Sem Marina e com Campos em queda, eleição segue para polarização

A esta altura, até pela falta de apetite do PSB em lançar candidatos aos governos dos estados mais populosos da Federação e seu grupo ir se acertando em alianças, de situação e de oposição, vai ficando claro que Eduardo Campos chegará ao início da campanha na televisão reduzido à condição de mero candidato regional de Pernambuco.

Somado aos demais “nanicos”, dificilmente somarão mas que 10% das intenções de votos.

Ninguém se surpreenda, portanto, que Aécio Neves vá se aproximando rapidamente dos 30%, o que só não terá em caso de desastre.

Percentual que teve José Serra em 2010, se considerado o total de votos, com brancos e nulos.

Dilma, naquele momento, 43%,nos mesmos critérios, apenas um pouco menos do que, na maioria das pesquisas, teria hoje.

O que falta, portanto, na contabilidade eleitoral?

Parece evidente que são os votos de Marina Silva, que  evidentemente não migraram para Campos e parecem dificilmente capturáveis pelo tucano.

O que indica que, se queira ou não, e eleição caminha para uma polarização mais aguda ainda que a registrada em 2010.

Possivelmente, mais parecida que com a de 2006, onde Heloísa Helena teve um tamanho mais parecido (cerca de 7% ) com o que terá Campos do que o que teve Marina em 2010.

Quem quiser procurar paralelos e comparações entre esta eleição e outras, procure-os na disputa entre Lula e Geraldo Alckmin, não a entre Dilma e Serra.

E quem quiser encontrar paralelos entre esta e aquela, busque menos no prestígio que Lula –  desgastado pelo escândalo da CPI dos Correios, que levaria ao chamado “Mensalão” – do que no desejo do povo brasileiro de não voltar ao passado.

Claro que há algumas diferenças importantes, a começar daquela que, hoje, está monopolizando as atenções do país: a Copa, prova maior do processo de sabotagem política que envolve a disputa eleitoral.

Mas, no essencial, será de novo – e pela última vez – a disputa entre dois projetos de país: o neoliberal e o nacional-desenvolvimentista.

 

Fernando Brito:

View Comments (27)

  • Fernando, e se o Joaquim declarar mesmo que será ministro da Justiça do Aécio, como esta se ventilando por aí, na sua opnião isso mexeria em votos de quem ? pra quem ?

    Rodrigo

    • Sr. Rodrigo
      Creio que se realmente tal fato de confirmar aí ficará provado que o suposto mensalão foi um julgamento político.
      E mais este senhor Barbosa não é este fenômeno eleitoral que parecer ser.
      Outro fato é a ser considerado é que o Sr. aécio ainda nem ganhou e já está montando a sua equipe de governo. Aonde fica o respeito do voto do eleitor?

      • Provavelmente ele não está contando com a vontade do eleitor e sim, com alguma maracutaia nas urnas eletrônicas, acredito que o povo tem de ficar com os olhos bem abertos com a justiça eleitoral este ano.

    • Francisco Rezek II?
      Um mesmo tipo de promiscuidade em 25 anos?
      Isso provaria se nossa democracia mesmo ou se é... "democracia". Ou seja, se é com aspas ou sem aspas.

  • Muito boa a análise! Deixou-nos, entretanto, com uma imensa curiosidade: porque será "pela última vez – a disputa entre dois projetos de país: o neoliberal e o nacional-desenvolvimentista."?

    • Eu também fiquei com essa dúvida. Não entendi o comentário final.

  • Hoje no Fox Sport a cada gol da Colômbia o narrador gritava Ah é sim! Ah é sim! Ah é sim! . Puta mensagem subliminar, só fiquei confuso, pois o jogo era da Colômbia. Kkkkkk

  • Ficam menosprezando o Dudu. Saibam que lidera em Fernando de Noronha.

    Isso a imprensa omite.

