Como a Justiça brasileira entrou no caminho onde saiu a investigação e entrou a delação como forma de apuração da verdade – ou de algo que se preste ao papel de verdade – não é possível dizer que a substituição do advogado de Rodrigo Rocha Loures tem relação com um eventual acordo de delação premiada ou um alinhamento à defesa de Michel Temer, desde ontem informalmente reforçada pelo Ministro Torquato Jardim.
Se foi para fazer delação, ela não vai demorar, e não apenas porque Rodrigo Janot e Luís Edson Fachin estão ansiosos por isso.
É que Loures é um destes casos em que não há muito o que discutir quanto a gradação da pena que lhe será reservada: era, ao que se sabe até agora, um estafeta, com suas “mordidas” na bufunfa da “chefia”, como talvez fossem os R$ 35 mil faltantes na mochila devolvida.
Se ela não avançar, é sinal de que Michel Temer chamou o “boa-índole” para debaixo de suas asas, e disso faz parte ter uma defesa que trabalhe em sintonia com a do ocupante do Planalto.
Não dá para dizer agora, mas logo se saberá.
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O conselho de ÉTICA não vai cassar este cara.
os casos de amizade e lealdade entre bandidos é de emocionar, um delata com a maior facilidade o outro, ou corre pra apagar fotografias. as únicas coisas que aproximam essas pessoas é a ambição e o caráter que não vale um tostão. quanto à guerra de forças, nem dá para saber quem vai ganhar, o temer ou o janot. porque eles não se comem todos e nos livram desse espetáculo?