Exclusivo: João Roberto Marinho divide endereço com agropecuária da mansão. Fim de papo.

 

Acabou o mistério da mansão em Parati.

Ela pertencia de fato ao casal Paula Marinho e Alexandre Chiapetta de Azevedo, que se separou em outubro do ano passado, conforme está registrado no Diário Oficial do Judiciário fluminense de 8 de outubro do ano passado. Tenho a imagem e não a publico por respeito pessoal, embora esteja na internet.

O despacho, como todos os casos de Direito de Família, deveria omitir nomes, mas  como aconteceu com aquela  decisão do Dr. Moro, saiu com as iniciais em cima e, no conteúdo, os nomes completos de ambos, inclusive o fato de que Paula deixa de se assinar Azevedo e volta a ser apenas Marinho.

Não haveria o menor interesse nisso, se todos os envolvidos no caso da mansão em Parati não se encontrassem no mesmo apartamento 601, do Edificio Quaruna, na Rua Bulhões de Carvalho, 296, entre Copacabana e Ipanema.

É lá que funcionam – ou funcionavam – a Agropecuária Veine Patrimonial Ltda, a “representação” da Vaincre LLC, Alexandre Chiappetta de Azevedo, Paula Marinho e seu pai, o próprio João Roberto Marinho, que “notificou” este blog dizendo que “a casa em questão e as empresas citadas na matéria não pertencem, direta ou indiretamente, ao notificante ou a qualquer um dos demais integrantes da família Marinho.”

A seguir, as provas indiscutíveis, bastando clicar nas imagens para vê-las ampliadas.

A Agropecuária Veine Patrimonial, CNPJ 06.150.786/0001-00, registrou a Rua Bulhões de Carvalho, 296/601 como seu endereço no Ministério da Fazenda. É a dona, no papel, da casa irregular. É controlada pela Vaincre LLC, registrada no paraíso fiscal do estado de Nevada (Las Vegas), nos EUA.

A Vaincre LLC, uma empresa de fachada, controla também outra empresa no mesmo endereço, a Shiraz Participações, CNPJ 11.677.435/0001-91, onde consta como administrador Marco Aurélio de Azevedo, pai e procurador de Alexandre Chiappetta de Azevedo  e da Central de Campos Participações na Glem Participações, que assumiu o controle de um bem público, como revelou o Viomundo: o Estadio de Remo da Lagoa, ação na qual assina o casal Paula-Alexandre.

A Central de Campos, CNPJ 05.092.801/0001-48, por sua vez, é controlada por Marco Aurélio, também partilha o mesmo endereço da Bulhões de Carvalho, 296 e tem no seu contrato social a participação da Plus Holding, outra empresa panamenha montada pela Mossack Fonseca, como mostrou, dias atrás, o blog Os amigos do Presidente Lula, com certidão.

Alexandre Chiappetta era gerente da Lagoon – empresa formada pela Glem e pela Central de campos administrava o Estádio de Remo, CNPJ 13.690.812/0001-58  -, que tinha entre seus funcionários Rita de Cassia de Oliveira Wirth, registrada na Receita Federal como administradora do Consórcio Veine-Santa Amélia, CNPJ 12.788.769/0001, que administrava, até o final do ano passado o helicóptero Agusta 109, matrícula PT-SDA, como se publicou aqui.

E agora, a cereja do bolo: é na Rua Bulhões de Carvalho, 296, apartamento 601 que funciona a FN5 Participações Ltda, um empresa com capital social registrado de R$ 33,5 milhões de reais e uma sociedade entre João Roberto Marinho e sua filha Paula, até outubro passado mulher de Alexandre Chiapetta.

O mesmo João Roberto Marinho que me notificou alegando que os textos publicados aqui “além de conter (sic) inverdades sobre a propriedade da mencionada casa em Paraty e das empresas citadas, traz (sic) insinuações infundadas, constituindo, portanto, ofensa ao notificante e aos demais integrantes da família Marinho”.