    • ..e o Tico responde: nem lá ele ganha, por que quando começar a campanha e os nativos da Ilha souberem da trairagem dele para com Lula essa liderança de momento se evapora... KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

  • Dudu lidera em Fernando de Noronha por causa dos votos dos turistas!

  • Gostaria que JB pedisse voto para o Cidinho Balada,pois dessa forma, ficaria caracterizado sua parcialidade no julgamento do Mentirão.

  • Acabei de ver: PROS adere a reeleição de Dilma.
    Ué, cadê o Paulinho da Farsa, digo da Força?

    • Eduardo, apenas esclarecendo, o paulinho (com p minúsculo mesmo) da força (?) não pertence ao PROS (dos irmãos Gomes) e sim ao Solidariedade que, esse sim, apoiou,em âmbito nacional a candidatura do senador Aécio. Aliás, ótimo para o povo, que se afundem juntos.

  • Votos da marina irão, com toda ctz, pro Arrocho Neves.

    Eleitores verdes-marinados são, em sua marioria, hipócritas coxinhas que sentem certa vergonha de votar no PSDB.

  • .
    LULA E DILMA PRESIDENTES, NUNCA O BRASIL TEVE IGUAL.

    São o orgulho da Nação, tiraram o Brasil do atoleiro.
    Governos de Salvação, o orgulho do povo Brasileiro.
    São de Corações Valentes, são nossa Glória Nacional.
    Lula e Dilma Presidentes, nunca o Brasil teve igual.

    A nossa Fome de 500 anos, foram eles que mataram.
    A Dívida de desenganos, 200 Bilhões eles pagaram.
    Foram da Linha de Frente, e Lutaram no mais total.
    Lula e Dilma Presidentes, nunca o Brasil teve igual.

    Exemplos pra geração futura, nos nossos corações.
    Enfrentaram a Ditadura, combateram as privatizações.
    Construtores Conscientes, do novo Brasil sensacional.
    Lula e Dilma Presidentes, nunca o Brasil teve igual.

    Mais Vagas pra Estudar, Técnicas e Universidades.
    Todos outros se somar, perdem em todas quantidades.
    Prouni e Enem Coerentes, Novo Brasil no Cultural.
    Lula e Dilma Presidentes, nunca o Brasil teve igual.

    Acabando com a Miséria, e diminuindo toda Pobreza.
    Tentam sabotagem e Pilhéria, e o Brasil segue beleza.
    São dedicados e prudentes, o povo os ama no total.
    Lula e Dilma Presidentes, nunca o Brasil teve igual.

    Obras fazem caminhar, ferrovia, estrada transposição.
    A educação a elevar, formados Superiores duplicação.
    São Vitórias de todas gentes, no nosso Brasil plural.
    Lula e Dilma Presidentes, nunca o Brasil teve igual.

    Estão na nossa Canção, Lula e Dilma a nossa Poesia.
    Povo e Pátria em construção, garantindo a soberania.
    A nada são indiferentes, o comprometimento celestial.
    Lula e Dilma Presidentes, nunca o Brasil teve igual.

    Pela Livre expressão, e pelo Direito de Responder.
    Contra toda a repressão, fazendo a Verdade vencer.
    Com Histórias comoventes, a nos integrar no Divinal.
    Lula e Dilma Presidentes, nunca o Brasil teve igual.

    Nos Votos Legitimados, mais queridos todos tempos.
    Pela Mídia odiados, acusações, calúnias e desalentos.
    Sempre foram eficientes, atacados seguem no triunfal.
    Lula e Dilma Presidentes, nunca o Brasil teve igual.

    Azuir Filho e Turmas de Amigos: do Social da Unicamp, Campinas, SP, de Rocha Miranda, Rio de Janeiro, RJ e de Mosqueiro, Belém, do Pará.

    • Podem adular o quanto quiser, mas ciência social jamais será prioridade do Ciência Sem Fronteira

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