Como esperado, formou-se um placar de 4 a 1 pela manutenção do acesso da defesa de Lula aos diálogos Moro-Dallagnol-Força Tarefa que demonstra a conspiração ocorrida na Lava Jato.
Mas o grande acontecimento da sessão da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal foi o duríssimo voto de Gilmar Mendes, uma catilinária poucas vezes vista na corte suprema , acusando o uso por Moro e pelos procuradores de métodos totalitários, dizendo que a Lava Jato tornou-se uma Stasi, polícia política da Alemanha Oriental.
Vou tentar trazer, mais tarde, em vídeo, a longa manifestação de Gilmar, que dá ideia no que vai acontecer no julgamento da admissibilidade dos diálogos como elemento válido para a decretação da evidente suspeição de Moro. Mas ele firmou sem nenhuma sombra de dúvidas que, “se estes diálogos não forem falsos – e isso seria o caso de termos um Nobel de Literatura – são algo que põe em perigo a própria existência da Procuradoria Geral da República”.
Gilmar Mendes empurrou para mais perto o julgamento da suspeição de Moro. Ele é tão inevitável quanto é inexorável que seja reconhecida, porque é óbvia.