Em artigo hoje, no Estadão, José Serra junta-se aos lamentos americanófilos com a provável aliança entre a Petrobras e a China para explorar, sob o controle brasileiro, o megacampo de Libra, no pré-sal.
Diz ele:
“A recente habilitação de empresas para explorar o campo de Libra, o primeiro do pré-sal sob o modelo de partilha, causou decepção. Após tantos anos sem realizar leilões em áreas exploratórias, o Brasil deixou de ser o foco das atenções do mercado, em busca de novas oportunidades, como a costa africana e a reabertura do mercado mexicano. Em razão dos riscos regulatórios e do excessivo intervencionismo do governo, o modelo afastou grandes empresas mundiais e atraiu estatais estrangeiras, como da China, mais interessada em garantir reservas e abastecimento de petróleo do que em gerar receitas e lucros.”
Quer dizer então que nós devemos escolher sócios que, em lugar de interesses estratégicos em comprar nosso petróleo estejam mais interessados em “gerar receitas e lucros”? Receitas e lucros, claro, para si mesmos, sem olhar os interesses do Brasil.
Serra, que segundo o insuspeito Fernando Henrique Cardoso, foi o grande artífice da venda da Vale, defende o mesmo modelo para o nosso pré-sal. Vender o máximo, no mais curto espaço de tempo, gerando um sucesso de lucros e dividendos que a imprensa aplaude, não importando se isso se reflete no desenvolvimento e nas compras internas, se vai gerar emprego e renda aqui…
Foi por isso que fez vender a Vale inteira por US$ 3,3 bilhões, metade do que está sendo pedido apenas no bônus inicial de Libra.
A esperança de Serra é o “fracasso” que a mídia vem apregoando.
Vai se juntar à turma da raposa das uvas verdes, que acha uma porcaria aquilo que não consegue abocanhar.
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"É fora de dúvida, como o demonstra a experiência internacional, que, em matéria de petróleo, o controle nacional é imprescindível. O Governo e o povo brasileiros desejam a cooperação da iniciativa estrangeira no desenvolvimento econômico do País, mas preferem reservar à iniciativa nacional o campo do petróleo, sabido que a tendência monopolística internacional dessa indústria é de molde a criar focos de atritos entre povos e entre governos. (…) será essa empresa genuinamente brasileira, com capital e administração nacionais". (Getulio Vargas)
isso é discurso de agente da cia. É uma figura apátrida!!!
Um desqualificado...
Este Sera já era. Por que não te calas?
Boca nervosa e olho grande nao entra na China.
O mais provável é que a Dilma, ou o ministro das relações exteriores em visita recente aos EUA, tenha recomendado ao Obama a retirada discreta das 4 irmãs fuleras, americanas e inglesas, caso contrário elas seriam desqualificadas por possuírem informações privilegiadas via espionagem, o que seria desonesto para com as demais concorrentes. Bondosamente, a Dilma fez saber que uma desqualificação pública iria ser péssimo para as ações destas empresas e que, portanto, deveriam arrumar alguma desculpa e sair de fininho. Nunca iremos saber ao certo, mas estas empresas americanas e do estado americano da Inglaterra sempre estiveram metidas em golpes de estado, revoluções de direita e ditaduras para se beneficiarem do petróleo dos países. Foi ótimo para o Brasil a saída delas do leilão. O Serra, é claro, sabe disso, mas arrota importância que não tem e se mete a criticar um governo que jamais verá a cor.
Que diabos um presidente do Supremo Tribunal tem a dizer em uma palestra para a petroleira SHELL? Não é hora do Congresso perguntar à ele? Cadê os deputados e senadores “calças-curtas”, “meio-homens”, do PT? Qual o motivo de uma jornalista, mesmo de um jornal de direita,ter sido presa na terra das liberdades?
Muito "estranho"...