Passamos três ou quatro meses debaixo de uma campanha irresponsável e terrorista de que o Brasil iria enfrentar um “apagão” elétrico este ano.
“Especialistas” ficavam o tempo todo recomendando cortes no fornecimento e até um “racionômetro” andou sendo noticiado nos jornais.
É claro que a situação, depois da maior seca já registrada na região Sudeste não era o melhor dos mundos.
Mas o sistema jamais trabalhou abaixo dos índices de segurança.
Tudo isso era, além do uso político-eleitoral – afinal, o que melhor que um “apagão” para temperar o caldo terrorista do “O Brasil é um caos”? -, um esforço de lobbu para ganhar dinheiro e obrigar o governo a concessões cada vez maiores às geradoras e distribuidoras de energia, que vão todas muito bem, obrigado.
Não é preciso muito esforço para imaginar o que isso travou investimentos que demandassem energia que, afinal, os jornais diziam que não iria haver.
Só que o jogo virou na “banca” de apostas.
O preço da energia contratada no mercado “livre” – aquela não coberta por contratos de longo prazo entre geradoras, distribuidoras e grandes consumidores – que foi às alturas, despencou.
Na penúltima semana de maio era de R$ 822.
Um semana depois, R$ 575.
Esta semana, ficou entre 258 e 357 reais, com preços de até R$ 145 na Região Sul, onde os temporais produziram uma elevação de perto de 25% no armazenamento dos reservatórios.
E todo o “mercado” sabe que haverá uma nova queda na próxima semana.
Há exatamente um mês, os mesmos especialistas caíram de pau na Petrobras por ter vendido contratos de energia de suas usinas termoelétricas a R$ 262.
Subsídio! Irrealismo tarifário!
Cegaram a dizer que a nossa petroleira ia ter prejuízo anual de R$ 2,8 bilhões.
A Petrobras, quando começar a entrega desta energia, provavelmente terá é um lucro significativo, uma vez que o vendeu pelo preço de pico (R$ 262) registrado até o início do período de escassez.
Aconteceu o mesmo quando, com o dólar rondando os R$ 2,40 a empresa divulgou seu plano de investimentos estimando uma cotação de R$ 2,23. Chegaram a pedir explicações formais para a empresa, “tamanho absurdo”.
Esta situação é um pequeno exemplo de como a mídia e o mercado “bolsista” brasileiro olham nossa economia com “alma de quitandeiro”.
Tudo é a ânsia lobby por lucros estratosféricos e imediatos.
É como se questões como eletriciade e combustíveis pudessem ser tratadas como o tomate é na feira.
Aliás, só na feira, porque o ilustre leitor e a esperta leitora devem ter percebido como, mesmo na alta generalizada da fruta vermelha, o preço de sua versão processada industrialmente permaneceu quase estável, vairando entre R$ 1 e 1,50 o sachê de polpa ou molho, cuja materia prima foi adquirida em contratos de preço firme e entrega certa.
A situação total de armazenamento hídrico – um conceito que, cada vez mais vai se aproximando da disponibiulidade total, porque a interligação entre as regiões avança fortmente – no país vai encostando em 44%, o que é um valor quase 6% maior do que o do final de março.
A diferença entre o que ocorre no sistema elétrico e o que acontece com o minguante Sistema cantareira não tem mistério: é interligação dos sistemas, multiplicidade de fontes e manejo adequado das disponibilidades.
Em resumo: planejamento, ação e gestão.
Tudo o que não houve em São Paulo.
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OS turistas da copa,até já pensam em trabalhar e morar no BRASIL,tal é o encantamento,aqui os coxinhas malditos,só denigrem o PAÍS,são os ANTI PATRIOTAS,já vão tarde do BRASIL,e não voltem mais.R
Tenho assistido à programação da copa nos canais ESPN e Fox esportes. Quanta diferença. As matérias possuem um astral para cima, seja dos jornalistas, dos estrangeiros entrevistados, dos jogadores e técnicos das diversas seleções, a exemplo do congraçamento entre estas (como a da Alemanha com os índios da região sul da Bahia, dos holandeses com jornalistas brasileiros etc). Uma campanha que já começa a ser difundida nas redes sociais e diversos blogs: #NÃOVAITERCOPANAGLOBO.
Permita-me, Fernando Brito, com toda vênia!!!
Capitalistas GOLPISTAS; com cabeça de QUITANDEIRO; e, alma de ENTREGUISTA!
Mas não ia haver um caos nos aeroportos, filas de espera, bagagens sumidas, turistas perdidos, atrasos nos voos, falta de sinalização, etc, etc, etc? Esse PIG é uma piada! Uma outra pergunta de leigo Fernando Brito, é sério, pois sou Professor de Educação Física: A concessão para os meios de comunicação eletromagnética (via ar), Globo e demais, transmitirem suas inverdades, é de graça ou é paga? Pois se for de graça, vamos ao raciocínio: O governo federal concede de graça e ainda paga pra ter sua propaganda no ar via meios de comunicação, e ainda difamada todo dia, é isso?
Para quem divulgou desde o início do ano que haveria apagão, ou seja, Miriam Leitoa, digo Leitão, a PALAVRA.
Tem que construir mais 2 hidrelétricas para o preço cair mais.
Só existe uma razão para a direita querer eleger essa coisa chamada Aécio: destruir tudo o que o PT construiu, sobretudo porque boa parte do que o PT fez se destina ao povo.
A culpa é do controle remoto...
Faz dez anos que a Miriam Apagão vem prevendo, entre outras, a catástrofe da falta de energia. Quando chega nesta época de equilíbrio dos reservatório ela se cala que nem guri cagado. É, além de incompetente, covarde. Por essas é chamada de Urubóloga. Mas creio que o Miriam APAGÃO lhe cai bem depois de todos estes anos de previsões que são o próprio apagão.
A parcialidade é tanta que o instituto de pesquisas do grupo FSP, não podendo esconder o racionamento d'água em São Paulo, resolveu fazer uma pesquisa sobre a falta do precioso líquido em todo o Brasil.
Edson,
como expandir a pesquisa para o Nordeste pode não dar muito favorável, em função do "Programa Água para Todos" (construção de milhares de cisternas) e a "Transposição do São Francisco", a melhor alternativa seria os tucanos do PSDB voarem mais além, e entrevistar os camelos sedentos lá pelo DESERTO do SAARA!!!