Uruguaios da Ala Vip do Itaquerão xingam Mujica

Olha só que interessante. As elites latino-americanas são muito parecidas entre si. Todas elas desprezam governos populares e sua única preocupação é com impostos, que elas sonegam mais que qualquer outra elite de outros lugares do mundo.

E sua postura truculenta e falta de educação também são bastante similares. Na Venezuela, Equador, Chile, Argentina, Uruguai, a irritação contra governos de esquerda é a mesma.

Na coluna da Monica Bergamo, na Folha, há algumas entrevistas com gente da elite uruguaia que se porta de maneira parecida à da nossa ala vip do itaú que xingou a presidenta Dilma…

Separei alguns trechos:

 

Fernando Brito:

View Comments (18)

  • As elites latino americana são carne e cepa da mesma árvore. Todas elas fundadas no escravismo, explorando índios e negros, tomando-lhes as terras, os sonhos, a saúde, olhando para o Atlântico como o abismo que os separa da Europa, a terra e gente que gostariam de ter e ser.

    Lamentável.

    • Acertou na mosca, só mesmo com o atraso para eles se sentirem grandes, importantes e tentarem esconder o complexo de vira-lata.

      • Você tocou agora na ferida: "se sentirem grandes". A Classe mérdia não avançou da américa latina na proporção da classe pobre e a verdadeira classe rica (empresários, produtores agrícola e comerciantes). Nada melhor que uma crise para a classe mérdia se sentir superior aos pobres e se aproximarem da verdadeira elite.

  • Não acho que o debate deva ser colocado nesses termos: elite conservadora raivosa vs. governos progressistas. Pelo contrário, muito me preocupa a redução da discussão política ao nível de um embate corinthians vs palmeiras (aproveitando o clima de copa do mundo). As manifestações da classe média são alarmantes na medida em que expõem o triunfo dos ideais conservadores propagados pela verdadeira elite, a real detentora do poder político e econômico, através da utilização monopolistas dos principais meios de comunicação (que não se reduz ao nível jornalístico, mas inclui a dimensão do ‘entretenimento’ como indústria cultural que produz e reproduz os valores dominantes). Não creio que as vaias, xingamentos ou manifestações da classe média de qualquer parte do mundo contra governos ou ideais progressistas sejam a raiz do problema. No fundo, as pessoas que se manifestaram e se manifestam, de formas mais ou menos hostis, acreditam estar fazendo a coisa certa. Foram condicionados para isso. E é aí que está a raiz do problema, o verdadeiro embate a ser travado na dimensão política. A manifestação da classe média não é a causa, mas a consequência. Lembro aqui a difícil discussão travada por Hannah Arendt sobre o julgamento do Nazista Eichmann, em três citações distintas para pensarmos o comportamento da classe média (que não é a elite!):
    “Há alguns anos, em relato sobre o julgamento de Eichmann em Jerusalém, mencionei a banalidade do mal. Não quis, com a expressão, referir-me a teoria ou doutrina de qualquer espécie, mas antes a algo bastante factual, o fenômeno dos atos maus, cometidos em proporções gigantescas – atos cuja raiz não iremos encontrar em uma especial maldade, patologia ou convicção ideológica do agente; sua personalidade destacava-se unicamente por uma extraordinária superficialidade. (Arendt, 1993, p. 145).”
    “Clichês, frases feitas, adesão a códigos de expressão e conduta convencionais e padronizados têm função socialmente reconhecida de nos proteger da realidade, ou seja, da exigência do pensamento feita por todos os fatos e acontecimentos em virtude de sua mera existência. Se respondêssemos todo tempo a esta exigência, logo estaríamos exaustos; Eichmann se distinguia do comum dos homens unicamente porque ele, como ficava evidente, nunca havia tomado conhecimento de tal exigência. (Arendt, 1995, p. 6)”
    “Grandes massas de pessoas constantemente se tornam supérfluas se continuamos a pensar em nosso mundo em termos utilitários. [...] Os acontecimentos políticos, sociais e econômicos de toda parte conspiram silenciosamente com os instrumentos totalitários para tornar os homens supérfluos. Arendt (1989, p. 510)”

    • Já faz um mês que você escreveu isso (cheguei um pouco atrasada na conversa) mas achei seu comentário brilhante. Tenho a mesma impressão sobre o comportamento político da classe média no Brasil: simplesmente não há reflexão.

  • SOCORRO, acodem o Ali Kamel. O Globo Rural de hoje só deu notícias positivas do setor agropecuário. Agricultores sorrindo a TOA! Produtores de Suínos com lucros exorbitantes por causa da … COPA!!!! E pior, a apresentadora mostrou um gráfico que custará o emprego dela: Exportação de soja para a China em 2000, 10 mil toneladas e em 2011, 60 mil toneladas. Chamem a Urubóloga para revisar os dados URGENTE!!!!!!

    • E ainda mistraram q. Os problemas dos portos foram em parte reduzidos. Os embarques aumentaram 26% e ainda assim as fila acabaram. Esse programa vai ser tirado do ar.

  • Ao assistir as semelhanças, nas ações da imprensa e das elites destes países, chegamos a triste conclusão: Os gambás se cheiram!!!

  • Por que será que essa elite sonegadora ainda moram aqui? Tenha uma pista: Aluno bolsista de Mestrado recebe prêmio "scholarship" em setembro passado no valor de U$ 1.250,00. Para sua total surpresa o Governo Americano (IR) ficou com mais de 80% desse valor.
    Meu filho ficou com U$ 200,00 no bolso. Vão morar lá, vão! Até estudante "semi profissional" paga IR, mermão!!!!

    • Rogerio, gostaria de entender. Foi um premio, uma coisa extra ou bonus, ou isso era uma parte normal da propria scholarship? Porque sobre os valores da bolsa nao incidiria o IR.
      Porque assim QUEM deu o premio sabia ou nao q estava dando um castigo?

  • A Rebelião das Elites
    Irene Lozado
    (excerto)
    [“…sentem que lhes tomaram os velhos privilégios, o que é rigorosamente correto. Querem reter, em alguma trincheira, uma distribuição de poder capaz de restaurar aquele mundo hierárquico e ordenado no qual se sentiam seguros de uma hegemonia que só disputavam com iguais.
    ...uma blogosfera histérica e certas redes de televisão estão desempenhando um papel fundamental na hora de legitimar a extrema direita. ...pregadores tacanhos, que doutrinam ao invés de informar, difamam ou caricaturizam o adversário e optam por uma narrativa apocalíptica para satisfazer a uma audiência que prefere ver confirmados seus preconceitos a discutir suas opiniões. Desde o momento em que lhes outorgam visibilidade, seus delírios passam a estimular o de outros e, desse modo, cria-se um vazio na agenda dos partidos.”]
    http://passalidadesatuais.blogspot.com.br/2010/12/as-vias-fechadas-da-america-latina.html

  • Eelite emitindo impropérios costuma a vir junto com povo satisfeito. Bom para o Uruguai.

  • Ele não tem presença, não usa gravata, não pode governar KKKKK

    • Será que um cara desse tipo segrega as pessoas numa entrevista de emprego?

Related Post