Ricardo Melo, hoje, na Folha, exerce com crueldade a arte jornalística de ir ao essencial.
Aécio Neves, Gilmar Mendes e Eduardo Cunha teimam em, pateticamente, continuar suas falas catastróficas do impeachment da pantomima “É agosto, e agora a casa cai” com que pretendia o fim do governo eleito e o abocanhamento do poder total.
Não perceberam – ou melhor, não se conformam – que uma composição com os que Melo chama, com propriedade, de os “verdadeiros comandantes da nossa democracia” representou o desembarque – sempre parcial, porque ao sabor da maré da economia – da aventura golpista.
Menos, convenhamos, por convicções democráticas que pelo panorama devastador de mediocridade das forças que surgiam como alternativa ao governo eleito.
Não apenas os três indigitados, mas a vasta fauna humana em que surfavam, composta de fundamentalistas religiosos, vivandeiras de quartel, neonazistas, desajustados de todos os matizes, que sempre existiram mas, agora, estão em estado de excitação e, certamente, teriam os dentes à mostra diante do botim que um governo caído representaria.
Ou do risco de que o “moralismo seletivo” que hoje se pratica ganhasse força e desbordasse para as imoralidades “intocáveis” que são a base de seu poder no país.
Lembremos que, nem em 1964, confiaram em Lacerda o suficiente para deixarem-no ir ao poder.
Os três patéticos
Ricardo Melo, na Folha
Aécio Neves, Gilmar Mendes e Eduardo Cunha atuam como protagonistas de uma causa falida. Mesmo assim, não perdem uma oportunidade de expor em público sua estreiteza de horizontes. São golpistas declarados. Não importa a lógica, a política, a dialética ou mesmo o senso comum. Suas biografias, já não propriamente admiráveis, dissolvem-se a jato a cada movimento realizado para derrubar um governo eleito.
Presidente do PSDB, o senador mineiro-carioca pouco se incomoda com o ridículo de suas atitudes. Aécio sempre defendeu um programa de arrocho contra os pobres. Gabou-se da coragem de adotar medidas impopulares para “consertar o Brasil”.
Agora sobe em trios elétricos como porta-voz do povo. Critica medidas de ajuste, jura pensar no Brasil e usa qualquer artimanha com uma única finalidade: isolar a presidente. Convoca sabujos para atacar um jornalista que revelou o escândalo do aeroporto construído para atender a ele e à própria família. Maiores informações na página A3 desta Folha publicada ontem (23/08).
Seu ajudante de ordens, ou vice-versa, é o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes. Sintoma da fragilidade do equilíbrio de poderes vigente no Brasil, Mendes emite toda sorte de opiniões fora de autos. Muda de ideia conforme as conveniências. De tão tendencioso e parcial, seu comportamento público seria suficiente para impugná-lo como síndico de prédio. Na democracia à brasileira, pontifica como jurista na mais alta corte do país. Quem quiser que leve a sério.
Mendes endossou as contas da campanha da presidente eleita alguns meses atrás. Coisas do passado. Esqueçam o que ele votou. De repente, detectou problemas insanáveis na mesma contabilidade e ruge ameaçadoramente contra o que ele mesmo aprovou. No meio tempo, acusa o Planalto de comandar um sindicato de ladrões financiado por empreiteiras envolvidas na roubalheira da Petrobras.
Bem, mas as mesmas empresas financiaram a campanha dos outros partidos. O que fazer? Vale lembrar: Mendes até hoje trava o julgamento favorável à proibição do financiamento empresarial de campanhas políticas. Seu pedido de vistas escancara um escândalo jurídico, legal e moral que o STF finge não existir. Ora, isso não vem ao caso, socorreria o juiz paladino Sergio Moro.
E aí aparece Eduardo Cunha, o peemedebista dirigente da Câmara. Terceiro na linha de sucessão presidencial, Cunha encenava comandar um exército invencível. Primeiro humilhou o Planalto na eleição para o comando da Casa. Depois, passou a manobrar o regimento para aprovar o que interessa a aliados nem sempre expostos. Tentou ainda se credenciar como alternativa golpista. Curto circuito total. Pego numa mentira de pelo menos 5 milhões de dólares, a acreditar no procurador geral, Cunha atualmente circula como um zumbi rogando piedade de parlamentares muito mais interessados em salvar a própria pele.
Cambaleante, o trio parece ter recebido a pá de cal com os pronunciamentos dos verdadeiros comandantes da nossa democracia. O mais recente veio do chefe do maior banco privado do país, Roberto Setubal. Presidente do Itaú Unibanco, Setubal afirmou com todas as letras não haver motivos para tirar Dilma do cargo. Tipo ruim com ela, pior sem ela -que o digam os lucros pornográficos auferidos pela turma financeira.
Sem a banca por trás, abandonada pelo pessoal do dinheiro grosso e encrencada em acusações lançadas contra os adversários, à troupe do impeachment não resta muito mais que baixar o pano.
