Enquanto se espera a divulgação dos dados completos do Datafolha, até este momento repassados apenas à Globo, dá para chamar a atenção para alguns detalhes importantes já publicados, como este da pesquisa espontânea, que em geral representa votos muito consolidados, manifestados diretamente pelos entrevistados.
Desde maio, o número de pessoas que não declara de imediato seu candidato caiu de 49% para 36%. Portanto, 13% dos eleitores.
E quem os levou para o seu campo.
Lula, que tinha 21% de votos espontâneos e tem 32% agora fica com 11 destes 13 em cada 100 que firmaram sua escolha de maio para vá.
Bolsonaro ficou com um dos 13 e outro foi para Ciro.
Sergio Moro, curiosamente, perde um dos oito em cada cem eleitores que, em maio, citavam seu nome espontaneamente.
Não é exagero, portanto, dizer que só Lula cresceu, mesmo sem fazer “campanha” tradicional, o que se manifesta, também na queda dos índices de rejeição do ex-presidente, de mais de % para meros 34% nesta pesquisa.
É por isso que, de todos os candidatos, por incrível que pareça, ainda são de Lula as melhores chances de continuar crescendo, como fez nesta rodada Datafolha.
Nunca se pode descartar surpresas numa eleição ainda mais numa disputa suja como esta mostrou que será – o episódio, ontem, com Ciro, deixa dúvidas? – mas não há rigorosamenten enhum dado que possa fazer esperar que não seja este um uadro cristalizado e duro de mudar.