O Congresso tem mil, quiçá milhões, ou se quiserem, bilhões de defeitos, vícios, problemas, mas recentemente aprovou algumas das leis mais importantes e modernas do mundo, como o Marco Civil, e a Lei do Trabalho Escravo.
Ambas já se tornaram referências internacionais.
Também já aprovou o Bolsa Família, as cotas sociais e raciais, programas para reforma agrária, enfim, já fez algumas coisas realmente boas para a sociedade, apesar da campanha midiática para mostrar apenas o seu lado negativo.
É lamentável, portanto, que Pedro Simon, que testemunhou tantas coisas boas, se despeça de sua função com uma entrevista pra Globo tão irritantemente udenista, dizendo que a única coisa que o Congresso fez foi votar uma iniciativa popular, a “ficha limpa”.
E ainda lança um vaticínio sinistro e niilista: “Não esperem nada do Congresso”. Ora, um democrata honesto conclamaria seus concidadãos a se engajarem na política, para elegerem representantes melhores, ao invés de fazer o papel de urubu irremediável do futuro.
Num país com justiça fortemente conservadora, a “ficha limpa” tem muito de engodo. A prova é que José Roberto Arruda, filmado contando dinheiro de propina, está aí, livre, leve e solto e concorrendo ao governo do Distrito Federal.
Simon foi o parlamentar modelo para a mídia. Não se articula politicamente, apenas posa de bom moço para os jornalões.
Quando o governo gaúcho de Yeda Crusius, do PSDB, afundava-se em escândalos de corrupção, Pedro Simon não disse um ai na tribuna. Ao contrário, seu partido e ele mesmo continuou aliado até o fim.
A única estratégia política de Simon tem sido pactuar com a mídia tucana de São Paulo e posar de “mosqueteiro da ética” da Veja, ao lado de Demóstenes Torres e Fernando Gabeira…
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Passou a vida toda mamando nas tetas do congresso e agora sai cuspindo no prato.
Esse senhor, senador na década de 1990, fazia críticas da tribuna do Senado ao FHC.
Quando da reeleição (comprada pelo PSDB/FHC), o que ocorreu: apoiou FHC.
Trata-se de um bravateiro, papo-furado.
Concordo com você, Fernando Brito, trata-se, de fato, de um udenista, mesmo.
Oportunista até na saída. Já vai tarde.
Eu acho que já vai tarde. Realmente, mais do que um político de qualidade, fez-se sempre de bom moço para os jornais e revistas . Passe bem, sr. Simon.
Confessou que ele é um picareta, pois ficou 65 anos na política. È mais cara de pau do que eu imaginava.
Deu a entender que demorou 65 anos para descobrir que nada presta na política ? Provou que foi um péssimo político, incopetente .
Lamentavel....não sua saída..
Mas as falas dele no Senado.
Acompanhei muitas, e muitas
foram um amontoado de palavras
e elogios aos dois ou tres que
permaneciam no plenários.....
isto foi anos e anos a fio..
Lamentável.
Virou o cocho!
COTIA, MUITO COTIA EMPALHADA. Esta é o troféu, o legado que Vossa Excelência deixa para o salão de decoração da Câmara alta do Congresso Nacional. Seu comportamento camaleão deve ser invejado por alguns; as vezes, o Sr se comportou como uma raposa velha. Bye-bye senador, Vossa Exclência não deixa a menor saudade para a República brasileira. Goze bem de sua boa aposentadoria.
Perfeita análise, mais uma vez!
Ele devolveu os 60 mil de verba parlamentar para pagar o implante de dentes?