Michel Temer, o blasé, disse hoje, que “qualquer fatozinho” tem o poder no país de causar uma instabilidade institucional.
Registra a Folha a sua fala a empresários:
“É interessante que, de vez em quando, há uma certa instabilidade institucional com um fato ou outro. Como não temos instituições muito sólidas, qualquer fatozinho, me desculpem a expressão, abala as instituições. Então, o investidor fica um pouco assustado. Essas instabilidades são passageiras e não podem ser levadas a sério, e o que deve ser levado a sério é o país”
“Fatozinhos”, na visão do presidente ilegítimo devem ser, talvez, o afundamento da economia. Ou, quem sabe, o flagrante de advocacia administrativa em que ele se viu enrolado. Ou, quem sabe, a delação da Odebrecht, jogando lama em um cento e meio de politicos e em pelo menos mais três ministros do Governo, no presidente da Câmara e no do Senado.
É indisfarçável que Michel temer perdeu as condições de governabilidade, mesmo que contando com ainda farta maioria num parlamento que já não tem, também ele, legitimidade.
E que vai, cada vez mais , ser posto de joelhos por um Judiciário que, sem voto, arvora-se em representante da Nação. a própria voz das ruas , totalmente identificada com ela, exceto no farto contracheque de uns frente ao magérrimo, para os que ainda o tem, holerite dos outros.
O Governo Temer acabou, e não foi pelo nosso “Fora Temer”.
As ruas brasileiras, inclusive as da classe média “bem de vida” estão cheias de gasolina, quase a implorar uma centelha para incendiarem-se.
Resta saber quem o fará: se as massas populares que se foram desacostumadas a se verem como povo e razão do país; se as elites moralistas que nos conduziram a esta transformação do governo num valhacouto, onde o próprio presidente da república (as minúsculas foram propositais) comanda ele próprio o espetáculo de imundície.
A “voz das ruas” tem sido, nesta infeliz nação, o eco da mídia.
O ronco dos estômagos, porém, não é e não tem saído nos jornais.
E não tem sapido seuqer na esquerda brasileira, que,com suas suas angústias autodestrutivas, tem aceitado a pauta da classe média, ainda mais porque aceitava, também, a ideia de que as instituições judiciais, ao agirem contra a única referência dos nossos excluídos, dos nossos pobres, de nossas massas anônimas , que é Lula, tinha de se prender a prestar contas com a Justiça
Justiça, como se vê, tão justa que não hesita em arruinar o país para proclamar a excelência de suas garras.
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São "fatozinhos" mesmo. O que é um apartamento de luxo no meio do desmonte total da nação, patrocinada por esta quadrilha?