Não surpreende a aliança de sangue entre Aécio Neves e Eduardo Campos pela CPI da Petrobras.
Quem leu a história do diálogo entre José Serra e Patrícia Pradal, diretora da Chevron, às vésperas da eleição de 2010, onde o tucano pedia paciência porque, no Governo, desfaria a regra dos contratos de partilha e devolveria o pré-sal ao regime de concessão entreguista de Fernando Henrique Cardoso deveria saber que, a cada eleição presidencial, coloca-se em jogo o grande “cofre público” que representam as megajazidas de petróleo encontradas no litoral brasileiro.
Sempre é bom repetir: as maiores descobertas no século 21, ao ponto de fazerem a Agência Internacional de Energia prever que virá mais petróleo “novo” do Brasil do que do Oriente médio nos próximos 10 anos, e tanto quanto do xisto norte americano, a nova grande fronteira energética mundial.
Em 2010, a jóia da coroa que o candidato a Rei procurava usar como penhor de sua ascensão ao poder chamava-se Libra, com seus 10 bilhões de barris em reservas.
Em 2014, chama-se Franco (se seu complexo de campos semi-contíguos, Florim e o Entorno de Iara) com mais de 12 bilhões de barris.
Em 2010, também travou-se uma batalha prévia, igualmente com uma CPI da Petrobras (alguém consegue lembrar o pretexto desta CPI?) que visava inviabilizar politicamente a adoção do modelo de partilha, que custou duras penas ao Governo Lula ver aprovado no Congresso.
Agora, a batalha política é para inviabilizar, com o enfraquecimento da Petrobras, a decisão que terá de ser tomada, até setembro, de estender – ou não – a entrega da exploração desta nova mega-reserva de petróleo à Petrobras, que dela só tem assegurados 5 bilhões de barris, concedidos à empresa como cessão onerosa no processo de capitalização feito àquela época.
Estender a cessão onerosa de toda a área à Petrobras seria o natural, mas como fazê-lo se a empresa é pintada como fraca, semi-falida e, pior, desacreditada por escândalos fabricados?
Param por aí as semelhanças e começam as dessemelhanças, que colocam em risco esta imensa riqueza, que os cochichos oposicionistas, como ocorreu com Serra, desfilam aos olhos famintos dos interesses internacionais.
É que em 2010 esta batalha se desenvolvia diante dos olhos do povo brasileiro, embora só com os telegramas do Wikileaks tenhamos sabido dos detalhes dos encontros com os representantes das “potências estrangeiras”.
Agora, a pretexto de prudência, procura-se manter um segredo de polichinelo sobre o tamanho desta riqueza, com a vã ilusão de que, assim, haverá condições administrativas melhores para transferi-las integralmente à Petrobras.
Segredo é apenas para o povo brasileiro, porque todo o “mercado” já sabe daquelas potencialidade e da intenção de que fique com a nossa petroleira.
Como, porém, o Brasil e a Petrobras têm administrações que se preocupam em ser “essencialmente técnicas”, esperam, antes de falar disso, equacionar todas as condições de viabilidade da exploração daquele tesouro.
Não compreendem que esta viabilidade é, essencialmente, política, embora vá expressar-se em dinheiro, sondas, navios, dutos e outros equipamentos.
O petróleo está lá, tudo isso é necessário para tirá-lo (e às vezes é preciso pedir ajuda, como este blog não hesitou em defender quando do leilão de Libra), mas o essencial, para tê-lo, é saber que é nosso e que é preciso retirá-lo de forma a que seus frutos venham para o povo brasileiro.
No seu terceiro ano de governo, Fernando Henrique teve força para desfazer um dogma histórico fundado pelas ruas com a campanha do Petróleo é Nosso e parido pela mão de Getúlio Vargas.
Como é que outro Governo não teria força para revogar um simples regime de partilha e abrir este megacampo (e tudo o que ainda está por ser descoberto) ao capital estrangeiro?
Lula travou a batalha do pré-sal diante dos olhos dos brasileiros.
Por melhor que seja como gerentes e por mais comprometidas que sejam com a defesa da Petrobras, Dilma Roussef e Graça Foster, a presidente da empresa, devem entender que a fonte da energia da Petrobras é o desejo de progresso e soberania do povo brasileiro.
Se as razões profundas das sucessivas “ondas” contra a Petrobras nãos forem mostradas ao Brasil, não há peito forte o suficiente para arrostá-las.
A virtude de um líder não é fazer sozinho, substituindo-se ao povo.
É ser a chama que acende a vontade profunda deste povo e confiar na sabedoria coletiva que, quando sabe o que se passa, não erra ao decidir.
