Três meses de ‘Vaza Jato’: somos o país do “tudo dá em nada”?

Completam-se hoje três meses da publicação da primeira reportagem da ‘Vaza Jato’, a série de escândalos produzida pelas revelações dos diálogos travados por aplicativo de mensagens e os integrantes da Força Tarefa da “Lava Jato” e , em alguns casos, Sérgio Moro, policiais federais e outros promotores.

Se é verdade que, na opinião pública e até no estado de ânimos de uma parte do Judiciário houve repercussão, até este momento, nenhuma medida concreta foi tomada.

Nem mesmo a mais prosaica, a de avançar com as diversas reclamações disciplinares contra Deltan Dallagnol que correm no Conselho Nacional do Ministério Público.

Veremos quanto tempo conseguem resistir achando que, como gostavam tanto de dizer quando os alvos eram os políticos, tudo “terminará em pizza”.

Gleen Greenwald, ontem, advertiu que, em casos como este, as revelações mais chocantes “ocorrem no quarto, quinto e sexto mês”.

Entramos no quarto mês.

 

 

 

Fernando Brito:

View Comments (43)

  • A Folha é OPORTUNISTA, quer apenas vender jornal sem fazer jornalismo de fato.
    Imaginem uma imprensa séria com um material desses em mãos.
    Continua firme dentro do GOLPE.
    #lulalivre

    • Pq nao fazem um caderno especial de 32 paginas com toda a trama da vaza jato para compensar as paginas nao vendidas de licitaçoes e balanços.

  • Esse gringo só vai revelar fatos chocantes quando nada mais restar do Brasil,ando com um pé atrás com gringos a muitos anos.Se esse bosta possui algo que faça com que alguma alma digna desse poder judiciário tome uma atitude que solte logo ou que va a puta que o pariu!

    • O q ele revelou ate agora seria suficiente para abalar esse governo
      No minimo o bandido do Moro ja teria renunciado ao cargo.
      Mas ele visa 2022 entao vai ficando... Se Bozo demiti lo ele vira vitima... Tadinho...
      Mas tem a justiça e ela por 200 reais cassaria a candidatura do Haddad

  • Estamos numa ditadura. NÃO existem instituições, existe uma QUADRILHA que controla tudo. Somos uma FAKE democracia, um embuste, um país de mentira. Prova nenhuma contra os quadrilheiros vale. É simplesmente ignorada.

  • Esse Demori do intercept não passa de um grande filho da puta,quer que o PT participe de um movimento por direitos sem direito a LULA com os mesmos canalhas que deram o golpe em Dilma retirando direitos e que não fale em LULA LIVRE e ainda apoie Ciro.
    Ali estavam todos os tucanos que são relatores da deforma da previdência e pagaram A JANAÍNA A POSSUÍDA 45 mil pelo golpe.
    Esse intercept está fazendo um jogo sujo.
    despeje o que sabe de uma vez e queime minha língua.
    Nassif falou sobre isso ontem e hoje.

      • Leandro Demori pouco antes das eleições anunciava Bolsonaro como maior fenômeno político e o equiparava a Lula como líder popular e dizia que Bolsonaro vinha para ficar. Rafael Moro entrevistou o procurador Lima, o barbixa, e deixou ele dar "aula" de como a "operação" era imparcial e que as reclamações eram coisa de petista. Mario Magalhães fez um grande trabalho durante o tempo que esteve no Intercept, mas saiu daquela publicação. João Filho é o último a capitular com seu patético artigo de defesa da mal denominada Direitos Já e sua crítica mal costurada de "sectarismo" e "hegemonismo" aos petistas. Os jornalistas saem da Grande Imprensa, mas a Grande Imprensa não sai dos jornalistas, fica ali impregnado, é como desodorante na "caatinga" do suvaco fedido. Na época do segundo turno da eleição pedia um editorial do Intercept alertando dos perigos que significava a eleição de uma figura como o atual Imperador do Brasil e presidente em funções. O editor Demori (seria demore ou deu mole) disse que era fora de moda e patronal e que o Intercept não queria impor um candidato s seus eleitores!

        • O problema não é esse. Defendo, com unhas e dentes, a liberdade de expressão. Sem restrições. O que me irrita é quando se critica uma matéria jornalística ou outra publicação agredindo o autor, como faz o cidadão que fez o comentário inicial ao afirmar que "esse Demori do Intercept não passa de um grande filho da puta..."
          Mas há outro aspecto importante. Apesar de periodicamente visitar o Intercept, nada sabia do Demori até o aparecimento da vaza jato. Se sua citação é literal, ele não deixa de ter razão, goste eu ou não, colocando sua frase no momento certo, ou seja antes das eleições. Realmente o Bolsonaro era um fenômeno político e provavelmente e parecia ter vindo para ficar como líder da extrema direita. O tempo dirá. Mas a questão não é essa. O próprio Greenwald defendeu a lava jato. Entendo que penas eternas são coisa de religião e que, neste momento, The Intercept tem sido um aliado de importância que só o tempo permitira avaliar. Debatamos suas ideias, discordemos delas, se for o caso, mas porque chamar o cara de filho da puta?

          • ok Ari, mas então qual a sua ideia sobre o artigo de João Filho e sobre o tal movimento "Direitos Já"? Além disso não entendi aonde a liberdade de expressão ficou em entredito ou ameaçada. Foi pelo fato do Caçador xingar o jornalista (errado) ou eu criticar o jornalista (certo) do Intercept?

