostas de País. Uma que quer o desenvolvimento do País e da sociedade brasileira; a outra defende a ideia da abertura do País e a exploração de suas riquezas com a submissão do País a outros interesses. A Petrobras sofre as consequências desse choque de visões. Com a descoberta do Pré-sal e o estabelecimento do regime de partilha, a empresa passou a ter importância fundamental para o País buscar melhores condições de se desenvolver. A empresa tem um elevado percentual de participação no volume de investimentos no País e ainda terá impacto nos investimentos do País em educação. Com a opção pelo conteúdo nacional, deu impulso ao setor industrial de petróleo e gás aqui no Brasil, possibilitando a criação de uma industria com potencial de gerar e aproveitar tecnologias disputando esse mercado. Menos por causa da empresa, que todos conhecem, e mais pela falta de esforço das empresas que deveriam agarrar esta oportunidade, as ações da empresa tem tido essa queda.
A evolução do País através do desenvolvimento, requer o comprometimento de toda a sociedade. O setor de petróleo e gás é apenas um entre vários exemplos, de como a falta de comprometimento impede um bom desempenho de setores e empresas. Não existe a procura pela melhor condição de funcionamento, da busca pelos melhores critérios para a eficiência. Prefere-se a facilidade de viver no atraso, a enfrentar o que é necessário ao progresso. Cada um precisa definir o quer, ou se quer uma coisa ou se quer outra. Cada opção resultará algo ao País.
Até o Datafalha já revelou: uma maioria inequívoca da nação é contrária à privatização da Petrobrás.
Os inimigos do Brasil são muitos e não descançam um segundo sequer.
Desde que o mundo é mundo, se não houver estatais para ser roubada por quem chegar ao poder, ninguém vai querer sequer concorrer a cargo nenhum
O Fernando Brito acertou ao classificar os que são vassalos dos Estados Unidos, como o PSDB,José Serra, Fernando Henrique Cardoso, Globo, Folha, Veja e Estado como répteis pois agem covardemente na surdina para que nosso maior patrimônio vá para empresas estadunidenses. E vou além, acho que membros do ministério público e do judiciário também estão nesse time que age contra nossos interesses. A CIA pode ter capturado juízes e procuradores públicos brasileiros para fazer o serviço via Lava a Jato. A operação não tem objetivo de acabar com a corrupção senão teriam vazado que o nome de Aécio Neves e tantos outros tinha aparecido na operação. Nos Estados Unidos jamais um senador ousaria fazer um projeto lei dando riquezas do seu país para que sejam roubadas por outro. Covardes somente a direita brasileira com ao apoio da grande imprensa.
Só imbec8il não sabe que estatal foi feita para ser mesmo roubada.
É o cúmulo. Até o advogadpo do delinquente agora foi transmudado numa grande autoridade da República! Diz quem é mau, quem não é, e já que ele mesmo é confessadamente um tucano, com certeza está muito mal intencionado em seu jogo midiático: Dilma é do bem, mas o Lula, segundo ele, é do mal! A fábrica de ataques ao governo não para de produzir, e agora refinou a mira: O alvo é o Lula!