O Estadão publica nova decisão da juíza Carolina Lebbos – burocraticamente responsável pela manutenção de Lula na prisão, embora, curiosamente, tenha sido “esquecida”, numa demonstração de sua relevãncia, em todo o imbroglio do solta-não solta de domingo retrasado – repetindo a proibição de que o ex-presidente conceda entrevistas à imprensa.
Ela repete o absurdo jurídico de que Lula não contra com o direito de livre manifestação do pensamento, nem na forma, nem no conteúdo (???).
Diz que não vê “utilidade” numa entrevista do ex-presidente, porque ele estaria inelegível – algo que é atribuição do TSE decidir, não dela.
Alega, apoiando-se numa decisão de um ministro do STJ, que há razões de “segurança pública” e da necessidade que isso traria de mobilizar recursos penitenciários.
Que haja dezenas de entrevistas concedidas por pessoas presas, também, segundo ela, “não vem ao caso”.
É evidente que não se espera que um repórter toque a campainha da Polícia Federal em Curitiba, diga que quer “entrevistar o Lula” e seja imediatamente levado à sua presença.
Mas que tipo de senão de segurança ou administrativo que ele fale com uma ou duas pessoas – como faz nas visitas – na área solitária onde está detido?
Como assim, se a Polícia Federal paranaense chegou a emprestar sua sede para gravações de cinema – que exigem muito mais pessoal e um aparato incomparavelmente maior que uma entrevista? Ou não foi assim com o filme”A Lei é para Todos“?
Todo mundo, volta e meia, fala da rigidez das prisões indonésias, onde se chega a pretender colocar crocodilos em volta de presídios para evitar fugas. Isso, porém, não impediu que ali, em 1992, o lider da independência do Timor Leste, preso pela ditadura do presidente Suharto – 31 anos no poder, de 1967 e 1998 – deu uma entrevista à Rádio e Televisão Portuguesa, que pode ser vista aqui.
Ou com Leopoldo Lopez, da oposição venezuelana ao chavismo, preso por incitação à violência, que gravou um vídeo para dizer que estava bem de saúde?
Já se sabe, porém, como é o “novo direito de Curitiba”: é o que o Moro quer e se dane o resto.
O que não se sabia é que a imprensa brasileira tenha se tornado tão sabuja do poder que não esteja gritando e fazendo campanha pelo direito de ouvir um personagem que é notícia sempre e muito mais quando lidera as pesquisas de opinião para uma eleição presidencial distante três meses, apenas.
Qual será o grande jornal que vai se insurgir com esta proibição? Ou ouvir Lula não é jornalístico e impedir que seja ouvido não é cercear o jornalismo sem justificativa plausível?
Será que teremos de esperar que o The New York Times peça uma entrevista com o ex-presidente?
Quem sabe, em inglês, haja chance…
View Comments (19)
Estamos nas mão de uns desqualificados suicidas!
O mais grave e notório nisso tudo,é A QUANTIDADE DE CÚMPLICES,que a dita cuja,tem.
Muita saúva, pouca vergonha na cara, os males do brazil são...
Decisão infantil e de suserviencia
A justiça não se cansa de se apequenar, né dona carmen, já verme, onde o enorme LULA se agiganta. Já falta espaço para mais apequenamento.
Um afunda cada dia mais e o outro,LULA, cada vez mais alto se eleva.
Carolina Lebbos, assim como Moro, é déspota.
Falando em déspota, por óbvio, o fascismo é identificado com a direita (e vise-versa), historicamente. Vejam aqui mais um exemplo:
"Em 2016, por exemplo, quando já era presidente, Grabar-Kitarovic causou indignação ao se deixar fotografar, no Canadá, com a bandeira do Ustache, os fascistas croatas que ajudaram os nazistas na Segunda Guerra a exterminar judeus,..." - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2018/07/18/presidente-croata-roubou-a-cena-na-final-da-copa-mas-ja-esteve-envolvida-em-polemicas.htm?cmpid=copiaecola
Carolina Lebbos, assim como Moro, é déspota.
Falando em déspota, por óbvio, o fascismo é identificado com a direita (e vise-versa), historicamente. Vejam aqui mais um exemplo:
"Em 2016, por exemplo, quando já era presidente, Grabar-Kitarovic causou indignação ao se deixar fotografar, no Canadá, com a bandeira do Ustache, os fascistas croatas que ajudaram os nazistas na Segunda Guerra a exterminar judeus,..." - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2018/07/18/presidente-croata-roubou-a-cena-na-final-da-copa-mas-ja-esteve-envolvida-em-polemicas.htm?cmpid=copiaecola
Muito VAGA !
O judiciario foi aliciado e aparelhado pelas facçoes de direita, principalmente em estados onde o PSDB governa, para garantir a impunidade dos criminosos do partido e condenar adversarios. O caso lula ganhou status de farsa no brasil e no mundo, essa condenaçao serve
como garantia de que o PT nao vença pela quinta vez, porque a audiencia da banda podre da midia se revelou insuficiente para emplacar um bandido aliado da direita na eleiçao presidencial.
Será que teremos de esperar que o The New York Times peça uma entrevista com o ex-presidente?
Quem sabe, em inglês, haja chance…
Perfeito, não precisa dizer mais nada!