Em 2012, a ong Tax Justice Network divulgou estudo em que estimava a fortuna de brasileiros no exterior em mais de R$ 1 trilhão.
Parte desse dinheiro deve estar nas contas secretas no HSBC suíço.
A lista ficou presa por vários meses com o jornalista Fernando Rodrigues, da UOL, que a vendeu para a Globo, que está fazendo um trabalho cuidadoso para divulgar os números, sem melindrar os paneleiros milionários que tem conta por lá.
Hoje o Globo divulgou mais 38 nomes.
Somente a família Steinbruch tinha meio bilhão de dólares. Isso corresponde, no dolar de hoje, a R$ 1,7 bilhão.
Benjamin Steinbruch foi um dos que mais lucrou com as privatizações desvairadas do governo Fernando Henrique Cardoso. Primeiro comprou a CSN, nossa principal siderúrgica, feita no tempo de Getúlo. Depois comprou a Vale, usando títulos podres e pagando um preço 30 vezes menor ao que a empresa valeria alguns anos depois.
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A lista dos 38 brasileiros com mais de 50 milhões de dólares no HSBC
Do Uol:
Milionários brasileiros utilizaram 97 contas no banco HSBC da Suíça, segundo registros de 2006 e 2007, e fizeram uso de 68 empresas conhecidas como “offshores” para movimentar os seus recursos.
Essas companhias ficam em paraísos fiscais, como Panamá e Ilhas Virgens Britânicas, no Caribe. São usadas principalmente por quem quer pagar menos impostos. Se o envio e depósito dos valores em offshores e a volta dos recursos ao país de origem forem declarados, não há ilegalidade. Essas empresas, porém, podem servir a propósitos ilícitos, como ajudar a camuflar dinheiro sem origem comprovada.
Levantamento feito pelo UOL e pelo jornal o “Globo” entre os brasileiros ligados a contas no HSBC da Suíça encontrou 38 pessoas divididas em 14 grupos (de integrantes da mesma família ou sócios), que compartilhavam as mesmas operações financeiras, vinculados a contas com saldo acima de US$ 50 milhões.
Somadas, essas contas registravam um depósito máximo de cerca de US$ 2 bilhões em 2006 e 2007, período ao qual os dados se referem. Esse valor representa mais de um quarto dos US$ 7 bilhões vinculados a pessoas relacionadas ao Brasil na filial do HSBC em Genebra. Foram usadas 68 offshores para movimentar esses recursos.
A discrição é uma das principais características desse tipo de empresa. É praticamente impossível localizar qualquer rastro consistente de informação. Nas planilhas do HSBC, as offshores se caracterizam por nomes curiosos como Spring Moonlight, Blue Green Pine, Demopolis e Coast to Coast. Como os arquivos completos do banco vazaram, é possível saber, de maneira inédita na história financeira mundial, quem exatamente era dono de qual empresa.
As offshores servem para que empresários protejam seu patrimônio pessoal de turbulências financeiras em seus países e dão aos investidores o benefício de pagar impostos mais baixos quando obtêm lucros. Essa vantagem se dilui quando os recursos são devidamente declarados ao Fisco do país de origem, que cobra sobre os ganhos, não importando onde foram obtidos.
Os brasileiros que apareciam com saldos acima de US$ 50 milhões em contas ligadas a offshores localizados pelo UOL e o “Globo” não quiseram comentar a relação com essas empresas, nem dar detalhes sobre sua utilidade.
Eis a lista dos 14 grupos de pessoas vinculados a contas com saldo acima de US$ 50 milhões nos arquivos do SwissLeaks:
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Para que há procuradores se não encontram nada a anos?
Estão ocupados, cheirando o próprio rabo. Perdão,mas é isso mesmo.
Não sejamos injustos, Paulo Brasileiro. Procurar meios de criminalizar petistas e aliados em todo o Brasil é um trabalho insano, que os deixa imensamente ocupados. Talvez, quando atingirem o alvo principal (que qualquer criança atenta pode saber quem é) sobre algum tempo para algum trabalho que lhes justifique os salários (altíssimos, por sinal).
Eles recebem em dólar.
Miguel, uma correção :
"Primeiro comprou a CSN, nossa principal refinaria, feita no tempo de Getúlio."
A CSN é siderúrgica, não refinaria.
Sim, eu sei, não param de falar na Petrobrás …
abs
Pessoal porque será que o Globo não aproveita e declara sua "Offshor futebolística" ???
Rede Globo é a institucionalização da mal caratice contra os interesses brasileiros. Protege espertalhões.
Miguel,
Se não estou enganado, os Steinbruch não são sócios da Vale! Veja no própria site da Vale.
Eles compraram a CSN.
já venderam
"o jornalista Fernando Rodrigues, da UOL, que a vendeu para a Globo,"
???? phavor corrigir:
onde se lê jornalista Fernando Rodrigues,
Leia-se COMERCIANTE Fernando Rodrigues.
Pois é, Miguel..
E o Amaury Ribeiro com o seu "Privataria Tucana" e o Palmério Dória com "O príncipe da Privataria" foram perseguidos, enfrentaram processo e tiveram os seus nomes atacados publicamente exatamente por denunciar os personagens que se beneficiaram com as privatizaçoes colocando o dinheiro sujo das negociatas e propinas em paraísos fiscais. E agora??
O Amaury foi até ameaçado de morte por causa das denúncias do livro. Ninguem dessa dita "[in] justiça brasileira" investigou nada das denúncias, ao contrário, se calaram.
Nao acredito que vá dar em nada todas essas operaçoes porque a nossa "justiça" é vendida. Os órgaos sao extensao da quintal dos corruptos.
Se a tal "justiça" fosse séria toda essa sijeira que vemos hoje já teriam sido punidas há anos, porque denúncias e CPIs é que nao faltaram..
No Brasil cadeia é só para pobre, preto e puta...e petista, ia me esquecendo.
É o Brasil que desce a ladeira um pouquinho por dia..
Estes são os honestos que querem o Impeachment da presidenta Dilma. Eu queria ver a valentia dos coxinhas reacionários do MP para o Benjamin Steinbruch
Depois enchem o saco com a despesa do Cartão Corporativo do ex ministro Orlando Silva que gastou R$ 15 reais em tapioca, é ridiculo
Foram só R$8,00, Fábio!
E anti-semitismo meu ou so tem judeu nessa lista? Arreda capeta, a CIA via MOSSAD esta frenetica no Brasil. Viram como a CIA no Brazil e auto- sustentada pelos proprios idiotas coxinhas telespectadores da rede golpe que acham que sao socios de USrael? Monte de otarios. Sofram seus porcarias.
é racismo puro. Tem todo tipo de sobrenome: alemão, espanhol, português.A questão palestina não está em jogo aqui. Está em como os donos do poder econômico sabotam o Estado e corrompem as instituições