Quem pariu Jair que o embale

Os Estados Unidos são um país paranoico. Olharam o mapa, compararam as populações, os índices de desenvolvimento e concluíam que o Brasil é uma ameaça em gestação.

Agem pragmaticamente de acordo com essa convicção.

Os generais que puseram Bolsonaro onde está — ou permitiram que ele chegasse lá — são militares da linha dura, os anti-Geisel, treinados pelos americanos e a eles leais.

Praticam o entreguismo militante.

Um dos desvios a que foram levados por essa lealdade é expandir o conceito de “comunismo” para incluir o trabalhismo brasileiro (na verdade, a barreira que conteve a expansão do Partido Comunista) e o identitarismo de confronto sustentado pelas ongs da globalização, que intenta politizar temas culturais em campanhas supostamente revolucionárias.
Aceitaram a destruição da legalidade jurídica, da base industrial e da diplomacia independente.

Só que não basta: os Estados Unidos não admitem mais que o Brasil sequer exista. Vão acabar com ele: Olavo e os filhos do Bolsonaro são peões no jogo.

Os generais descobrem agora que é difícil embalar a criança que pariram.

Bernardo:

View Comments (32)

    • Os únicos que podem se phoder aqui somos nós e sempre nós.
      Os "milico" de alta patente, os "federal" e os "juizeco" estão forrados, com soldos e aposentadorias asseguradas além de outros negócinhos por ai fora. A turma da bufunfa e a tucanagem de alta plumagem, nem é preciso dizer, têm seu rico dinheirinho (isto é, o meu, o seu e o nosso) bem protegido dentro e fora do Brasil, eles como uma casta superior e intocável. O Alto e baixo clero do Congresso, das Assembléias e Câmaras desse Brasilzão também não têm do que reclamar. O único risco que correm é brigar entre eles pelo resto do botim e das cadeiras.
      Eles entram com o pé e até aqui nós entramos só com a ....

      • Uma hora a fodeção chegará neles também.
        Eu começo a pensar que para o brasileiro deixar de ser burro tem de foder tudo mesmo.
        Tipo, não sobrar pedra sobre pedra. Em todos os setores e classes sociais.

    • Brilhante! Eles nunca se preocuparam em conhecer o velho Getúlio. Se o tivessem feito a história seria outra, com menos gringos e mais feliz.

  • Os generais sempre souberam quem era Bolsonaro. A surpresa foram os filhos, que para o Bozo, mandam mais que generais.

  • Tudo nesse país está piorando de forma assustadora.
    Gostaria de poder hibernar para não ver o que vai acontecer.

  • Excelente! Foi direto ao ponto: destruição via guerra híbrida, ainda com uma boa parte do país batendo palmas.

  • O "projeto" é destruir o Brasil.
    Espanta a quantidade de cretinos que embarcam nele.

  • Gaisel foi um dos maiores entreguistas . É porque eles querem sempre mais , e o Brasil tem muito a dá .

    • Geisel acabou com a morte de opositores. Quando oficiais da Linha Dura lhe trouxeram uma lista de marcados para morrer, procurando testar sua fidelidade à Linha Dura, ele disse que só aceitaria aquela lista se cada sentença de morte fosse assinada pelo comandante da região onde se daria a execução. Isto acabou com os assassinatos. Geisel era adversário feroz da Linha-Dura e tinha muita vergonha pelo país não ser democrático, por isso fez a abertura política. No momento em que ele a anunciou, só esquerdistas muito perspicazes, tipo Glauber Rocha, entenderam que a ditadura estava próxima do fim. Geisel era desenvolvimentista e independentista, jamais entregou sequer um alfinete aos Estados Unidos. Por isso foi o primeiro a reconhecer a independência de Angola embora ela fosse socialista, e por isso deu o sinal verde para o Almirante Othon começar seu fantástico projeto de enriquecimento de urânio totalmente brasileiro. O Almirante ainda sofre perseguição severa por isso, vinda dos agentes americanos da Lava Jato. Exatamente por suas posições nacionalistas, Geisel foi e ainda é chamado de comunista pelos integrantes da linha-dura. Vamos deixar de lado nosso ódio generalizado, senão não entenderemos nada da História.

      • Para de ler o Elio Gaspari e começa a ler os documentos dos próprios EUA. Geisel centralizou as execuções nele e no Figueiredo. Não porque fosse contra execuções, mas porque já estava ficando difícil, interna e externamente, essa coisa de delegados Fleurys e coronéis Ulstra matando quem lhes desse na telha, só pra satisfazer sua psicopatia. Geisel foi um assassino, só que muito mais racional do que os sujeitos que mencionei. Como bom alemão, impôs método à loucura que grassava nos porões. Loucos sim, mas com método, por favor.

  • É uma guerra onde não há mocinhos. Todos farinha do mesmo saco.

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