Ao falar, hoje, no Senado Federal, o comandante do Exército assumiu posições corajosas e lúcidas, que dão a todos a esperança de que as nossas Forças Armadas não estão dispostas a embarcar em qualquer aventura entreguista e repressiva:
Villas Bôas disse ser contrário à venda de terras nas regiões fronteiriças, ressalvando que se absteria de comentar a questão em relação a outras partes do território. Disse que vê com “preocupação” uma maior abertura para a exploração das riquezas minerais por empresas de fora. Mencionou que o Exército tem levantamentos sobre a “estranha coincidência” entre a demarcação de terras indígenas com a presença das riquezas minerais.
Que não são poucas, porque ele disse que as estimativas do Exército situam em US$ 23 trilhões os recursos naturais da Amazônica.
Para ele, as populações indígenas hoje são as principais vítimas disso, pois seriam utilizadas por interesses ligados ao ambientalismo na definição de unidades de conservação e depois “abandonados à própria sorte”
O general afirmou que o país é vítima de uma visão que opõe o desenvolvimento à preservação ambiental.
– Morei lá por oito anos e penso justamente o oposto. O que vai salvar a região amazônica, inclusive a natureza, é o desenvolvimento. É a implantação de polos intensivos para empregar aquela grande mão de obra, impedindo que ela vá viver do desmatamento extensivo – defendeu.
Mas Villas-Bôas foi além. No G1, diz que o Exército “não gosta” do uso de militares em atividades de segurança pública, que classificou como “desgastante, perigoso e inócuo”.
-Eu, periodicamente, ia até lá [Favela da Maré, ocupada pelo Exército por meses a fio] e acompanhava nosso pessoal, nossas patrulhas na rua. E um dia me dei conta, nossos soldados, atentos, preocupados, são vielas, armados, e passando crianças, senhoras, pensei, estamos aqui apontando arma para a população brasileira, nós estamos numa sociedade doente”
Numa mostra que, ao contrário dos que acham que as Forças Armadas são compostas de brutucus sem visão estratégica, o comandante do Exército fez uma definição preciosa da razão que obriga um país como o Brasil a ter um projeto próprio de desenvolvimento nacional, ao contrário dos que acham que o negócio é aderir a tudo o que vem de fora.
Depos de dizer que foi um equívoco o país deixar-se levar pela confrontação ideológica da Guerra Fria, que nos dividiu e levou ao abandono de um projeto nacional e evolui hoje para a “perda da identidade e o estiolamento da auto-estima”.
– Se fôssemos um país pequeno, poderíamos nos agregar a um projeto de desenvolvimento de um outro país. Como ocorre com muitos. Mas o Brasil não pode fazer isso, não temos outra alternativa a não ser sermos uma potência. Não uso esse termo na conotação negativa, relacionada a imperialismo, mas no sentido de que necessitamos de uma densidade muito grande.
View Comments (41)
Olha que é difícil elogiar militares em geral mas desta vez digo.
Parabéns General, parece ser um bom caminho e ter lucidez,
Não haverá desenvolvimento e soberania sem indústria genuinamente nacional de todo tipo.
Não haverá indústria nacional enquanto se comprarmos tudo de fora e o mercado
privilegiar os banqueiros, os ganhos dos juros fáceis e a depredação do patrimônio nacional via privatizações , concessões. Não haverá desenvolvimento se continuarmos a exportar commodities sem agregar industrialização.
Parabéns General!
Me sinto bem mais tranquilo em saber que o nosso exército pensa desta maneira.
Que bom que, embora neste governo entreguista, o senhor tem uma visão estratégica e de estado que diferencia do pensamento do chefe do executivo brasileiro.
