Quer saber como agia a Gestapo? Veja o que faz a Polícia Federal do Brasil

“Investigamos fatos, não pessoas”.

Quantas vezes você já ouviu os ascéticos procuradores da Lava Jato e  os um pouco mais mal-ajambrados delegados federais que lhes servem de dentes dizerem isso?

Cínicos.

Reportagem – ou melhor, vazamento de documentos que estão sob sigilo de Justiça “de mentirinha” – do Estadão mostra que foi feita uma devassa até a terceira geração da família – incluídos aí irmãos e sobrinho –  do ex-presidente Lula.

A partir de NENHUM fato – e isso é reconhecido no próprio relatório – fizeram uma devassa sobre os negócios e viagens de seus parentes.  Repito, SEM QUALQUER INDICAÇÃO de que em um ou outro caso houvesse qualquer ato ilícito ou relacionado àquilo – aliás, qual mesmo é o ato de governo pelo qual Lula é investigado? – que interessa ao processo.

O Estadão exibe, orgulhosamente, a “aranha” (como os policiais chamam organogramas ou, neste caso, árvore genealógica) da família de Lula.

Vejam que “relevantíssimas” informações o acompanham:

O “gráfico de ascendência e descendência” montado pela PF, com Lula ao centro, abre o relatório. “Luiz Inácio Lula da Silva nasceu em Garanhuns (PE), em 27 de outubro de 1945, é um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT), torneiro mecânico formado pelo Senai, Lula tornou-se em 2002 o 35º presidente da República do Brasil, cumprindo dois mandatos sucessivos, encerrados em 2010″, informa. “Atualmente encontra-se casado com Marisa Letícia, o ex-presidente é pai de cinco filhos, sendo que Lurian Cordeiro é fruto da relação de Lula com a enfermeira Mirian Cordeiro.”

Espécie de árvore genealógica resumida a quatro gerações da família Lula da Silva, o documento lista os cinco filhos do ex-presidente: Sandro Luis Lula da Silva, Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha, Luis Claudio Lula da Silva, alvo da Operação Zelotes, Marcos Cláudio Lula da Silva e Lurian Cordeiro Lula da Silva. A eles, estão associados ainda ex e atuais cônjuges e os netos.

“Utilizando-se do gráfico acima, foram realizadas pesquisas para todos os CPFs constante nele, com vistas a verificar as suas participações societárias, vínculos empregatícios e por fim, a relação de pessoas que mais os acompanharam em viagens internacionais”

Puro lixo, que dá para copiar da Wikipedia sem um bando de gente ganhando bem para fazer.

Mas tem algo de pior, de doentio.

Se eu ou você, caro leitor ou leitora, por acaso fossemos investigados por alguma coisa, o que você acharia de bisbilhotarem a vida de meu ou seus filhos, netos, noras, irmãos, sem que houvesse qualquer acusação ou elemento de suspeita para isso?

Eu vou explicar.

Isso é um método da Gestapo.

Prendem você porque seu primo é casado com uma judia.

Perseguem você porque seu genro é meio esquerdista.

Ou porque meu primo deu um desfalque no banco onde é gerente.

As pessoas viram latas de lixo a serem fuçadas, porque apenas são parentes daqueles a quem a matilha quer “pegar”.

E como estes cães salivam para poder ainda muito mais!

Fernando Brito:

View Comments (33)

  • O maior prejuízo às instituições é quando pessoas CÍNICAS E ORDINÁRIAS ocupam funções de decisão, "trabalhando" em desvio de finalidade e sem seguir os cânones legais. Aí não há instituição que resista! Melhor fechar essa PF partidarizada e de viés fascista! Demonstrou que não está à altura, pode servir à Alemanha nazista, ou à ditadura militar, mas não serve à democracia brasileira! Melhor fechar enquanto é tempo!

  • Eles devem estar putos nas calças, porque depois de tanto fuçar a vida do Lula, nada encontraram.
    Ah, sim, tem o barco de 4 contos. Viche, Maria, que cara ladrão! O barquinho vai, o patinho cai...

