Semana de medição de forças e o “fator Curitiba”

O Governo Temer e a oposição têm, esta semana, dias decisivos.

Temer faz votar a reforma trabalhista, um crime contra os trabalhadores que, possivelmente, conseguirá se consumar.

Mas não lhe basta vencer numa votação que exige apenas maioria simples – 257 votos. Precisa superar, num tema que, embora importante, tem menos repercussão que a mudança nas regras previdenciária, os 308 votos necessários a reformas na Constituição.

Já a oposição vai ter, dia 28, a oportunidade de retomar a iniciativa de rua, com os protestos marcados contra a Reforma, na qual a sucessão de recuos do Governo não parece ter surtido grande efeito em seu apoiamento.

Hoje, o Estadão diz que a adesão da base de Michel Temer na Câmara tem caído continuamente. E, num registro extremamente importante, assinala que Deputados do PSDB superam PMDB em fidelidade ao Planalto.  Demonstração do quanto o destino dos tucanos está amarrado, para 2018, na desgraça de impopularidade do ocupante do Planalto, a estranha tese do marqueteiro Nizan Guanaes que só encontra eco, mesmo, nos colunistas de mercado, ansiosos para que Temer faça, o mais profunda e rapidamente possível, terra arrasada dos direitos sociais.

Aí está a razão, aliás, da pressa em votar a destruição dos direitos consagrados na CLT, esta semana. A chance de que o consiga decai rapidamente.

E pode cair ainda mais se a sexta-feira, 28, de fato parar o país.

Quem juntar os pontinhos verá que está uma boa pista para “Operação Curitiba” estar se acelerando e para a troca de amabilidades e rapapés entre Michel Temer e Sérgio Moro.

Fernando Brito:

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