Privatização é o “eclipse” de Temer para a crise política

No “timing” político que passaram a ter as ações do Ministério Público, Janot disparou no final de semana a penúltima flecha de seu bambuzal : as denúncias contra a trinca Renan-Jucá-Sarney  baseadas nas gravações de Sérgio Machado.

Temer, pelos fatos descritos na denúncia terem ocorrido antes de sua ascensão golpista à Presidência, não pode entrar na roda, embora Janot deixe claro que, não fosse isso, estaria.

Janot luta para não submergir na mídia, onde a situação de Temer, com  o “feirão da privatização” melhorou, embora o resultado disso na sua avaliação política entre a população não tenha nenhuma melhora, a esta altura virtualmente impossível.

Parte disso vem do refluxo que obteve no ataque da Globo, com aquelas razões mas, comenta-se, também com métodos mais próximos da natureza sórdida de sua política que, se comenta já sem muita reserva nos meios políticos, atingiria o grau de chantagem financeira.

As conversas, registradas aqui e ali nos jornais, entre Moreira Franco e João Roberto, foram, ao que se diz diretamente aos escalões do jornalismo da emissora e o áudio de uma suposta demissão do jornalista Luiz Nascimento, com uma gravação falsa acusando a Globo de um impensável acordo com Lula – ao qual desavergonhadamente o próprio Temer deu repercussão

A outra parte do “refresco” de Temer vem da liquidação de estatais e concessões  com que ele inundou a mídia na última semana. Embora o “mercado” saiba que o precário ocupante do Planalto não tenha condições de entregar nem um terço  do encarte de supermercado que divulgou  – inclusive com estatais francamente já lucrativas -, a promessa é enorme e o desastre grande e, em parte, irreversível.

A “agenda de reformas”, inviabilizada pelo enfraquecimento da base parlamentar só existe  ainda na imaginação dos jornalistas da “cartilha neoliberal”. Temer, espertamente, a substituiu pela venda de garagem, no “saldão” do Estado brasileiro.

Temer manobra para fazer com as privatizações – ou promessas de – um eclipse parcial de sua crise política, enquanto faz malabarismos com as  pretensões presidenciais de Meirelles, Dória e quem mais vier, desvia as atenções.

É nessa floresta que Janot vai disparar sua flecha, já agora rombuda, a menos que apareçam papéis, recibos, evidências tão flagrantes que nem a hipocrisia de parlamentares ávidos pelo único dinheiro “certo” para a campanha – o das emendas e os dos negócios obtidos com cargos no Governo.

Haja Funaro.

Fernando Brito:

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  • Moro transgride as leis e fica incólume.
    O STD transgride as lei e fica incólume.
    Delagnol transgride as lei e fica incólume.
    A maior parte do Congresso transgride a lei e fica incólume.
    Temer transgride a lei e fica incólume.
    Em suma, todos eles ficam incólume após transgredirem as leis.
    Seguros disso, esfacelam a Nação Brasileira e todas as suas instituições.
    E a tudo assistimos, passivamente.
    E somos os únicos que não sairão incólumes desse processo destrutivo. Ao contrário, pagaremos caríssimo. E muito mais caro pagarão as gerações vindouras.
    Tudo isso porque estamos em plena via de deixar de ser um povo para nos tornarmos um amontoado.

  • Fatos sobre a Venezuela que Fernando Brito nunca falará aqui:

    1. Sobre a distribuição de fuzis aos bolivarianos;

    2. Sobre a semelhança entre a "constituinte" de Maduro e a "constituinte exclusiva" que Dilma prometeu quando foi eleita em 2004;

    3. Sobre a semelhança entre a repressão madurista e a repressão militar que houve aqui;

    4. Sobre o fato que Maduro é ditador;

    5. Sobre o fato de que o PT quer um projeto de poder como o que Maduro tem na Venezuela.

  • o mais triste é que tais privatarias, assim como as demais , são por base em decretos que ninguém mais na face da terra pode desfazer. Dizem que no dia que Lula descobriu isso , logo após sua posse, ele chorou tanto que quase inunda Brasília e n ficou sabendo de nada pelo fato de do mesmo dia ter havido um temporal

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