Ouvi e li muito ontem à noite e hoje cedo sobre as “incertezas” do mundo diante a crise deflagrada pelo assassinato do “número 2” do Irã, Qassem Soleimani.
Francamente, não vejo “incerteza” alguma.
Não há a menor dúvida de que haverá uma retaliação iraniana, não há dúvida que será logo, não há dúvidas de que será forte, embora, possivelmente, tendo em consideração a inesperada simpatia mundial que se despertou pelo Irã, em razão da escandalosa quebra do Direito Internacional levada a cabo pelos Estados Unidos.
Tanto que o que se lê no “The New York Times” são referência ao assassinato do iraniano, embora aqui escreva-se. simplesmente, mortes.
O Brasil, ao apoiar a ação norte-americana, seguiu sua nova tradição de alinhamento automático e renúncia antecipada à moderação.
Forma e data da retaliação iraniana importam pouco e o que vai ocorrer é uma “surpresa anunciada”. Na condição de incerteza, apenas, o grau de reação norte-americana à reação dos iranianos que, na temporada pré-eleitoral, tradicionalmente perde freios.
Para nós, as consequências já chegaram.
Durou três dias a euforia do “agora a coisa vai” econômico.
Os jornais, com a ajuda luxuosa do próprio Presidente da República, são unânimes em prever reajustes em breve os preços dos combustíveis. Claro que isso vai para as contas da indústria e dos serviços, o mais tardar na segunda-feira. Quando o cenário sombrio transformar-se em realidade, vai de novo.
Quem assistiu a Globonews, ontem, percebeu que “importamos” uma guerra distante para o cenário interno antes que ela chegasse aqui.
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Também não vejo incerteza. Aliás, bons tempos aqueles em que se falava das "incertezas afetando a economia". Agora tudo está escancarado. E o Trump, apesar de ser o troglodita fascistóide que é, nada fez além daquilo que todos os demais presidentes americanos (democratas ou republicanos) sempre fizeram. Aproveita as ameaças de terrorismo que os EUA ajudaram a implantar nos países estratégicos, como o Iraque, e usa para fazer valer seus interesses: venda de armamento, garantia de seguir com o roubo do petróleo local e uso marqueteiro das "ameaças externas" para apavorar o eleitorado jeca que pode lhe dar a reeleição. O que há de novo?
depois de abocanharem o que querem e destruir tudo, deixam um marionete no governo e entram com sua indústria de "reconstrução"
Fora os q querem passar 3 anos nas forças armadas p bancar a faculdade
E tem mais, o barril do petróleo vai subir. O posto Ipiranga do Paulo Guedes vai sifu.
O que há de novo? O Irã. Os persas não são comparáveis aos árabes circunvizinhos, nem em importância geopolítica e econômica, nem em sua postura. São orgulhosos, insubmissos, não cansam de lembrar a qualquer ocidental que já foram um Império e não costumam engolir desaforos de ninguém. E, ao contrário dos boquirrotos que vendiam mais imagem do que poder, como Hussein, Kadhafi e Al Assad, costumam deter mais poder do que mostram e são mais silenciosos e eficientes em suas ações. Vêm desafiando a comunidade mundial há mais de uma década, na questão nuclear, e agora não terão mais freios neste tema. Não são uma autocracia familiar imposta a ferro e fogo à sua população, como os sunitas da casa de Saud, mas uma teocracia que tem grande apoio interno. E, sempre lembrando, tem a seu lado uma ligação comercial e cultural muito antiga com a segunda e terceira maiores potências bélicas do planeta, de quem têm auxílio material e humano no preparo militar, além da posição estratégica que ocupam entre o Oriente Médio e a Eurásia, assim como em relação ao Golfo Pérsico. Eis o que há de novo. Se a situação é similar a outras, um dos protagonistas não é. Bush e Obama souberam vê-lo muito bem, aliás, e tiveram a prudência de não chamar brigas. Mas a sensatez política anda em falta em Washington nestes últimos tempos...
