Quem é Rogério Chequer, a celebridade do “Vem pra Rua” no Roda Viva

Assisti a “entrevista” do “líder” do Vem pra Rua” no Roda Viva, aliás um festival de “levantadas de bola” para a nova celebridade.

Para dizer, entre outras pérolas que foi Lula que inventou esta história de “pobres contra ricos” e “empregados contra patrões” no Brasil, o que daria para ganhar um troféu de ignorância histórica e cara de pau política. O vídeo está na internet.

Como eu sou um cara curioso, fui descobrir coisas que seus intrépidos entrevistadores da TV Cultura e das páginas amarelas da Veja não cuidaram de saber. Aliás, como não cuidaram quando, em 2013, apresentaram um dublê da Globo como líder dos coxinhas.

Por exemplo, que Chequer vivia, até poucos anos atrás, nos Estados Unidos. E desde 2004, pelo menos, porque é o endereço de 101 Summer Street, Stamford, Connecticut que dá à Junta Comercial de São Paulo na abertura da empresa Frida Participações, em 2004.

E que lá era sócio de uma empresa chamada “Atlas Capital Manegement“, até 2011, junto com David Chon e Harry Kretsky, que geria fundos de investimento. Um deles, o Discover Atlas Fund com US$ 115 milhões em ativos, segundo o site Institutional Investitor.

Não se sabe porque cargas d’água Rogério deixou o empreendimento, mas há um processo aberto contra ele e os sócios pelo  fundo de hegde Discovery Capital Management na Corte Distrital do estado americano de Connecticut, aberto em 2012. Kretsky e Chequer, segundo a reportagem do Investitor trabalharam lá e é bem coincidente o nome do principal fundo que geriam (Discover x Discovery).

O mesmo ano em que foi admitido na empresa por onde hoje se apresenta, a Soap Comunicações, especializada apresentações de negócios.

De qualquer forma, seja por ter tido problemas nos negócios financeiros nos EUA, seja por ter sido acometido por uma terrível saudade do Brasil (não é?), Chequer voltou não faz muito tempo para cá e já lhe dão a janelinha.

Ele, como qualquer pessoa, tem o direito de se manifestar. Mas quando o tornam uma figura pública, uma “referência nacional”, o que ele faz, fez e qual é a sua trajetória passa a interessar e é dever dos jornalistas informar, salvo se não tiverem interesse em saber de onde vem o personagem que promovem nacionalmente.

Como é direito da gente perguntar: será o Vem para a Rua traduzível como Go to Street?

Fernando Brito:

View Comments (38)

  • Coxinha muito burro mal informado pensameno flatulente enfim e' um jegue.

  • Aparecido sem nenhuma consistencia, o historico (...) do fulano e pessimo, isso que se saiba, fora o que nao sabemos, seria interessante levantar uma pesquisa sobre o moco atrevido, verifiquem pois o irresponsavel esta gostando de aparecer, volta ao Brasil frustado apoz decepcoes por incapacidade atirando pra todos os lados, falando tolices! Rogerio Chequer nao se esquecam oportunista usado pela midia canalha!

  • Caro Fernando

    Este grupo reaça, o "vem para a rua" também não é financiado pelos malignos irmãos Koch, como é aquele outro (daqueles adolescentes marionetes, manipulados pelos Koch)?

  • Para entender um pouco como funciona, colo abaixo uma crônica ficcional, de um tal Fautus Sapienza:

