O mundo se volta com esperança para a decisão da Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA) inglesa autorizando o início do processo de vacinação no Reino Unido com o imunizante da Pfeizer-Biontech.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) expressou restrições à velocidade da aprovação dada pelos britânicos e só decidirá na próxima semana que a Pfeizer cumpriu todos os protocolos de segurança e de determinação da eficácia. Mas, como o Reino Unido fez o Brexit e deixou a União Europeia, não tem poder sobre isso.
Seja como for, o processo começará em pequena escala, pois a disponibilidade inicial é de 800 mil doses e a imunização se restringirá ao pessoal da área de Saúde e aos idosos de mais de 80 anos. A vacina também não estará disponível em todo o Reino, porque vai ser aplicada apenas nos hospitais em que há estruturas de armazenamento capazes de manter o imunizante a -70°C.
Para nós, brasileiros, tudo indica que a espera por vacina será longa, porque este produto da Pfeizer não tem pré-contratos de fornecimento para nós e foi, praticamente, descartado pelas autoridades sanitárias, em razão das dificuldades em ter câmaras frias com esta capacidade.
Estamos dependendo de vacinas que ainda não têm seus testes finalizados e uma delas, a Coronavac, que o Butantan desenvolve em parceria com os chineses, contando com uma evidente antipatia do Governo Federal e da Anvisa.
A boa notícia, porém, não impede que o mundo vá alcançar hoje a marca terrível de 1,5 milhão de mortos e a maior quantidade de vítimas fatais desde o início da pandemia, devendo atingir mais de 13 mil mortes em 24 horas.