    • De pedaladas a pedalinhos, é o golpe vindo a galope.
      Contra aqueles que comem PF, mete a PF pra comê-los!

  • Lamentável. Que Nojo!....Isso crime. Absolutamente crime. Lula e seus familiares têm que denunciar e processar a PF!...

  • GLOBO PERDEU A BATALHA DA COMUNICAÇÃO: É GOLPE

    Campanha de manipulação preparada pela Globo para tentar provar que "impeachment não é golpe por estar previsto na Constituição" fracassou; na noite de ontem, Jornal Nacional teve de exibir uma fala contundente da presidente Dilma Rousseff em que ela demonstra que um impeachment sem crime de responsabilidade não merece outro nome, a não ser golpe – o que também foi dito pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal; sem argumentos, restou à Globo tentar provar a validade da tese da advogada Janaina Paschoal, convertida em "jurista" pelos Marinho, de que "pedaladas fiscais" que ainda nem foram apreciadas pelo Congresso Nacional são motivos suficientes para afastar um presidente; nesse debate, a Globo também será derrotada

    31 DE MARÇO DE 2016 ÀS 05:19

    (...)

    FONTE [LÍMPIDA!]: http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/223295/Globo-perdeu-a-batalha-da-comunica%C3%A7%C3%A3o-%C3%A9-golpe.htm

    • É DE ESTARRECER!
      Especialmente para quem ainda não deixou a ficha cair!

      "É de tremer a terra!"
      Ou seria "é de temer a Terra"?!

      $$$$$$$$$$$$$$$$$$$$

      Brasil e Rússia sob ataque de “Guerra Híbrida”

