‘Tá osso’. E até o osso está caro

Enquanto o pessoal do dólar comemora a valorização de seus ativos em moeda norte-americana comemora, a turma do salário se desespera.

Em Santa Catarina esá pior do que o “caminhão da fome” onde se cata ossos no Rio de Janeiro. Lá, vende-se o osso, e a 4 reais o quilo, como mostra o cartaz da foto: “não é doado”, adverte-se.

Em São José do Rio Preto (SP), o dono de açougue conta que as vendas mensais de pés de galinha passaram de 100 para 250 quilos.

74% das famílias brasileiras estão endividadas, mostrou ontem a Confederação Nacional do Comércio, como você vê aí ao lado, no gráfico.

Sexta-feira sai a inflação oficial de setembro e não se espante se ela for, de novo, recorde, a 1,3% ou acima.

Também não se espante se o reajuste da gasolina sair nos próximos dias, com a alta do dólar (R$ 5,47, neste momento)e a disparada do petróleo (mais 5% só esta semana, com preços chegando a 83 dólares).

Nada é mais forte para a política brasileira quanto a erosão da renda popular com o aumento de preços.

É só olhar a tabela publicada por Mauro Zafalon, hoje, na Folha.

 

 

 

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