Elaborei o gráfico acima com base em estudos do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade, com dados do IBGE, divulgados em matérias de O Globo.
Repare: na década neoliberal, a pobreza extrema (extremíssima, eu diria ) caiu 28%, baixando de 15,5 em cada 100 brasileiros para 11,1 por cem.
Já em nove anos de mudança de modelo (ou até menos, porque o primeiro mandato de Lula ainda foi marcado por certo arrocho) essa queda foi de 74%, daqueles 11,1 por cento para quatro em cada cem brasileiros.
(Como a turma “do contra” anda ruim de matemática, explico que é procedente esta comparação de percentagens: afinal, quando a inflação passa de um para 2%, diz-se que ela dobrou, certo?)
Já a parcela de brasileiros ganhando razoavelmente bem – R$ 10 mil numa família de quatro pessoas – cresceu 48% no primeiro período e 68% no segundo.
Mesmo que a gente considere os limites muito baixos, seja para a pobreza – melhor chamar de míséria, repito – e para a “riqueza”, é um avanço impressionante.
E, ainda mais importante é o que diz o economista Manuel Thedim, que elaborou o estudo:
– É uma tendência, um pouco resultado das políticas que estão fazendo com que a pobreza vá desaparecendo do país. No grupo da pobreza extrema, o Bolsa Família foi fundamental. Porém, o que mais contribuiu para a migração das pessoas da renda baixa-baixa para baixa-média ou baixa-alta foi a melhora do mercado de trabalho.
A diferença entre as duas faixas de renda é abissal – 175 vezes – mas está se reduzindo: entre 2011 e 2012, o grupo dos mais ricos ficou 8,3% maior e sua fatia na renda total cresceu um pouco menos: 5,23%. Já o grupo dos mais pobres encolheu 14% e sua fatia na renda.
O problema é que aos mais bem aquinhoados no país incomoda muito que os pobres avancem, mesmo que um pouquinho. Já pensou se essa turma começar a pensar que é gente, com os mesmo direitos, inclusive a sonhar com igualdade de oportunidades?
View Comments (14)
Hoje estou aposentado, e ganho a mesma coisa que ganhava em agosto de 2001.
Não sei que conta é esta, mas esta melhor de viver do que em 2001.
Para os que adoram pensar que o Brasil é um dos países do mundo com mais miséria, deixo aqui dados extraídos do artigo "List of countries by percentage of population living in poverty" da versão da Wikipédia em inglês.
Vejam essa comparação, com alguns países que selecionei, da porcentagem da população vivendo abaixo da linha INTERNACIONAL de pobreza, que é definida como pessoas vivendo com menos de 2 dólares por dia:
Brasil - 10.82%
Armenia (literalmente caucasiana) - 12.43%
Panamá - 13.80%
Colômbia - 15.82%
Bolívia - 24.89%
China - 29.79%
África do Sul - 31.33%
Georgia (literalmente caucasiana) - 32.21%
Filipinas - 41.53%
Vietnã - 43.36%
Nepal - 57.25 %
Paquistão - 60.19%
Laos - 66.00%
Índia - 68.72%
Bangladesh - 76.54 %
Nigéria - 84.49%
Lembrando: essas estatísticas seguem a definição da linha INTERNACIONAL de pobreza, equivalente a pessoas vivendo com menos de 2 dólares por dia.
E aí, será que estamos tão mal?
A legenda está invertida, não está? O gráfico vermelho é o dos ricos e o azul é dos miseráveis, e a legenda diz o contrário.
corrigido, obrigado
Lembrei de Gil:
"Os lucros são muito grandes,
E ninguém quer abrir mão, não
Mesmo uma pequena parte
Já seria a solução
Mas a usura dessa gente
Já virou um aleijão"
O mais importantante é que o Brasil está crescendo e o Povo está crescendo junto. É uma pena que muita gente ainda se submente a empréstimos bancários o qual castram sua renda e ainda gera a USURA.
Tem muita gente que ainda acredita nos economistas do PIG
Tudo comprado. Esses políticos forjam tudo!
E o PT é que não presta...
Tem muita gente que ainda acredita nos economistas do PIG
Fernando Brito, as "REGRAS DE USO" nao estao mais valendo?