      Por *Pepe Escobar, no Russia Today
      31/03/2016 Redação

      Revoluções Coloridas nunca bastariam. O Excepcionalistão vive à procura de grandes atualizações de estratégia capazes de garantir a hegemonia perpétua do Império do Caos.
      A matriz ideológica e o modus operandi das revoluções coloridas já são, hoje, assunto de domínio público. Mas não, ainda, o conceito de Guerra Não Convencional (GNC) [orig.Unconventional War (UW).
      Essa guerra não convencional apareceu explicada no manual das Forças Especiais para Guerra Não Convencional dos EUA, em 2010. O parágrafo chave é:
      “1-1. A intenção dos esforços de GNC dos EUA é explorar vulnerabilidades políticas, militares, econômicos e psicológicos de um poder hostil, mediante o desenvolvimento e sustentação de forças de resistência, para alcançar os objetivos estratégicos dos EUA. (…) Para o futuro previsível, as forças dos EUA se engajarão predominantemente em operações de guerra irregular”
      “Hostil” não se aplica apenas a potências militares; qualquer estado que se atreva a desafiar alguma trampa importante para a “ordem” mundial Washington-cêntrica – do Sudão à Argentina -, pode ser declarado”hostil”.
      (…)
      Dado que os BRICS são o único real contrapoder ante o Excepcionalistão, foi preciso desenvolver uma estratégia para cada um dos principais atores. Jogaram tudo contra a Rússia – de sanções à mais total demonização; de ataque contra a moeda russa até uma guerra dos preços do petróleo, que incluiu até algumas (patéticas) tentativas de iniciar uma revolução colorida nas ruas de Moscou.
      Para nodo mais fraco no grupo BRICS, teria de ser desenvolvida estratégia mais sutil. O que afinal nos leva até a complexíssima Guerra Híbrida que se vê hoje lançada com o objetivo de conseguir a mais massiva e real desestabilização política/econômica do Brasil.
      No Manual dos EUA para Guerra Não Convencional lê-se que fazer balançar as percepções de uma vasta “população média não engajada” é essencial na rota do sucesso, até que esses “não engajados” acabem por voltar-se contra os líderes políticos.
      O processo inclui de tudo, de “apoiar grupos insurgentes” (como foi feito na Síria) até implantar “o mais amplo descontentamento, mediante propaganda e esforços políticos e psicológicos para desacreditar o governo” (como no Brasil). E, à medida que uma insurreição vá crescendo, deve-se “intensificar a propaganda e a preparação psicológica da população para a rebelião”. Assim, num parágrafo, está pintado o caso do Brasil.
      Precisamos de um Saddam para chamar de nosso
      O principal objetivo do Excepcionalistão é quase sempre conseguir um mix de revolução colorida e guerra não convencional. Mas a sociedade brasileira e sua vibrante democracia sempre seriam sofisticadas demais para uma abordagem de Guerra Não Convencionalhardcore, como sanções ou o conto da “Responsabilidade de Proteger” (R2P).
      Não surpreende que São Paulo tenha sido convertido em epicentro da Guerra Híbrida contra o Brasil. São Paulo, o estado mais rico do Brasil, onde está também a capital econômica e financeira da América Latina, é o nodo chave numa estrutura de poder interconectada nacional/internacional.
      O sistema da finança global centrado em Wall Street – e que governa virtualmente todo o Ocidente – simplesmente não poderia de modo algum permitir qualquer ação de plena soberania nacional, num ator regional com a importância do Brasil.
      A ‘Primavera Brasileira”, de início, foi virtualmente invisível, fenômeno exclusivamente das mídias sociais – como na Síria, no início de 2011.
      Então, em junho de 2013, Edward Snowden vazou aquelas sempre as mesmas práticas de espionagem da Agência de Segurança Nacional dos EUA. No Brasil, a ASN-EUA espionava a Petrobrás por todos os lados. E então, de repente, sem mais nem menos, um juiz regional, Sergio Moro, baseado numa única fonte – depoimento de um corretor clandestino de câmbio no mercado negro (“doleiro”) – teve acesso a uma grande lixeira de documentos da Petrobrás. Até agora, a investigação de corrupção que já dura dois anos, “Operação Car Wash”, ainda não revelou como conseguiram saber tanto sobre o que os próprios investigadores chamam de “célula criminosa” que agiria dentro da Petrobrás.
      O que realmente interessa é que o modus operandi da revolução colorida – a “luta contra a corrupção” e”em defesa da democracia” – já estava posta em andamento. Foi o primeiro passo da Guerra Híbrida.
      Assim como o Excepcionalistão inventou terroristas “bons” e terroristas “maus” cujos confrontos criaram a mais terrível confusão e agitações por todo o “Siriaque”, no Brasil surgiu a figura do corrupto “bom” e do corrupto “mau”.
      Wikileaks também revelou como o Excepcionalistão classificava o Brasil como “ameaça à segurança nacional dos EUA”, porque poderia projetar um submarino nuclear [esse Wicki-telegrama é de 2009, o mesmo ano do ‘curso’ que o juiz Moro fez no Rio de Janeiro. Só pode ter sido por acaso (NTs)]; como a empresa construtora Odebrecht estava-se tornando global; como a Petrobrás desenvolvera, a própria empresa, a tecnologia para explorar os depósitos de petróleo do pré-sal (a maior descoberta de petróleo confirmada desse início do século 21, da qual o Big Oil foi excluído por, ninguém mais, ninguém menos, que o presidente Lula.[2]
      Adiante, por efeito das revelações de Snowden, o governo Rousseff passou a exigir que todas as agências governamentais usassem empresas de tecnologia estatais, para atender todas as necessidades do governo. Significaria que as empresas norte-americanas do setor perderiam, em dois anos, ganhos já previstos de $35 bilhões, se fossem alijadas dos negócios de tecnologia da 7ª maior economia do mundo – como o grupo Information Technology & Innovation Foundation rapidamente descobriu.
      O futuro acontece agora
      (…)
      “Movimentos” de ultradireita financiados pelos nefandos Koch Brothers repentinamente começaram a surgir nas redes sociais e em movimentos de rua. O advogado-geral do Brasil visitou o Império do Caos chefiando uma equipe da “Operação Car Wash para entregar informações da Petrobrás que talvez levassem a uma acusação formal pelo Departamento de Estado.
      (…)
      Problema hoje é que, se o tal golpe soft falhar – como agora já parece pelo menos possível que falhe -, será muito difícil desencadear golpe hard, de estilo Pinochet, com recursos de Guerra Não Convencional, contra o governo sitiado de Rousseff; vale dizer, completar o ciclo de uma Guerra Híbrida Total.
      Num plano socioeconômico, a “Operação Car Wash” só seria plenamente “bem-sucedida” se levasse a um afrouxamento das leis brasileiras sobre exploração de petróleo, abertura do país ao Big Oil dos EUA. Paralelamente, todos os gastos em programas sociais teriam de ser esmagados.
      Ainda não acabou e só acabará quando algum homem gordo na Suprema Corte do Brasil [seria o ministro Marco Aurélio Mello? Adendo nosso!] cantar. O que é certo é que já há pensadores brasileiros independentes que começam a construir as bases teóricas para estudar a “Operação Car Wash” não como mera ‘investigação’ ou ‘movimento’ massivo “contra a corrupção”; mas, isso sim, como legítimo caso exemplar, a ser estudado, de estratégia geopolítica do Excepcionalistão aplicada a ambiente globalizado sofisticado, com ativas redes sociais e dominado pelas TIs.
      Todo o mundo em desenvolvimento muito tem a ganhar, se se mantiver com os olhos bem abertos – e aprender as lições que dali brotem, porque é bem possível que o Brasil venha a entrar para a história como caso exemplar de Guerra Híbrida (só) Soft.
      [*Pepe Escobar é um jornalista investigativo independente brasileiro, especialista em análises geopolíticas. No Brasil, trabalhou para os jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e Gazeta Mercantil, além de ter publicado artigos na revista Carta Capital. Desde 1985 tem atuado como correspondente estrangeiro. Viveu em Londres, Paris, Milão, Los Angeles, Washington D.C., Bangkok e Hong Kong.]