          • Direitos Já é mais um movimento da burguesia nacional ao perceber a merda que fez. Obviamente nada tem a ver com os interesses populares. Quanto ao artigo do João, vem um pouco na linha da direita do PT para quem o partido deve esquecer o golpe a aliar-se sem mais nem menos. Não sou contra alianças, mas há que ter um mínimo de condições, como, por exemplo, revogar algumas iniciativas golpistas, como a reforma trabalhista e, sem dúvidas, lutar pela libertação do Lula. Na verdade, minha questão surge da agressão desnecessária do comentário do Caçador de Passarinho ao Demori. Marx era duríssimo com relação a alguns adversários, mas não me lembro de ele chamar alguém de viado, corno, filho da puta e por aí vai. Um abraço

          • Concordo contigo, também acho que a agressão pessoal não se justifica de nenhum modo. Desde logo, ela não é a forma mais adequada para demonstrar discordância ou desacordo. É verdade que poucos logram colocar as palavras e as ideias ao mesmo tempo com a elegância e a firmeza de um Fernando Brito, ou um Mario Magalhães ou um Mino Carta. Se não é fácil para esses profissionais das palavras imagine para nós pobres comentaristas
            Quanto ao Intercept devo dizer que vejo coisas boas e benvindas e outras que desgosto e que vejo como velhos vícios em jovens penas (ou agora teclados). Qualquer coisa que se afaste de nosso padrão de "jornalismo" "apartidário" deve ser saudado e visto com prudente esperança. Duro é quando mesmo nesse novos espaços vemos o mesmo "apartidarismo". O problema é que nosso "mercado" jornalístico é muito pequeno e as vagas são muito limitadas e isso produz um enorme efeito de acovardanento e acomodação mesmo entre jovens jornalistas. Mesmo num espaço como o Intercept. Tive uma discussão encarniçada com o editor do Intercept pouco antes do segundo turno da eleição que conduziu o país a essa vergonha mundial. Pedia um editorial do Intercept contra o candidato do Golpe de Estado, o candidato das trevas que colocava em risco nossa democracia já tão fragilizada e os valores de pluralismo e respeito aos padrões civilizatórios atuais e a favor da outra candidatura que podia impedir o que vemos agora. Ao invés disso o editor não viu urgência nem viu a necessidade de um movimento por Direitos Já, viu apenas um bom castigo aos intelectuais de esquerda que não sabiam falar a língua do povo (Bolsonaro, esse "fenômeno politico", sim é que sabia) e afinal depois de toda a corrupção do PT, ali o castigo ao petismo parecia não colocar em risco a democracia nem os mínimos padrões civilizatório. Era tão fácil escolher, mas o editor do Intercept preferiu o "apartidarismo" e ali a civilização não estava em risco, era só coisa de petista sectário, militante de carteirinha, que quer impor o voto. Infelizmente Leandro Demori aprendeu o sentido da urgência, hoje tem que ter segurança e guarda costas e vem recebendo ameaças dos defensores e gangster s do que ele chamou de maior fenômeno político.
            Não sei se me explico.
            Um abraço

  • "Vai lá, Haddad, conceder entrevista exclusiva para alguém da máfia da GloboNews"!

  • A Vaza-Jato é produzida por um limited hangout, como afirmou Pepe Escobar ao Duplo Expresso há uns 2 meses. Não vai servir para nada além de fazer aprovar no Congresso os projetos de lei que copiam o patriot act dos EUA. É preciso denunciar, Fernando Brito.

  • É surreal como a imprensa corporativa tem ignorado a vaza jato. As gravíssimas revelações de sábado não foram repercutidas em lugar nenhum, e a própria folha parece fazer o serviço sem querer que dê resultados. Deu destaque pequeno na capa do jornal de ontem e hoje nem trabalhou o assunto. E como não há mobilização, nada acontece. Muito desanimador.

    • A Band dá a notícia na rádio e põe o Villas para comentar. Ele desfaz tudo

  • Uma boa questão esta . Legislativo dominado , executivo dominado , judiciário e MP dominados . De onde virá a solução ? . Todas as instituições totalmente contaminadas . A via popular 80% assistem globo e os demais SBT e Record , a mílicia digital de fake news funcionando a todo vapor . As oposições com pautas e diferentes , quem poderá nos salvar ?. O chapolim colorado ?.

    • Por falar em chapolim colorado o sujeito estava assistindo CHAVES.Esse país não é para amadores não.

  • Não discutir explicitamente as prisões de Moro e Dallagnol é uma prova irrefutável que estamos sob a égide de um estado de exceção com toda conivência do STF. Lula Livre e Moro/Dallagnol presos.

  • Caro Brito, nós perdemos. É preciso reconhecer. Se há meia culpa a ser feita no PT é o de justamente não ter agido quando policial federal treinava tiro na foto da Dilma, quando um juiz de primeira instância fazia o STF baixar a cabeça e nosso Ministro da Justiça nada fazia. Quando o PT não agiu politicamente para indicar ministros ao STF, quando o PT aceitou a lista tríplice do Ministério Público, quando o PT não agiu para erguer uma grande imprensa de Esquerda, quando não investigou a fonte financeira do ONGs e MBLs da vida. Quando não direcionou a PF para investigar a Privataria Tucana. O que vemos hoje, não sei pq vc se espanta, é exatamente o que já acontecia quando o PT estava no poder... Na verdade, o Brasil é exatamente isso o que vemos com Bolsonaro. A Era Vargas e a Era PT foram pontos fora da normalidade brasileira.

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