O terceiro cargo político mais importante do país é o de Governador de São Paulo.
Acima dele, só o Presidente da República e o Ministro da Fazenda.
Pois foi o terceiro mais importante personagem político que falou ontem, em Nova York, que é preciso por fim à histeria que toma conta da direita (e, no centro dela, a mídia) brasileira.
Alckmin sabe onde lhe apertam os calos.
A maior força econômica e populacional do país está a braços com uma retração econômica que, com o polvilho da crise hídrica, deixa São Paulo numa situação nada invejável.
Até porque é lá, mais do que de qualquer outro lugar, a concentração da indústria – parcela mais atingida da economia – e quase toda a finança, que vive de intermediar capital externo.
Alckmin – e também José Serra – não está tomado da histeria coxinha que acometeu Aécio Neves e a fase outonal de Fernando Henrique Cardoso – que parece uma criança querendo ser lembrada para as festas natalinas.
Sabe que vai se formar uma “rede coxinha” e uma força de extrema direita no Brasil, como se formou na Europa e como se consolidou o “Tea Party” nos EUA, embora bem mais caricata. a decidir se os Bolsonaro serão os seus Le Pen, pai e filha.
Sabe também que Aécio perdeu a sua base de poder estadual e é, hoje, o autoproclamado “general” de uma infantaria leve e barulhenta, mas que não dispõe de território, de blindados e de logística.
Vai , como disse o Mercadante, deixar que a derrota lhe suba à cabeça.
E esperar para ver o que acontece para 2018.
Se virá Lula, o que depende de sua disposição e de um quadro de dificuldades no Governo Dilma, ou se surgirá um novo nome para o PT, entre os quais é, sem dúvida, o de Jaques Wagner que desponta.
Alckmin sabe que foi derrotado em 2006 pelo estigma tucano, que o fez ter menos votos no segundo turno que no primeiro, onde perdeu para Lula com uma diferença menor do que, na primeira votação, Dilma conseguiu abrir para Aécio (sete pontos em 2006 contra oito, em 2014).
Neste momento espera, discretamente, a chuva cair do céu, enquanto Aécio surfa sua onda e brinca na praia de fazer castelos de areia.
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Aécio e FHC a continuar obedecendo a Globo, vai ajudá-la a vender alguma mídia com os seus factoides enquanto as carreiras (opa!) políticas deles vão pro vinagre. Essa turma, somada com Carlos Sampaio, Nunes, Álvaro Dias... Essa tropa trupe do PiG vai ficar fazendo guerrinha enquanto Alckmin virá comendo pelas beiradas e ser o candidato do PSDB para 2018.
O Risco Alckmin é imenso…
O discurso do “Governator” visa criar um sentimento no eleitorado que é o seguinte: “esse ai é tucano mas não é radical” “não vai acabar com os programas sociais” “ele é diferente”… Seu alvo é adentrar a Classe C do Norte-Nordeste e ampliar o domínio na Classe C do Centro-Sul. Por isso o governo deve trabalhar, com muita rapidez, para reconquistar parte da Classe C do Centro-Sul. Mais e melhores programas sociais, alívio nos impostos, melhores serviços. E politizar mais essas ações. Informar melhor a sociedade.
http://reino-de-clio.com.br/Pensando%20BR.html
Não concordo, mas pode ser que não tenha entendido, a frase: "a decidir se os Bolsonaro serão os seus Le Pen, pai e filha". Porque a filha de Le Pen, em consequência seu pai, estão solidários ao Presidente Vladimir Putin! São totalmente contra o que os EUA fizeram na Ucrânia e as ameaças e boicotes que fazem à Rússia.
Ademais os Le Pen defendem a França e suas tradições, são contrários a surrealista Eurozona nos termos atuais, não defendem a entrega e desmonte das instituições e jamais defenderam uma revolta armada para a tomada do poder.
Em síntese, nossa direita consegue ser infinitamente pior que a direita francesa e mesmo a yankee.
Bem lembrado: o Front National não defende revolta contra nenhuma instituição francesa. Jean-Marie e Marine Le Pen nunca questionaram a legitimidade das vitórias de Mitterrand, Chirac, Sarkozy e Hollande. Enfim, na França a extrema-direita joga o jogo democrático. Aqui, ela (por meio do Partido Só Dos Bolsonaro) flerta com o golpe "24h sur 24".
Fernando,
O segundo cargo mais importante da Republica - acima do Ministro da Fazenda - é o de presidente do Banco Central.
Abraço
Mas não é mesmo um chuchuzinho esse governador dos paulistas?
Nao entendi o o final do penultimo parágrafo em que diz: "Dilma conseguiu abrir para Aécio (sete pontos em 2006 contra oito, em 2014).
No primeiro turno de 2006 Lula ficou 7 pontos acima do Chuchu e neste primeiro turno Dilma ficou 8 pontos acima do Playboy
É inacreditável mas o governador de SP, tido como meio simplório, deu uma demonstração de inteligência política e se tornou o único elo possível da presidenta Dilma com o PSDB. No caso do tal "diálogo", com Aécio seria só para constar, o verdadeiro só é possível com uma pessoa mais racional como Alckmin.
Pelo visto, é o momento Debi& Lóide de Aécio e FHC. Lançamento de Natal, em cartaz na mídia corporativa nacional.
Na hora que li essa notícia do Alckmin percebi o quanto ele é profissional da política e o quanto o Aécio é um brincalhão que vive da fama da família e do controle da imprensa. Vi até eleitores de Dilma falando que respeitam a atitude de Alckmin.. olhem só que grande jogada de xadrez.
Enquanto isso Aécio grita: não viro para a direita, e se joga de cabeça na extrema direita.. vai entender..
Bom, ele está de olho em 2018 e, a julgar pelo post anterior, se as coisas continuarem assim, ele será nosso futuro presidente. Simples assim...
Meu Deus!, mas que precipitação! "Se as coisas continuarem assim..." Mas que coisas? "Ele será nosso presidente em 2018"! Se dependesse só de você Sra. Rita. Mas não depende. Estamos ainda muito distantes de 201 para nos aventurarmos em previsões. Cabe lembrar que a 15 dias das eleições, não se sabia quem venceria. Como pode dizer quem vencerá em 2018?
O Perillo(sócio do Cachoeira), segue na mesma direção do Chuchu. Aécio será destroçado por seus "companheiros". Ele, Aébrio, não será candidato à Presidente em 2018. Ao senado já lhe estará de bom tamanho.
Hehe! Ainda bem que ele não tem neurônio para entender. Afinal, anda armado. Deus não dá asas a cobra, hehe.