Não caia nessa Brito, o Irã não tem a mínima condição de contra-atacar os eua. Esta propaganda de "vingança" nas manchetes da cnn e globo, tinha que ser alí, são justificativas e atenuantes para o ato do trump. É tudo propaganda difundida por eles mesmos. É como se na fábula os cordeiros prometessem vingar do leão.
O Iraque foi totalmente destruído sem razão nenhuma e o que foi que aconteceu? Está lá até hoje, e mandando em um punhado de "dirigentes" locais fiéis. Sempre há os araújos por aí.
Não compare o Iraque com o Irã. O Irã tem um poderio bélico, população e soldados muito maior que o Iraque. Um bombardeio aéreo no Irã não tiraria os aiatolás do poder. Poderiam arrasar cidades, mas os EUA não teriam condições de invadir o país com tropas, muito pela geografia do país. Sem essa de "facilidade" para os EUA. E eles sabem disso.
globo difundindo propaganda iraniana ?. eu quero é morte aos eua e a globo.
fascista. o IRÃ NUCA SERÁ FASCISTA . ACORDA MILITANTE DO BOZO.
Leia direito, a globo faz o que os eua querem.
ja deu tempo pra vc ler sobre as retaliacoes ne? ta so começando, se informe sobre o Iran
Depende do que você chama de contra-atacar. O Irã não tem condição de atacar o território americano e nem interesse em uma guerra total no Oriente Médio. mas eles tem total condição de explodir refinarias, poços de petróleo, instalações militares americanas menores no Iraque e na Síria. Mais provavelmente através de seus aliados e não diretamente .
A propria expulsão dos EUA do Iraque que está sendo discutida no parlamento pode vir a ser vingança suficiente.
Embora haja uma tendência de propagandear pseudo-ameaças para "justificar" agressões reais do imperialismo, discordo da primeira frase. O Irã é geopoliticamente importante na esfera mundial, está longe de ser o despreparado e desguarnecido Iraque, tem tecnologia (russa e autóctone) e treinamento militar para estabelecer defesas de altíssimo custo humano e tecnológico a qualquer ataque de forças regulares (basta pensar no estrago que as Pantan S-300 podem causar a qualquer aviação de caça, e a sociedade estadunidense não tolera caixões com bandeiras em cima por nenhuma razão claramente politico-eleitoreira) e, acima de tudo, não precisam tentar atos impossíveis às suas forças para causar dor naquilo que mais dói aos norte-americanos: o bolso. Atacar alvos territoriais dos EUA para quê, se podem tranquilamente usar os mísseis que têm para transformar o Estreito de Ormuz na antessala do inferno e jogar à estratosfera os preços do petróleo no mundo? Quanto tempo uma economia altamente vinculada a esta commodity como é a estadunidense aguentará antes de quebrar? Não há chances de expansão mundial de conflito armado, mas o de escalada de uma catástrofe financeira, há sim. Os gringos arriscam muita coisa, mas não podem arriscar o dólar. E para qualquer esboço de insensatez prepotente envolvendo o uso de tecnologia nuclear para simplificar resultados, a Rússia e a China já apontaram o rumo das coisas. Duvido que Putin e Jinping concordem com a aniquilação física e política de um e seus maiores e mais antigos aliados, deixando forças hostis estabelecerem-se à vista de suas fronteiras, e duvido que os EUA estejam dispostos a trocar mísseis contra quem dispõe de capacidade igual. Eles são muita coisa, mas idiotas nunca foram, diversamente a seu atual líder.
