Jair Bolsonaro acenou com um doce para turma da Faria Lima, depois de tê-la feito engolir a pílula amarga da intervenção militar na Petrobras.
O envio de Medida Provisória facilitando o processo de privatização da Eletrobras é uma ridícula “compensação” a Paulo Guedes, transformado em passageiro – e não condutor – de algo que se pretenderia chamar de política econômica do governo Bolsonaro.
É evidente que isso não terá efeito prático na economia, por conta dos métodos de intervenção utilizados pelo governo federal.
O Brasil não é um destino de investimentos, é uma rinha de especulação, lugar para ganhar dinheiro rápido, não para se tornar uma oportunidade de ganhos perenes.
O Bolsonaro “bonzinho” com o mercado não funcionará.
Privatização e militarização da gestão públicas, como ilustrou maravilhosamente Laerte hoje, na sua charge na Folha, que ilustra este post, são duas faces da destruição do Estado brasileiro e, mais que isso, da abdicação deste país de qualquer projeto de desenvolvimento.
O Brasil está sendo gerido como uma quitanda, não como um dos maiores países do mundo e, portanto, com um papel influente na economia mundial.
A turma do “mercado”, que enche a boca para falar de “previsibilidade” e “segurança jurídica” nos negócios, está diante da mais absoluta negação destes princípios.
O cenário real da economia brasileira é exatamente o contrário. O desempenho da economia, que já era sombrio para este início de ano, ganhou um adicional de sombra para o resto do ano e não é improvável que, mesmo num quadro econômico deprimido como o de 2020, 2021 venha a ter um “pibinho”.
O Brasil está em liquidação e bem parecido com aqueles anúncios de queima de estoques que diziam que “o patrão ficou maluco”.