O quarto aniversário do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, hoje, é um dia de vergonha.
A proximidade das milícias do Rio de Janeiro com o aparelho policial e com a família Bolsonaro, o que seria um escândalo demolidor em qualquer país civilizado, é verdade, não os incrimina diretamente, mas deveria ser razão para um empenho ainda maior em esclarecer a autoria e a ordem para o crime.
E não são, ao contrário.
Há mais: o Ministro da Defesa, Walter Braga Netto, foi nomeado interventor federal na segurança do Rio de Janeiro um mês antes de se executar a tiros a vereadora. Correu, portanto, sob sua responsabilidade a apuração de um crime de repercussão mundial, durante 11 meses.
Nenhum progresso foi feito na apuração e ele, agora, é um ambicioso e provável candidato a vice de Bolsonaro nas eleições.
Delegados e procuradores vão e vêm no caso, omissos ou amedrontados, na maioria das vezes, talvez pelos sinais de que há uma garantia superior para a impunidade.
Quando o governador do Estado e seus candidatos a deputado posam com placas com o nome de Marielle, quebradas em um vilipêndio debochado, como não imaginar tal proteção aos assasssinos e mandantes?
A esperança que resta é que as urnas que jogaram trevas sobre este caso, desta vez, possam jogar luz.
E que a gente não tenha de completar o quinto aniversário da morte de Marielle sem respostas sobre quem a mandou matar.
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Todos nos sabemos quem são os mandantes , moram todos juntos no mesmo condomínio o Vivendas da Barra Pesada , matadores e mandantes . O resto é com o judiciário que tenta esconder seus sócios na empreitada .