Traidores do povo são traidores da pátria

Um país tem Forças Armadas para defender o seu povo, não para formar um clube de vantagens e cargos.

Com povo brasileiro em perigo, elas o estão defendendo?

Se estivéssemos perdendo quase três mil cidadãos a cada dia por bombardeiro inimigo, talvez (eu ia escrever certamente, mas já tenho dúvidas) o Exército Brasileiro estaria ensarilhando armas. Mas o Exército Brasileiro está mais preocupado com a preservação de um general patusco e incapaz, e com terceirizar para um civil colaboracionista o ônus do massacre que a população civil do Brasil está submetida.

Nem me ocupo da figura minúscula de Marcelo Queiroga, tão miúda que se presta a dar a cara, no dia mais terrível para os brasileiros, para dizer platitudes como “use máscara”, “use álcool em gel” e “precisamos salvar a economia”.

Você precisa salvar é vidas, seu oportunista sem caráter, que saiu de sua insignificância para ser o “sr. Ministro”.

Porque se tivesse caráter teria dito, ao menos dito, que era preciso mudar a rota do fracasso e não “dar continuidade” ao desastre Pazuello.

Mas ele é o capacho disponível para esta “desoneração” de responsabilidade dos generais que, na ânsia de engolir todo o poder, têm agora de vomitar os cargos que tomaram para si, mas não conseguiram digerir e administrar.

Está evidente que do novo ministro exigiram, além da submissão às ideias imbecis do presidente da República, também a defesa daquele general que, por submeter-se a elas, tornou-se inseparável cúmplice da mortandade.

Que é maior do que a se noticia, pois estados como Minas Gerais e Rio de Janeiro estão, claramente, represando os dados de um morticínio que, com toda a certeza, já passaram de 3 mil.

As “instituições” estão mentindo descaradamente, e mentira inútil, porque os cadáveres brotam aos borbotões.

A verdade é que não tem política de isolamento, não tem vacina e as pessoas responsáveis estão brincando com isso, estão brincando de dizer que há uma vacinação no Brasil, com vacinas de não sei quem e não sei quando.

Não há.

Há uma tragédia anunciada. Há meio milhão de brasileiros mortos no horizonte não distante.

Militares que desdenham disso, que não reagem a isso, não venham dizer como disse Mourão, que a responsabilidade é do Presidente.

Foram vocês que os colocaram lá e devem satisfações ao país. Digam não , freiem o monstro que vocês criaram.

Porque, ainda que seja o último suspiro dos que amam este país e seu povo, vocês pagarão por isso.

 

 

Fernando Brito:
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