O nióbio, do qual tanto fala o senhor Jair Bolsonaro, tem centenas de aplicações: de aços especiais para motores a jato para aviões e foguetes, supercondutores, e várias aplicações médicas, como aparelhos de ressonância magnética, marca-passos e elementos de osteointegração.
O nosso presidente, para demonstrar sua importância, exibiu ontem em sua “live” a mais insignificante delas, a confecção de bijuterias.
É a mente colonizada, aquela que se encanta com miçangas e seu brilho, solta um suspiro e diz: “custa uma fortuna”.
Bolsonaro, na sua microcefalia, não entende que o caro, no nióbio, é o desenvolvimento de tecnologia para seu uso em indústrias de ponta – exatamente a razão de que os americanos e canadenses a nos espionar, anos atrás, como foi revelado pelo agora odiado Glenn Grenwald.
O Brasil explora o nióbio há mais de 40 anos. Para ser preciso, produzimos 90% do nióbio do mundo.
O “pequeno problema” é que o essencial no nióbio não é a quantidade.
Para produzir aços especiais, por exemplo, o teor de nióbio é de meros 0,05%. Ou seja, para cada tonelada de aço, 500 g de nióbio.
É por isso que, na Folha, há dois anos, dizia-se que as ” as reservas [brasileiras] já em exploração, de 842,46 milhões de toneladas, são suficientes para atender a demanda interna e externa do produto pelos próximos 200 anos”
A demanda mundial do nióbio varia de 100 a 150 mil toneladas ao ano, em linha com a produção da maior mina brasileira do produto, em Araxá (MG), que em 2015 produziu 132 mil toneladas.
Aumentar exponencialmente a produção vai fazer com que os preços caiam e, portanto, aumente-se a devastação sem aumentar a renda.
O investimento que o Brasil precisa é em ciência e tecnologia para produzir as aplicações do nióbio que realmente agregam valor ao minério.
A não ser que, depois do “garoto-propaganda” de ontem haja uma explosão na procura mundial por brincos e cordões de nióbio, claro.
Mas não pense que o ex-capitão está pregando prego sem estopa, não.
É que grande parte das jazidas de nióbio estão na Amazônia, muitas delas em terras indígenas.
E sabe como é, tem muito índio de terno e gravata no Brasil disposto a entregar as riquezas da terra por umas miçangas brilhantes.
E que nem dá alergia, na forma de brinquinho, na orelha da “menina-menina”.
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UMA SUGESTÃO AO MILICIANO PSICOPATA NARCO-TRAFICANTE:
FAÇA SABÃO TIPO EXPORTAÇÃO DAS FORÇAS ARMADAS,ASSIM SERIAM DE ALGUMA UTILIDADE E SABÃO VENDE MAIS QUE ABACATE.
O general heleno meia-foda é o tipo do cara que caga no pau. Vê se cresce, moleque!
O mesmo comentário se aplica ao petróleo com vários agravantes. Imagina se ao invés de estarmos exportando petróleo (Malan Parente), estivéssemos refinando todo ele aqui. Os preços inclusive não estariam tão baixos. Mas o pior de tudo é que fazem isso por burrice, e não por uma questão de entregar o patrimônio aos americanos.
Sem falar que - em caso de guerra - será possível abastecer os aviões com petróleo cru?
Boçal Nato precisa de um colar de césio 137.
O colar corre o risco de pegar câncer, bozo é mais radioativo que césio.
Desde o psicopata Enéias que há muita mitificação por trás dessa história do nióbio e o Fernando Brito tratou de desmistificar algumas. Pois bem, além do fato de que a quantidade necessária de nióbio na usinagem das diversas ligas que o utilizam ser muito pequena, existe o fato que ele pode ser tranquilamente substituído pelo vanádio, cuja abundância é maior do que a do nióbio (V: 0,012% enquanto Nb: 0,002% da crosta terrestre). Ou seja, aumentar a extração de nióbio é de uma burrice fenomenal.
Pode entregar a Embraer, Alcântara, Pré-sal, banco público. O que não pode, AINDA, é entregar o nióbio. Essa é uma reserva estratégica que o império americano usará daqui a algumas décadas.
É uma vergonha atrás da outra. Agora sim, somos um anão diplomático. "Meu Deus, como isso* foi nos acontecer?" (Royalties para Reinaldo Azevedo).
"Como foi que NÓS deixamos isso* acontecer?").
* Jair Messias Bolsonaro.
Já a venda nas lojas havan, aquela da careca orelhada, ao preço de $1,99. Corram todos pois a oferta é por tempo determinado. Hehehe
Só pra dar um toque, o Twitter está bloqueando o retuíte do link desse texto.
Índio quer apito ????????????
Cáspite!! É uma vergonha atrás da outra. Agora sim, o Brasil é um anão diplomático. Não apita nada.
"Como foi que isso* aconteceu com o Brasil?" (Royalties para Reinaldo Azevedo.
"Como foi que deixamos isso* acontecer?" (Royalties para mim).
* Jair Messias Bolsonaro.