Soube agora há pouco com atraso da morte de João Otávio Brizola, último filho que restava vivo de Leonel Brizola, sábado à noite, em São Paulo.
Com atraso porque até na morte João foi pessoa discreta, de pouco falar. Poucos souberam de seu câncer, fatal.
Conheci-o na campanha para o governo do Estadoem 1982, quando sofreu uma agressão de um policial e reagiu sem medo.
Claro que a imprensa, na época, transformou o agressor em agredido.
No primeiro governo do pai, trabalhou na coordenação das obras do Sambódromo e dos Cieps, com muita energia.
João teve uma infância sofrida, não apenas com o exílio, mas com inúmeras cirurgias para corrigir problemas de crescimento e, talvez por isso, jamais se descuidou do lado físico.
Foi a ele que, no final da vida, Brizola deu a função de liquidar os negócios de família no Uruguai e com ele fez a última viagem, sob o frio e a chuva do inverno de 2004, na qual seu pai adoeceu e, debilitado, viu se manifestarem os problemas cardíacos que o matariam.
Só ano passado, muito depois da morte do pai, João Otávio animou-se a contar as luzes e sombras da vida familiar, sacrificada tantas vezes em nome da política e, sobretudo, sempre contaminada pelo ódio que nutria-se ao sobrenome Brizola.
Em “Minha Vida Com Meu Pai, Leonel Brizola” menos que uma queixa, o registro de quanto tudo isso roubou aos filhos o convívio paterno. Fui testemunha de um destes momentos quando, depois da derrota eleitoral de 1989, num café onde estavam ele e D. Neusa, pediram a ele que, a partir daí, tivesse mais tempo com a família.
Como se sabe, nunca teve.
Meu abraço final ao João, que sempre me dedicou grande consideração e respeito, como a ele dedico agora.
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Em nome da Democracia, se é que ainda existe, elevo ao céu meus sentimentos aos Brizola, Pai e filhos, Família. Deus os tenha. Dário Longati.
Descanse em paz o filho de um grande guerreiro.
Todos os filhos do Brizola morreram novos, ao contrário dos pais que foram longevos
Ao menos os pais não enterraram seus filhos
Brito,favor corrigir a data da última viagem de Brizola,no texto está 1984,na verdade foi 2004.
Abc
Paulo Ribeiro
Ao António Carlos Mesquita do Amaral- babaca. Santa Maria não merece um coxinha burro, babaovo da Globo. O Maneco ei Maria Rocha já produziram coisas melhores do que esse pato da Fiesp
Não perde tempo com pessoas ignorantes, cuja formação de suas opiniões vem da globo. Infelizmente, o ódio acordou no país. Bastou um golpe e espaço pra canalhas iguais a Aécio, Bolsonaro e tantos outros, que imbecis da classe media frustrada se manifestem.
Quase nada conheço de João Otávio Brizola, mas trago comigo o orgulho de, em 1989 e daqui do meu Ceara, aos 17 anos de idade, votar pela primeira vez na vida no Grande Leonel Brizola para Presidente. Que você possa dar um forte abraço naquele que considero o maior político brasileiro.
Nao o conheci o pai, eu de família humilde, só agora tenho acesso a livros, por isso tudo que sei sobre essa família tenho lido nos sites, tenho gostado dos poucos texto que leu sobre Leonel Brizola, tem algum livro que possa me indicar?
Brizola está na História como outros que foram perseguidos e mal compreendidos como ele. Ainda hoje há analfabetos políticos que dizem asneiras contra ele, como aqui mesmo nesse espaço. Tivesse o Brasil alguns Brizolas hoje e não teríamos chegado a esse caos e descrédito. Que seu filho tenha o descanso merecido.
O que nos resta é lamentar...descanse em paz!
Deve ser muito frustrante não ter argumentos e postar tantas merdas aqui. Coxinha não tem simancol ou gosta mesmo de pagar mico? Se suas orelhas crescessem, a cada bobagem que dizem, eles se igualariam ao Dumbo e já estariam voando. Poderíamos chamá-los de JUMBO. Uma mistura de jegue com dumbo.