Tudo que é ruim pode piorar.
O Instituto de Métricas e Avaliações em Saúde (Ihme, na sigla em inglês) da Universidade de Washington reviu e estendeu sua projeção de mortes pela Covid-19 no Brasil.
São, como você vê no gráfico acima, esperadas 592 mil mortes até primeiro de agosto, com os níveis atuais, e até 653 mil no pior cenário.
Parece impossível, alarmista?
Pergunte-se se no final do ano, alguém acharia provável que, no início de abril, tivéssemos dobrado o número de mortes, já agora acima de 351 mil.
Pois é, daqui até 1° de agosto é aproximadamente o mesmo tempo.
E pode ser até pior, porque o número de testes para determinar se pessoas estão infectadas com o Sars Cov2, no Brasil, é ridiculamente baixo: 61 em cada 100 mil brasileiros são testados a cada dia, contra 370 em cada 100 mil chilenos ou norte-americanos e 1.580 de cada mil cidadãos britânicos, sempre no mesmo período.
Praticamente não há testes públicos, gratuitos, exceto quando a pessoa vai buscar atendimento hospitalar.
Sob um governo criminoso, a sociedade parece ter se conformado com a “fatalidade” e com ficar esperamos que, sabe Deus quando, teremos vacinas para nos salvarmos.
Ninguém acha importante tomarmos medidas que evitem a morte de 50 ou 100 mil brasileiros, o que é perfeitamente possível.
Mas a “mente do Dr. Jairinho” parece ser mais comum do que se pensa: “Morreu? Faz outro…”