O general q está assessorando temer e q foi a embaixada dos USA fazer honras ao sub do sub do sub da CIA, acabando por entregar o agente espião, incorrendo em crime pela legislação dos USA, discorda do general Vilas Boas.a verdade é q temos muitos problemas e não precisamos de militares traidores da pátria. Q me perdoem os q sofreram as agruras da ditadura de 64, mas naquela época de triste memória os militares foram muito mais nacionalistas e patriotas q os tucanos do governo fhc, do que Collor de Melo q renunciou a bomba atomica e temer q ameaça entregar a Amazônia e toda agua w possuimos no solo q nao e pouca. Ao permitir q estrangeiros possam adquir terras de dimensões contonentaus permitiremos q eles tenha o controle sobre a água, os aquíferos, inclusive o guarani, maior do mundo. Temer ja entregou o presal
Lembremos q a configuração q nossas empreiteiras tem hoje teve início na ditadura. As empreiteiras foram beneficiadas pela política de desenvolvimento adotada pelos militares no poder com construção da ponte Rio Niteroi, usina hidroelétrica do Itaipu, as usinas nucleares, estradas etc. A partir dai outros mercados se abriram sendo contratadas as empreiteiras brasileiras para construirem em outros paises, no oriente médio, Iraque e na America do Sul USA, etc. As empreiteiras tem o lado bom e o lado ruim. A lava jato destruiu as enpreiteiras brasileiras nso preservou o lado bom. Crine de lesa patria. Recordemos q Geisel enfrentou os USA q não admitiam q o Brasil tivesse usinas nucleares. Em muito aspeço os militares foram melhores q o governo de fhc PR exemplo. Prefiro um milhão de vezes a democracia. Mas não admito militares traidores q significa um contra senso enorme. Q vá ser banqueiro.
Um General com espirito de liderança e que denota em suas palavras honrar a Farda que um dia foi usada por Grandes Homens como Osorio e o Marechal Lott. Esse me representa e mantem viva a Esperança.
Ver o vídeo "Eu quero conversar com os militares" no Conversa Afiada. Raramente faço isso, mas recomendo a todos àqueles que enviei para repassarem aos outros. É preciso divulgar. Será que não podemos confiar sequer nas forças armadas para defender, veja bem, defender o país destes larápios golpistas?
Será carimbado como comunista pelo idiota Lesa Pátria e paneleiro. General, assuma o comando do Brasil, acabe com esse festival de empreguismo e convoque Eleições Gerais. De presidente Republica a vereador.
parabéns general,sou petista,mas não adianta o lula ganhar,porque temos bandidos no supremo,no judiciário,no senado e na camara de deputados,é preciso uma intervenção pra reeducação do povo e dos políticos.
O sr.nos representa.
Intervenção só se for dentro da sua cabeça, seu tonto! Petista e defensor de intervenção militar é o fim da picada. "Reeducação" é coisa de nazista. Consciência crítica só se conquista com mais escolas e mais educação de qualidade, não com intervenção militar. Vai ser alienado assim lá na casa do bolsonaro!
O Brasil poderia ter quatro poderes, Um civil, um Militar, executivo e legislativo acho que isso barraria um pouco lesa pátria moros, serras, fhcs da vida e outros.
Com esse governo e congresso temos grandes negociatas, agora a industria farmacêutica conseguiu que o congresso liberasse anfetamina, vendida como emagrecedor, medicamento proibido em grande número de países devido aos graves efeitos colaterais. Esses medicamentos tinham sido proibidos no Brasil desde de 2011. Evidentemente que tal medidas dos políticos não foi pela preocupação estética da população.
Vendem terra, vendem a Petrobras, vendem a saúde da população, vendem o Brasil e até a mãe se for lhes dado grana. Por isso foi dado o golpe.
Historicamente a participação das forças armadas na A.Latina foi a de um exército de ocupação.Não vejo de forma positiva qualquer opinião de quem tem o poder das armas.A função deles deveria ser estritamente profissional.Neste caso vejo a sua opinião a respeito da venda de terras a estrangeiros nas cercanias da fronteira como prejudicial a sua tarefa profissional que é a de defender o país de um ataque de um INIMIGO EXTERNO.Neste sentido,por que não houve queixas na ação de bisbilhoteiros (pagos) da farsa jato no projeto do submarino nuclear ?no sistema de enriquecimento de urânio?
Não me engano com sua aparente negativa a participação do exército em tarefas de segurança interna,sendo assim por que não desautorizou de uma maneira enfática a decisão autoritária do cachorro do Temeroso , o etchegoyen.?