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Voce fala em tres pateticos,eles são muito mais, caro Fernando. Se voce analisar que nenhum banqueiro foi indiciado nesse processo que lava a jato as falcatruas dos banqueiros , e de se ver quantos os pateticos são.
Se voce analisar que o mentirão do Joaquim Barbosa, indiciou mais de uma dezena de bancarios e banqueiros,com supostos desvios de menos de 1% do total do lava mais branco a jato
Quanto misterio nem se indicia banqueiros que cometeram no minimo o crime de Lesa Patrtia e outro misterio é esconder o ano das aberturas de contas. dos diretores "honestos" do governo FHC.
reforçando que o importante é o Ano das Aberturas de contas dos "honestos"diretores do governo FHC, que n~sao se vaza de maneira alguma. Nem a CPI da Petroibras nem a Lava a teco-treco nesse caso. a jato so quando interessa a midia golpista
Os maiores empresários já descobriram que o impeachment será pior pra eles.
Para alguns opositores só o impeachment os salva dos desdobramentos da lavajato.
Patético é um governo que se diz 'esquerda' ser fiado por banqueiros...! Onde já se viu?
Afinal, o poder emana do povo ou dos bancos?
Dilma não vale um cachorro-quente, perde até para Sarney. Quem não quer Dilma é o povo.
Cachorro morto decorativo, representa mas não manda em nada. Também oferecendo a maior taxa de juros do mundo, até o Tiririca fica presidente dessa República do Pixuleco.
Patético esquerdopatas ladrões se escorarem em usurários banqueiros.
Muito PaTético!
Os moleques continua em cena, ainda não perceberam que a eleição terminou.
Como presidente do STF, o ministro Lewandowsk deveria fazer uma advertência pública a Gilmar Mendes por ter postura declaradamente parcial, além de contradizer seu próprio julgamento. Na verdade, caberia um processo de expulsão de Mendes do STF. Aí é querer demais, desculpem, foi só um delírio.
Gilmar Mendes é um poço se parcialidades e controvérsias. O que não é de se estranhar do sócio do IDP e herdeiro do patriarcado mineiro Mendes.
O Aécio, que no passado poderia parecer um quadro politico promissor, dia após dia está a queimar-se politicamente. Neste particular os tucanos de São Paulo , especialmente o incorrigivel e determinado entreguista da Petrobras à Chévron e o sonso coroinha das secas torneiras paulistas estão a jantá-lo pelas beiradas. Convenço -me cada vez mais que o Aécio é mais um daqueles produtos da mídia que deu chabu. O povo não é idiota e a maioria que votou na Dilma não considera Aécio dono dos seus votos e nem tampouco lhe deu carta branca para tomar o lugar de quem quer que seja, na marra. Ou seja, desconhece completamente a vontade soberana do povo. Como político, ainda mais orientado por um senil como FHC, caminha para tornar-se irrelevante. Quanto ao Gilmar, entrou em definitivo para o folclore do Judiciário da Casa Grande e como vitalicio no posto, vai fazer muitas besteiras ainda, dignas dos FEBEAPAs. O Cunha, este teve seus cinco minutos de fama, fez bastante estrago e voa para baixo até bater com a cara no chão. Três patetas.
"O Aécio (...) dia após dia está a queimar-se politicamente."
É uma das poucas coisas que ele sabe fazer bem, além de queimar-se sob o sol de Copacabana.
Aécio é odiado em MG.
É um ser nefasto.
Ridículo.
Golpista.
Somou-se a ele o que há de pior na
cena política brasileira:Gilmar Mendes e Cunha.
O Paulinho da Força Sindical é o cretino que se esforça
para compor a turma do golpe, mas já foi desautorizado pela Força sindical
devido aquele mico de ovacionar Cunha.
A Força sindical mandou o Paulinho tomar seu rumo , dizendo:
_ Você não nos nos representa.
A historia do Brasil mostra que Casagrande - 1%- nunca teve apreço a democracia. Entretanto, o momento não é propicio para o golpe. Para atender ao capricho politico de um grupo que não se conforma de ter sido derrotado nas urnas. A crise econômica mundial não está a permitir aventuras politicas. É abrir chance para o CAOS, quando todos perderão. E os 1% que têm muito, não estão acostumados com perdas, terão muito mais a perder. Já o povo brasileiro está acostumado a perder. Para o brasileiro, a vida sempre foi de sacrifícios, tirar leite de pedra, matar um leão por dia.
http://www.brasil247.com/pt/247/economia/194066/China-tem-crash-e-Ir%C3%A3-pede-a%C3%A7%C3%A3o-urgente-da-Opep.htm
CHINA TEM CRASH E IRÃ PEDE AÇÃO URGENTE DA OPEP
Um texto com a lucidez e a transparência dos blogs progressistas, mas publicado no pig, isso é inacreditável. Acho que o grande capital ponderou o fluxo de caixa com ou sem o golpe. E devem ter concluído que o golpe não seria economicamente viável...