Tem toda razão, Irã sozinho não tem força para contrapor aos EUA, e ao que me parece, China e Rússia não irão embarcar numa guerra nesse momento.... Só propaganda mesmo para enganar os pobres iranianos
Esse imbecil poderá atrair a ira dos fundamentalistas islâmicos. Falo de fundamentalismo, pois o Islã não é essa religião belicista que os americanos tentam vender ao mundo, como se todo o seguidor do Islamismo fosse assassino ou homem bomba. Só quem estuda as religiões sabe disso. O povo árabe ou o curdo não querem guerra, mas viver em paz. Infelizmente, para eles, é que estão sentados sobre bilhões de barris de petróleo - assim como a Nigéria, Brasil e Venezuela - e o governo americano se acha dono dessas reservas.
Sr.FERNANDO BRITO.Não estamos em idade,de nos iludirmos.Vai continuar,como está,ha mais de dois séculos.Os RICOS,fazendo o que bem entendem,e os POBRES,na quase totalidade,tentanto transformarem-se,em NOVOS RICOS.O resto, é romance.Somente o FUSIL,ensina alguma coisa.Ao longo da historia,provou a sua eficácia.No máximo,o que A CULTURA DE HEGEMONIA DE UMA CLASSE,SOBRE AS OUTRAS,ensinou,foi que resta aos que não concordam,O VELHO FUSIL DE GUERRA.Pra ter-se uma ideia,A CLASSE DOMINANDE,a minoria,ESCREVE FUSIL,COM A LETRA Z.E os parvos,creem.E são os PARVOS,a maioria,que creem,nessa ABASTRÇÃO CHAMADA "DEMOCRACIA".
As vezes melhor chamar de rifle. Parece ao mais civil e menos militar
Infelizmente, nunca mais teremos 1917
Fuzil com z, arma de guerra, Fusil com s, que pode ser fundir. Olha nos dicionários meu caro.
Provavelmente a vingança iraniana não será contra o território americano. Isto seria bastante complicado. Mas acredito que aviões transportando cidadãos americanos poderão ser abatidos em diferentes áreas do planeta, menos nos Estados Unidos. Neste ponto o Irã vai ferir a América com a mesma moeda e vai fazer os americanos pensarem duas vezes antes de embarcarem em aviões em qualquer parte do mundo.
O Brasil é um local muito apropriado para atacar cidadãos americanos. Não temos segurança em aeroportos, nem nas ruas, nem em casa. Qualquer comando iraniano planeja e executa facilmente um atentado em aviões que partem do Brasil levando americanos. Isto pode doer muito nos americanos. Mais que um confronto militar.
"Nada de Novo no Front."
Um belo romance que li em minha juventude,
Bozo já escolheu o seu lugar na guerra: vai prestar serviço no barril.
Ciro Gomes manifestou-se da forma que um governo soberano se manifestaria. Nada podemos esperar dos vassalos bolsonaristas. O vídeo está no Youtube:
https://youtu.be/zhe1zNxeGk8
Trump fez a mesma coisa que Bush. Governo e popularidade vão mal, arrume uma guerra para unir os estadunidenses e conseguir a reeleição. Porém o Irã e muito mais forte que o Iraque. Será a reedição da Baía dos Porcos? Guerra de guerrilhas? Não sei. Porém, o Irã não pode levar a guerra para o seu território.
Trump faz questão de uma reação forte do Irã. Foi para isso que ele cometeu o assassinato. Mas o objetivo é outro. Tem a ver com o dia "D" de 31/01/20, quando o governo americano possivelmente tenha de declarar a falência financeira. Com um conflito de grandes proporções Trump poderá excepcionalmente editar algum decreto de "estado de exceção" ou o nome que queira dar, para, rogar à si o poder (sem necessidade de aprovação do Congresso) de prorrogar pagamentos e rolar a impagável e insustentável dívida interna e externa, além de, no "canetaço", aumentar o teto dessa dívida, que via Congresso, dessa vez não passará/passaria. Não se surpreendam se no meio desse imbróglio o FED fabricar mais uns 500 bilhões de dólares e esparramar mundo afora, criando uma liquidez forçada e artificial. Inclusive derrubando o valor do dólar, que serve também aos interesses de Trump.