Já se escreveu aqui sobre como o capitão teria dificuldades em enquadrar um general, falando de como era difícil a Jair Bolsonaro colocar freio e bridão em Hamilton Mourão.
Os fatos mostraram que não era difícil, era impossível.
E o resultado é ver a campanha de Bolsonaro em polvorosa, sem saber como estancar a crise criada pelas críticas do general ao 13°.
Ele fez a concessão mínima: dizer que foi “força de expressão”. Bolsonaro fez a concessão máxima: desautorizar-lhe sem citar o nome.
Mas imagina tê-lo colocado numa prisão domiciliar, onde em lugar de tornozeleira, pensa ter-lhe posto uma mordaça eletrônica, como você vê, acima, no site do Estadão.
Duvido que vá funcionar, e transcrevo, por isso, a ótima argumentação do jornalista José Roberto de Toledo, na Piauí, em trecho de seu artigo:
Se há 63 milhões de brasileiros com nome sujo no SPC, se mais de 40 milhões dependem do Bolsa Família, há pelo menos 33 milhões de carteiras de trabalho assinadas e que dão direito às jabuticabas das quais Mourão reclamou: 13º salário e adicional de férias. A plateia de empresários que o escutou em Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, pode vibrar, mas empregadores são apenas 3% do eleitorado. Entre aposentados, assalariados, servidores públicos e desempregados que procuram emprego, estão a maioria absoluta de eleitores que têm ou gostariam de ter 13º. Uns 80 milhões de votos – fora milhões de dependentes econômicos deles.
Bolsonaro, que há décadas depende de votos para manter o emprego, sabe disso. Mourão não. Até o ano passado, o general podia falar quase que impunemente aos soldados que comandava. Apenas nos últimos meses de carreira, depois de exagerar na verborragia, foi promovido a comandar uma escrivaninha.
Se foi uma punição, Mourão não aprendeu com ela. Acha que falar a verdade – a sua verdade, é claro – é mais importante do que as eventuais consequências. Antes do mais recente e potencialmente fatídico episódio de piriri verbal, Mourão já havia sido admoestado duas vezes por Bolsonaro por falar demais. Contou ao repórter Fabio Victor, da Piauí, que o capitão pedira que se calasse. Como ficou provado, as admoestações não serviram para nada. O general se encantou com a atenção recebida como vice. Depois que o titular ficou confinado ao hospital, chegou a propor que substituísse Bolsonaro nos debates e sabatinas.
A quizumba prova o óbvio: general não obedece a capitão.
Bolsonaro pode desautorizá-lo em público, pode tentar cancelar a agenda pública de Mourão, mas nada indica que vai conseguir domar seu vice. O general gosta de ter o chicote na mão, não no lombo. Na viagem pelo pampa gaúcho, o vice saudou o público brandindo um rebenque. Difícil imaginá-lo se submetendo ao freio de um subordinado que não quis ou não conseguiu chegar à sua patente como militar – mesmo que o subordinado venha a se eleger presidente e se torne seu superior hierárquico constitucional.
Uma chapa constituída deste jeito é algo que eles dizem tanto odiar: a subversão.
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Acho que o"Morrão" tem fumado muito "mate" estragado.
Tá merecendo ver o sol nascer quadrado
O general fala o que quer. Eu já estou achando que esse general é indicado do Alckmin ou do Ciro para tocar fogo na campanha do #elenão
Esse povo que vota em Bolsonaro é tão retardado que nem ligam para perderem o 13 salário. Comem alfafa todos os dias.
Acho que mourão ficar fora dedebates é excelente pra bolsonaro. Isso não é castigo, é estratégia.
Porque a campanha do pt não coloca o vídeo do triplex que nunca ouvi reforma e detona a lava ajato?
Por que Wadih Damous se fez de surdo no depoimento de Tacla Durán à CPI?
Por que o PT, apesar do apoio da ONU, aceitou retirar a candidatura de Lula?
São tantas perguntas...
É isso. Se o capitão for eleito, o general vai mandar nele ou vai tirá-lo da presidência. O Brasil é o país dos vices. Lembram? Então, você Bolsonarista que precisa trabalhar e mesmo assim se dá ao luxo de ser coxinha, prepare-se para mais esse rombo nos seus direitos. Sim. Porque a terceirização pós golpe já foi o fim da picada. E você funcionario público que preza a sua estabilidade, prepare-se para perde-la. E ao povo brasileiro em geral prepare-se para entregar a riqueza nacional para os americanos e para tomar uma bela bordoada com uma reforma injusta da previdência social.
Isso está começando a cheirar Tancredo e Sarney. Tancredo eleito chegou a assumir? Muitos falam em outras coisas acontecidas em uma missa na noite anterior a posse. E, não era diverticulite como foi o alegado pelos médicos.
Um candidato bem próximo da loucura, um vice porra-louca, e seguidores cegos de inveja, ódios e medos, essa é a campanha Bolsonaro. Que futuro teremos nós.
Então as palavras de ordem são: #elenao e #tchau general, e ve se leva o coiso com você.
Hah, e voces militares - da ativa ou não - que aplaudem a ignorância do capitão e do seu general, cuidado, lembrem-se que militar tambem recebe décimo terceiro e férias.