Será possível que ele desconheça o que se passe no endereço de uma empresa sua e de R$ 33,5 milhões de capital registrado?

Deixo ao leitor que julgue quem aqui falta à verdade.

Veja os documentos:

Veine
Shiraz
Shiraz - Sócios
Lagoon
Central de campos
Central de Campos - Sócios
Lagoon - Sócios
FN5
FN5 Sócios
Consórcio Helicóptero Sócios e Administradora

 

Fernando Brito:

View Comments (147)

  • Uau! Sensacional Fernando! Caíram às máscaras. Puro jornalismo investigativo na veia! Parabéns! E agora? A "grande mídia" dará cobertura ao caso? Ou enfiará a cabeça na areia como de costume? Aguardemos!

      • Pode ser que o endereço do buteco seja na Julio de Castilhos então... Por que a placa da esquina mostra 296 como sendo o último número do quarteirão.

        De qq forma, falar que o próprio João Roberto é sócio me parece exagero: quem é sócio mesmo (e dono da mansão) é a filha dele.

          • É que o documento mostra apenas o endereço da FN5 e não o nome dos sócios (que aparecem no link acima). Pra quem lê apenas a página fica faltando uma imagem com o nome do candango.

            Poderia-se argumentar que todas as empresas foram abertas pelo mesmo contador/advogado, mas de donos diferentes... Já um processo trabalhista...

          • foi um erro que já corrigi, colocando no corpo do post, para não bagunçar a galeria de imagens, desculpe.

          • Olá Fernando,
            Mal pergunte, como a praia é pública, se algum movimento do tipo Greenpeace (é óbvio que é uma ironia, este não protesta contra acidentes da BP, nem Luciano Huck e muito menos Marinhos, só contra a Petrobras, nas areias de Copacabana) ou movimentos mais sérios, como do Boulos ou Stédile resolvessem acampar, seria crime? E entrar na casa, também? Para dirimir dúvidas... adoraria ver quem pediria reintegração de posse!

  • Agora é caixa. O dotô marinho esqueceu como se faz jornalismo, por isso pensou que seria imune a uma investigação independente de verdade

    • O "dotô" roberto marinho nunca foi jornalista. Os filhos, então, nem se fala. Sempre foram herdeiros sem nomes próprios. Esqueceram que não se brinca com verdadeiros jornalistas. Principalmente eles que têm o rabo preso. Tem um coxinha ai abanando o rabinho para os marinhos dizendo que um pinscher não amedronta um rottweiler. Esqueceu de Davi e Golias.

  • Esta zorra toda, patrocinado por este conluio global não é uma concessão publica? Onde está o governo eleito pelo povo em nome do e para o povo que não toma as providencias, como a cassação sumaria, em nome da utilidade publica e dos interesses maior do BRASIL?Desde que a record a anos passou a denunciar estes cabras, eu por princípios fui deixando de ver ou ouvir. Por mim ja tem audiência zero..

    • Mas é exatamente por essa, a possibilidade de investigação profunda e cassação da concessão, e por outras que a Globo é a agulha de alinhavo de toda essa perseguição travestida de legalismo.

  • Esses Marinhos são todos pilantras e achacadores

  • Parabéns, Brito! Xeque-mate nos cínicos! Será que a PF(SDB) e o MPF(SDB vão deixar por isso mesmo?? Ou "não vem ao caso"...

  • Senhor Britto.Quando um desses MERDAS que somente são levados em conta,pelos seus JORNALISTAS PUXA SACOS E SEM VERGONHA NA CARA,que se submetem,alegando necessidades profissionais e de sobrevivência,e que na realidade,todos eles são cúmplices das bandidagens deles ,lhe mandar QUALQUER AMEAÇA,mandem-lhes para onde saíram.Das roubalheiras da família,apoiados pela direita ,para aquele lugar,onde um ser humano normal,tem que tapar o nariz.Que NOTIFIQUEM as suas mãezinhas.

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