  • Como não há nada participação societária irregular, enriquecimento ilícito ou qualquer coisa que configure crime, o trabalho da Gestapo é apenas manter a massa incauta com seu ódio visceral feliz da vida.

  • Tudo de forma ilegal, quebrando sigilo sem autorização, sem mandato judicial, usando dinheiro público, com altas mordomias de transporte aéreo, viário, náutico, hospedagem em vários hotéis inclusive internacionais, Delegados e promotores foram para Europa e USA para fazerem investigações com salários mensais variando de 30.000 a 70.000 ( Sérgio Moro) além de auxílio moradia. Para que ? Para nada, não encontraram nada de relevante. Sendo que Lula já disse que é investigado a mais de 30 anos e nunca encontraram nada. Mas na oposição, não é necessário investigar é só olhar o Imposto de renda dessas figurinhas que comandam o impeachment. Mas aí não interessa porque o que desejam é a volta da velha república.

  • JANIO DE FREITAS: IDEIA DE JUSTIÇA INTIMIDADA JÁ É EXTRAVAGANTE

    Colunista Janio de Freitas chama atenção para a condução do processo de impeachment na Câmara fora das "normas e da Constituição" e cobra ação dos ministros do STF; “o pedido de impeachment ora discutido não é documento jurídico, é ataque raivoso”, diz; ele também questiona os argumentos da OAB em defesa do afastamento, baseados na delação de Delcidio do Amaral e a mudança na versão de Sérgio Moro sobre a quebra do sigilo dos grampos; “Porque a ideia de Justiça intimidada já é extravagante, quanto mais por um telefonema privado de pessoas sitiadas”

    31 DE MARÇO DE 2016 ÀS 05:30

    (...)

    FONTE [LÍMPIDA!]: http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/223298/Janio-ideia-de-Justi%C3%A7a-intimidada-j%C3%A1-%C3%A9-extravagante.htm

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