Um petardo nos urubus: faturamento e emprego sobem forte na indústria

Vocês recordam que os “sabidos” da economia, depois que saiu o resultado do PIB do segundo trimestre, muito acima do que esperavam, reagiram dizendo que o terceiro trimestre ia ser um desastre.

Pois bem, de O Globo, agora há pouco:

“A atividade na indústria mostrou expansão em agosto, segundo pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quarta-feira. Entre seis analisados, apenas um recuou em agosto na comparação com julho, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI). A CNI destacou, ainda, o crescimento do emprego na indústria em agosto, pela terceira vez seguida. Comparado com o mesmo mês do ano anterior, o indicador tem alta de 2,0%, ritmo de expansão que não acontecia desde 2011.

A queda da utilização da capacidade instalada, única nota dissonante, é reflexo de estoque ainda relativamente alto e, sobretudo, do fato de ainda serem muito contidas as expectativas de bom desempenho futuro da economia.

Fui até a pesquisa e trago os detalhes, transcrevendo:

Faturamento real

Faturamento alcança o maior nível do ano
• O faturamento real dessazonalizado cresceu em agosto 3,4% em relação ao mês anterior;
• Com o resultado, o indicador alcançou o maior patamar do ano;
• Em comparação a agosto do ano passado, o faturamento é 1,3% superior.

Horas trabalhadas na produção

Horas trabalhadas voltam a crescer no mês
• As horas trabalhadas continuam alternando entre queda e crescimento mês a mês;
• Em agosto, o indicador dessazonalizado cresceu 1,3%, em comparação ao mês anterior;
• Esse nível é 1,2% inferior ao observado em agosto de 2012.

Emprego

Avanço expressivo do emprego em agosto
• Em agosto o emprego dessazonalizado cresceu 0,8% frente ao mês anterior;
• Essa foi a terceira expansão consecutiva do indicador dessazonalizado;
• Indicador é 2,0% maior que em agosto do ano passado.

Massa salarial real

Emprego sustenta o crescimento da massa salarial.

• Em agosto, a massa salarial real (dessazonalizada) avançou 0,3%, em comparação ao mês anterior;
• Indicador alcançou o maior nível do ano;
• Em comparação ao mesmo mês do ano anterior, o indicador é 2,9% superior.

 

Fernando Brito:

View Comments (25)

  • A caravana a passar e os urubús... a sobrevoar... mas, o que sempre ocorre, "praga de urubú magro
    não pega em cavalo gordo".

  • Esses comentaristas nao entendem nada de Economia. So erram descaradamente. Acho que o diploma deles e de Mafagafologia.

    • Entonces, hai que acer mucho mas industrias, mi caro amigo, e asi
      Brasil ai crescendo aos poquitos...
      Ai que aumentar las industrias que já ecxistem.
      Ai que propor um aumiento em emplegos.
      Quedo-me aca, piensando, sobre el poeta
      que ablava a palabra LIBERDAD..

    • Eu tambem li no jornal. Foi o galpao da fabrica que desabou. E verdade.

    • Rui! e o Gerdau disse que a capacidade instalada é de 80%, ruim pra quem, né?

  • Ta ficando dificil agradar o patrao. E... a coisa ta feia pro lado deles. Se segura peao!

  • Eu fico danado da vida quando, inadvertidamente, quando estou em viagem no hotel ligo a TV e recebo aquela dose de pessimismo brutal do "mau dia brasil"... é bem verdade que quando a urubóloga aparece eu desligo imediatamente...

    • Ja escuto gente do povo dizendo: se esta ruim como eles dizem, entao deixa ruim. Melhor nao melhorar!

  • Só discordo de uma coisa, a foto, pois os urubus não são responsáveis pelo seu alimento, e prestam um serviço a natureza, quando se alimentam daquilo que o ciclo da natureza produz. Essas pessoas da foto não se compara com a ave representada, ela presta um serviço a natureza, diferente desses quatros ai da foto. Gostaria ainda de sugerir a the econimist (minusculo mesmo), para a foto também.

  • Sem querer fazer coro com essa direita catastrofista, eu fiquei confuso ao comparar os dados da CNI com os do IBGE, que por sua vez diz exatamente o contrário da referida pesquisa. São diferenças metodológicas ? Se alguém puder esclarecer eu agradeço.

  • "líquido nojento, viscoso e poluidor" mas que vc usa diariamente e me diga se nos próximos 100 anos existirão produtos alternativos para todos os subprodutos que este líquido nojento, viscoso e poluidor produz. A resposta é não!