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Queria muito que a Dilma pudesse ler os artigos publicados aqui. Tenho certeza de que ela se defenderia de forma diferente. O que fazem com a Petrobrás é um crime e deveriam ser punidos por deteriorar o valor do patrimônio brasileiro devido á sede e a ilusão de futuramente vender aos estrangeiros. Os tempos são outros e a guerra de omissão de informações e informações maquiadas do PIG se mostra clara para poucos na sociedade. Depois dizem que o gigante acordou ... o gigante está mais bêbado e tonto que nunca, se estivesse acordado a população sairia às ruas pra pedir a punição deste jogo sujo de deterioração da imagem da Petrobrás.
Só um recado pra eles ... não adianta nada pois não se vende o que não se tem e não colocarão as mãos na Petrobrás, vão perder as eleições de novo. Dilma e Lula neles.
So queria saber porque os tucanos querem dar o que pertence ao Povo Brasileiro? Por que nao dao o que pertence a eles proprios? Como por exemplo o proprio ....
Duas reportagens recentes que precisam ser lidas por todas estão lá no blog O Cafezinho de Miguel do Rosário:
Mais documentos exclusivos de Pasadena!
http://www.ocafezinho.com/2014/03/25/mais-documentos-exclusivos-de-pasadena/
e
Exclusivo! Documentos comprovam que Astra pagou mais por Pasadena!
http://www.ocafezinho.com/2014/03/24/exclusivo-documentos-comprovam-que-astra-pagou-mais-por-pasadena/
Senhores, será que depois do estrago feito pelo "Capitão do Mato" (AP 470) o PT passou a se chamar "Partido dos Trouxas? Sinto-me decepcionado com o silêncio imposto à bancada petista no Congresso Nacional. Calar-se diante das manobras maquiavélicas protagonizadas por dois conhecidos bandidos da política brasileira é a mesma coisa que um general obedecer às ordens de um soldado. Os bananas petistas só pensam naquilo (mamatas e + mamatas).
Vejam todos est noticia.
Aécio Neves diz em programa que fumou maconha
4 de março de 2014 às 10:43Eliomar de LimaPolítica, Televisão
foto patrícia calderon
O presidenciável tucano Aécio Neves gravou entrevista para o programa Diálogos, na TV Cidade Fortaleza, apresentado pela jornalista Patrícia Calderon. O presidenciável confirmou para Calderon que já fumou maconha e que era bastante chegado a uma boa “balada”.
Aécio Neves disse que a vida de farrista ficou para trás, depois do casamento.
O programa vai ao ar no domingo (9), a partir das 8 horas.
Vamos nós – De tão polêmicas as entrevistas, o programa poderia se chamar “Calderon da Patrícia”.
Fumar maconha é algo pequeno em relação as barbaridades que a excelentíssima "Dilmaquinista" e [ex]presidente "Lula Molusco" cometeram. Me pergunto e deveria fazer o mesmo: já havia visto Aécio Neves envolvido com guerrilhas, as FARC, Comunismo, governo de Cuba, espionagem cubana de médicos, portos em países na PQP, por exemplo? A Petrobras antes fosse privatizada, do que estar na mão dessa corja, acredito que essa foi a ideia por trás do governo FHC, após o governo militar ser humilhado e ter de entregar o governo nas mãos dos "democratas".
"Petroleiros reagem: Oposição e velha mídia tentam desmoralizar Petrobrás".Finalmente a sociedade organizada começa enxergar as verdeiras e malignas intenções do PIG anti-Brasil e a erguer a cabeça contra essas víboras. Não tem outro caminho senão vencermos aqueles que querem destruir o nosso País. Vamos à luta, povo brasileiro. A elite nos odeia e se ficarmos de braços cruzados só temos muito, e muito, a perder.
Botar o Eduardo Campos no campo dos privatista é forçar muito a barra.
Todos lembram na campanha eleitoral passada que Dilma acusa o Serra de querer explorar o pre-sal com empresas estrangeiras e, na verdade, quem abriu o maior campo petrolifero dos últimos tempos (libra), valendo mais de US$ 1 trilhão foi justamente a Dilma.
Para os desavisados e esquecidos:http://www.youtube.com/embed/xqfGY5Y_YTo?
Alfredo, você está equivocado, pois quem denunciou que o Serra pretendia entregar o Campo de Libra à Chevron foi o Wikileaks.
Dilma não deu nada prá ninguém, Alfredo. Larga de escrever bobagem.
Se você não sabe o que é o método de partilha e o que realmente aconteceu nos leilões do Pré-sal, então omita-se, não escreva nada.
Escrevendo estas bobagens você se desrespeita.
Alfredo,
Segundo seu conhecimento, a Dilma "abriu" o campo de Libra para empresas estrangeiras? A discussão só tem sentido quando há possibilidade de interlocução. Ou você desconhece o contexto ou age de má-fé.
Se for o primeiro (o que espero), sugiro-lhe que estude um pouco antes de dizer qualquer coisa...
