Ração de Dória é “fake” como ele: nem fábrica tem, só endereço de luxo

Pedro Durán, da CBN, fez o que a nossa valorosa imprensa passou três dias sem fazer: foi atrás da fantástica fábrica de ração para pobre anunciada por João Dória.

O resultado?

A empresa responsável por produzir o produto chamado pelo prefeito João Doria de “abençoado” e que seria capaz de suprir necessidade de pessoas desnutridas não tem fábrica em atividade e nem capacidade de produzir em escala.
A plataforma Sinergia, empresa criadora da “farinata”, opera hoje com a ajuda de indústrias licenciadas, mas nunca produziu em escala, apenas amostras do produto que foram distribuídas para algumas creches.Em entrevista à CBN, a dona da empresa, Rosana Perrotti, disse, no entanto, que não pode revelar o nome das indústrias parceiras por acordos de confidencialidade.

Uau! Segredo industrial em moer comida quase podre e depois desidrata-la, para virar farinha?

A dona da empresa diz que chegou a ter uma fábrica, mas ninguém sabe, ninguém viu.

Empresa licenciada para produzir alimento secreta?

Tem Serviço de Inspeção Federal? Tem Vigilância Sanitária?

Não existe nada, é só um factóride, é como a clássica “Fantástica Fábrica de Chocolate”, um produto da fantasia marqueteira do “prefake”.

A tal Plataforma Sinergia, que produziria o alimento diz que “teve” uma fábrica  que “foi inaugurada em 2013″ mas nós não tínhamos volume suficiente pra processar porque são tecnologias que são aplicadas na indústria de alimentos e farmacêutica e que demandam volumes”.

Como “tiveram” uma fábrica, se não são uma entidade comercial/industrial mas uma associação civil ? Onde era? Não tem imagem, ninguem tirou uma fotinho? Cadê as máquinas?

O pior é que a dona do negócio diz que, se acontecer, a ração nem será distribuída em São Paulo. A  Secretária Municipal de Direitos Humanos, diz que vai mandar para a África e para a Síria…

Na sede da tal instituição não estão, porque o endereço é o de um condomínio de luxo, o MaxHaus, na Vila Olímpia, que você vê aí na imagem do post.

O resto da matéria, com todo o respeito ao Pedro Duran, que foi ouvir especialistas em nutrição para confirmar que a “ração para pobre” é um horror, passa a ter pouca importância.

Porque não existe a tal ração senão naqueles potes de “amostra grátis”.

Está na cara que se está (ou estava) montando um negócio milionário.

Acho que a ração para pobre do Doria vai sumir de cena rapidinho, enterrada como fazem os gatos com certas coisas.

Ouça a reportagem da CBN:

Fernando Brito:

View Comments (15)

  • Perfeito. O esquema era ficar livre do custo de desfazerros do produto vencido, que é muito caro.

  • Não vou ouvir o áudio dessa CBN nem que me paguem. Essa organização globosta patrocinou o golpe. A muito tempo deixei de ler, ouvir e ver. Não consigo, tenho nojo.

    • Gilberto Barros Vieira, às vezes é útil ler o que essas imprensas publicam para ter noção do que estão tramando contra a nossa Pátria.

  • Tenho para mim que era apenas um esquema para desvio de dinheiro público; não iriam produzir nada e os tais alimentos prestes a vencer e não comercializáveis iriam na verdade parar no lixão...

  • Estava na cara que é ESQUEMA para desvio de muito dinheiro público, inclusive com as isenções tributárias. Os 'defensores fake' da iniciativa privada vão bancar com a prefeitura de Sampa uma dispendiosa falcatrua para o erário municipal. São os liberais da livre iniciativa bancados pelo Estado, verborragia da boca para fora.

  • Nada que parte desse patético prefeito se aproveita. Mal educado, ditador, ignorante (embora se ache "elite") e burro. Lançar ração para seres humanos é de uma inteligência sub-humana. Mas com o a dorieta sempre pode ficar pior. Toma, campineiro.

  • ACME Company, fabrica de bigornas a armas de raio laser, apresenta o CornFake do PreFake

  • J. Doria está perdendo uma grande oportunidade de marketing: deveria chamar esse produto de Soylent Green. Tem tudo para ser um sucesso.

  • se a prefeitura adiantar uns R$ 5 bi de compra do próximo ano e assinar contrato de compra obrigatória de uns R$ 100 bi para os próximo 3 anos, é possível montar tudo em apenas um mês.

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