    A jornalista, o roqueiro e o advogado
    Por Faustus 'Mestre' Sapienza

    A Jornalista
    Passeio no shopping, sábado à tarde.Encontro a Priscila. Moça bacana tava ali. O bobão do meu filho deixou escapar. Ela não se dava bem com minha mulher. Mas e daí? Tinha que se dar bem é com o garoto, oras!
    -E aí? Quanto tempo!
    -Eu vou bem. E o senhor? E o Marquinho?
    -Senhor tá no céu! Ih, aquele ali, só batendo cabeça, pra variar um pouco. E você?
    -Bem, não sei se o senhor... se você se recorda, mas eu tava na faculdade de jornalismo. Me formei e estou participando de um treinamento num grande órgão de comunicação aqui de São Paulo, com chance de efetivação.
    -Que beleza! Parabéns!
    -Obrigada, seu Marco! Mas vou te falar, é jogo duro. Inventaram uma gincana.
    -Gincana?
    -Eles dão outro nome, mas eu chamo de gincana. Tamo brincando de“jornalista investigativo”. Nossa tarefa é descobrir alguma coisa contra o Lula ou algum familiar dele. Não precisa ser muito sério ou muito grave, não. Tem que ser algo só pra render umas matérias. Não importa os métodos que a gente usa. Só não pode ser esses boatos bestas de internet. Tô quase desistindo.
    -Desiste não, querida. Até porque não deve ser muito difícil encontrar alguma falcatrua daquele bandido e daquela quadrilha que ele chama de família...
    -Ah, seu Marco.
    -Para com isso. Me chama só de Marco ou Marcão.
    -Então, Marco, se houvesse alguma coisa contra Lula estaria todo mundo publicando, martelando 24 horas por dia. E os figurões é que estariam assinando as matérias. Não iam ficar pedindo pras foquinhas bobocas como nós.
    -Olha... Nunca tinha pensado nisso...
    -Vou nessa, seu... Desculpa, Marco. Beijão pro Marquinho!
    -Dou sim. Não vai mandar pra Matilde, não? Brincadeira!

    O Roqueiro
    Vocês não vão acreditar. Mal me despeço da Pri e sabe quem eu encontro? O Lupinão! Como assim, que Lupinão? Roqueirão dos maravilhosos anos 80. Não lembra do velho sucesso“Me estupra”? Eu canto um trecho pra você. Mas a que eu mais gostava mesmo era de “Triste não rima com alpiste”: não é muito conhecida, mas tem uma letra linda. É que vocês são novinhos... Não vão lembrar do Lupinão. Mas ele se lembrou de mim. Me viu e me chamou:
    -Marcão!
    -Sim.
    -Não tá lembrado de mim, cacete!
    -Desculpa, mas...
    -E sem os óculos?
    -Lupinão?
    -Falaí, meu! Que prazer!
    -Fazendo o que, cara?
    -Fazendo uns showzinhos, fraquinhos. Gravar disco não rola mais, você sabe.
    -A moça ali acho que te reconheceu, hein? Ficou te olhando...
    -Moça? É daquelas vovozinhas que vêm trazer os netinhos pra passear no shopping! Mas tá valendo.
    -E os shows, tão legais?
    -Pouca coisa. Tô tramando uma coisa grande aí, com um amigo jornalista. Acho que você não conhece. Crítico, produtor. Ele anda meio sumido. Não tenho falado muito sobre o assunto. Você é o primeiro a ficar sabendo. A gente precisa urgentemente voltar pra mídia.
    -Mas que tipo de negócio que é? Se é que você quer mesmo falar.
    -Vou falar pra você, até pra você depois não pensar que eu tô louco!
    -Mas louco você é, carambola!
    -Eu vou começar a parecer um cara superpolitizado, cheio de ódio ao PT e defensor de ideias conservadoras...
    -Pode parar. Eu também odeio o PT e sou cheio de ideias conservadoras. E daí?
    -Esse meu amigo jornalista tem velhos amigos no meio. Ele vai entrar na mesma onda que eu. Pelos cálculos dele, isso vai me abrir espaço pra dar entrevista. E sabe como é? Entrevista repercute, os caras te chamam pra fazer show, por causa do show eu volto a dar mais entrevistas bombásticas. Meu amigo vai me empresariar e vai também escrever um ou outro texto elogiando minha coragem...
    -É, mas cê sabe que vai receber saraivada de tudo quanto é lado também, né? Esses petistas bandidos são organizados...
    -Então, cara, essa é a melhor parte: vou ser vítima da censura petista, chavista, politicamente correta e outro nome que eu não lembro. Meu amigo é que é bom pra esses rótulos.
    -Cara, muito louco mesmo o que cê tá falando. Mas será que vai dar certo?
    -Tô esperançoso. Meu amigo jornalista falou que se bombar mesmo, eu posso até sonhar em ser figura cativa de um talk show que tá pra começar aí. Vamo aguardar. Se você já tiver de saída, eu vou aceitar uma carona...
    -Não, Lupinão. Ainda preciso ver umas coisas. Foi um prazerzaço, cara!