Não deixaremos sangrar a Petrobrás no ringue das disputas eleitorais
Mais uma vez, a Petrobrás volta a ser palanque de disputas políticas em ano eleitoral. Foi assim no governo Lula, foi assim em 2010 e não seria diferente esse ano, quando as pesquisas eleitorais refletem o apoio popular ao governo Dilma. Tensionada, a oposição, em conluio com a velha mídia, mira na Petrobrás para tentar desmoralizar a gestão pública da maior empresa brasileira.
Os mesmos PSDB e DEM, que quando governaram o país fizeram de tudo para privatizar a Petrobrás, trazem de volta à cena política antigas denúncias sobre refinarias adquiridas pela empresa no exterior e tornam a atacar as que estão em fase final de construção no Brasil. Quem acompanha a nossa indústria de petróleo sabe da urgência de reestruturação do parque de refino da Petrobrás, que, durante o governo do PSDB/DEM, foi sucateado e estagnado, assim como os demais setores da empresa.
Quando exercia o papel de governista (dos anos 90 até 2002), a oposição demo-tucana quebrou o monopólio estatal da Petrobrás, escancarou a terceirização, privatizou alguns setores e unidades da empresa, reduziu drasticamente os efetivos próprios, estagnou investimentos em exploração, produção e refino e ainda tentou mudar o nome da Petrobrás para Petrobrax. Foi nessa época que a empresa protagonizou alguns dos maiores acidentes ambientais do país e o afundamento da P-36.
São os mesmos neoliberais que insistem em atacar a gestão estatal que desde 2003 iniciou o processo que fará da Petrobrás uma empresa verdadeiramente pública e voltada para os interesses nacionais.
Vamos aos fatos: em 2002, a Petrobrás valia R$ 30 bilhões, sua receita era de R$ 69,2 bilhões, o lucro líquido de R$ 8,1 bilhões e os investimentos não passavam de R$ 18,9 bilhões. Uma década depois, em 2012, o valor de mercado da Petrobrás passou a ser de R$ 260 bilhões, a receita subiu para R$ 281,3 bilhões, o lucro líquido para R$ 21,1 bilhão e os investimentos foram multiplicados para R$ 84,1 bilhão.
Antes do governo Lula, a Petrobrás contava em 2002 com um efetivo de 46 mil trabalhadores próprios, produzia 1 bilhão e 500 mil barris de petróleo por dia e tinha uma reserva provada de 11 bilhões de barris de óleo. Após o governo Lula, em 2012, a Petrobrás quase que dobrou o seu efetivo para 85 mil trabalhadores, passou a produzir 2 bilhões de barris de óleo por dia e aumentou a reserva provada para 15,7 bilhões de barris de petróleo.
Apesar da crise econômica internacional e da metralhadora giratória da mídia partidária da oposição, a Petrobrás descobriu uma nova fronteira petrolífera, passou a produzir no pré-sal e caminha a passos largos para se tornar uma das maiores gigantes de energia do planeta. Não aceitamos, portanto, que esse processo seja estancado por grupos políticos que no passado tentaram privatizar a empresa e hoje, fortalecidos por novos aliados, continuam com o mesmo propósito.
Se confirmados erros e irregularidades na gestão da Petrobrás, exigiremos que sejam devidamente apurados pelos órgãos de controle do Estado e pela Justiça. A FUP e seus sindicatos acompanharão de perto esse processo, cobrando transparência na investigação e responsabilização de qualquer desvio que possa ter ocorrido. No entanto, não permitiremos que sangrem a Petrobrás em um ringue de disputas políticas partidárias eleitorais, como querem os defensores da CPI. Reagiremos à altura contra qualquer retrocesso que possa ser imposto à maior empresa brasileira, alavanca do desenvolvimento do país.
DIREÇÃO COLEGIADA DA FUP
Rio de Janeiro, 25 de março de 2014
A Vale foi vendida por 3% do seu valor (gestão tucana), então um boa estimativas seria R$ 9 bilhões. Ou seja, dois alugueis de Viracopos (na gestão da Dilma).
Escândalo do nada.
A Petrobras adquiriu a refinaria de Passadena por um bilhão e duzentos milhões de dólares. Dentro deste valor uma um estoque de petróleo avaliado em trezentos e oitenta milhões de dólares. Por conseguinte o valor real pago foi de 820 milhões de dólares.
A refinaria de Passadena tem capacidade de refino de 120 mil barris de petróleo dia.
A refinaria Abreu e Lima, que está sendo construída em Pernambuco, tem capacidade de refino de 230 mil barris dia e custará perto de 20 bilhões de dólares.
A PERGUNTA CHAVE: será que a refinaria de Passadena aquirida por 820 milhões de dólares foi um mau negócio?