    O Advogado
    Que dia incrível. Agora é o Pestana, advogado, pachorrento, todo cheio de querer ser olhando vitrines de loja cara.
    -Se não é o Dr. Pestana!
    -Marcão? É vivo ainda, seu filho da mãe?! Você não engorda, não, desgraçado?
    -Que é isso? Tô gordo, pô! E do que ce tá falando? Tá bem também.
    -Que nada. É que o terno aqui disfarça o barrigão!
    -Por falar nisso, só você mesmo pra tá de terno num sabadão desses.
    -É que fui ver um caso bom. Um belo potencial de escândalo. Coisa pesada. O sujeito tá preso. Fui conversar com a família. Eles tão querendo ver se ele entra nesse negócio de delação premiada.
    -Já ouvi falar. Parece que é bom isso, né?
    -Depende. No caso dele não parece muito bom, não, pelo menos por enquanto. Os caras delatam pra sair numa boa e ainda ficar como herói. Expliquei pra família que não é tudo tão simples.
    -Mas do jeito que a gente vê na mídia, parece que é simples sim.
    -Depende do que e de quem você vai delatar. No caso do meu cliente ele tem uns caras e uns esquemas grandes do PSDB...
    -Esses são outros, viu. Esses caras podem dar as mãos pro PT e sair por aí. Tudo farinha do...
    -Sério? Lá no seu facebook tava cheio de propaganda dos candidatos deles.
    -Sim, mas é que isso... Bem, e por que não entrega logo a corja do PSDB?
    -Sabe como é família, né? Acha que o homem é um santo, um injustiçado, que foi vítima dos peixes grandes tanto da política quanto de grandes empresas e quer ver a barra dele limpa, dando entrevista em jornal como um herói. Na hora que eles me mostraram os nomes, descartei.
    -Conta aí.
    -Cê tá é louco! Se eu me meter com os caras que ele tem pra delatar até minha carreira entra em perigo. Mas dei uma missão pra eles: tentar ver se não descola pelo menos um nome que dê pra associar com PT, Lula ou Dilma. Pode ser uma associaçãozinha de longe; qualquer forçada de barra serve.
    -Não deve ser difícil...
    -Também penso que não. Tá cheio de cara que opera pros dois lados. E pra mídia, pra polícia, pra parte da Justiça, pruns caras do MP, se puder envolver, mesmo que indiretamente, um petista, o negócio ganha uma dimensão fora de série, mesmo que sem provas.
    -Mas pelo que cê tá falando, é uma sujeira...
    -É a vida! Se a família me der um nome que dê pra ligar com o PT, um nomezinho que seja, eu consigo um escarcéu bom. Vou precisar de ajuda pra isso, claro. Por falar nisso, será que você não conhece alguma jornalista iniciante ou algum roqueiro decadente pra me ajudar nesse serviço?

    http://sidnei-quasetudo.blogspot.com.br/2015/03/ficcao-de-faustus-mestre-sapienza.html

    • Qualquer semelhança com personagens da vida real é mera concidência

    • Pelo menos esse aí esclareceu no começo que era ficção. Mas é claro que contando que sempre tem uns fanáticos com sangue nos olhos que só enxergam o que lhes interessa e vão tratar, até comentar, como se fosse uma história real. Pra quem quer achar que tem algum fundamento na vida real, cite um fato, cite os tais personagens da vida real. Coincidência com o que exatamente, caras pálidas? é só mais do mesmo, pura teoria da conspiração. É a mesma mídia supostamente extraoficial e inteiramente oficial (afinal sustentada por dinheiro público e de forma nada clara) que transforma pretos em brancos e trabalhadores em elite. Qualquer um que ouse criticar o Partido está errado de nascença. Em contrapartida se aliar a Collors, Sarneys e Renans nem sequer é questionado. Toda traição do Partido sequer é questionada. Puro fanatismo ou interesses inconfessáveis?

  • O que esperar de uns "jênios" que vão pra rua fazer manifestação pra pedir um golpe militar que acarretaria na proibição de fazer manifestações como as que eles estão fazendo?

  • Provável aquisição da CIA para agitação no Brasil. É o pré-sal estúpido! É o banco dos BRICS estúpido!

  • Um tal Fabiano Rogerio Alencar, obviamente é invenção só para apimentar o debate né? Ninguém seria tão imbecil assim na vida real claro!

  • Tudo que a revista Inveja produz é podridão e esse Rogério Chequer é mais uma da Veja. Se o Brasil tivesse uma Polícia Federal decente, já estaria investigando esse meliante.

  • Algo me diz que esse chequer é...
    sem fundo!

    (Perdão, mas a piada estava pronta e rir dessas phiguras é o melhor negócio)

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